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Luiz Moura
Astroarqueólogo e Ufólogo Desde 1966
UFOLOGIARELIGIÃO E ASTROARQUEOLOGIA
MITOS SÃO REPORTAGENS REINTERPRETANDO A BÍBLIA
O que aconteceria se interpretássemos certos fatos da Bíblia sob uma visão ufológica? O dilúvio, os anjos, os milagres ou as gloriosas visões dos profetas ganhariam um sentido desconcertante. Poucas pessoas tentam fazer uma leitura diferente da Bíblia, explorando o seu sentido de documentação histórica, cheia de informações sobre o passado do homem.
Antes
de qualquer coisa, é preciso esclarecer que a Bíblia, não é um único
livro. São dois agrupamentos. O primeiro contém 46 livros, e o segundo,
28 livros. A união do Velho Testamento com o Novo Testamento (posterior
ao nascimento de Jesus) é uma decisão relativamente nova do
Cristianismo. E uma leitura mais atenta, mostra que os dois testamentos
tem pouco a ver um com o outro. Além disso, traduções foram muito
alteradas tanto por autoridades israelenses, quanto pelo Vaticano.
Pergaminhos do Mar Morto
De
qualquer forma, quem procurar na Bíblia UFOs/OVNIS, seres
extraterrestres, monstros e gigantes, achará. Existe uma leitura que
permite ligar a Bíblia à tantos outros documentos (Mesopotâmia, por
exemplo), como um testemunho de influência extraterrestre no passado de
nossa civilização.
Para
os adeptos da Astroarqueologia, o “Deus” que criou o Universo é um,
talvez uma interpretação (de base cabalística) para o surgimento do
Universo, da Terra e do homem (no centro de tudo); e o “Deus” que criou
Adão e Eva parece mais próximo da tradução de “ELOIN”, os “deuses”.
Acontece
que uma parte da tripulação se teria rebelado contra a ordem que os
havia enviado à Terra, e teria de uma forma que ainda é difícil se
interpretar, dado aos homens-cobaias a capacidade de se desenvolver por
meios próprios. “Deus” proíbe que o homem coma de determinado fruto do
Jardim, pois no dia “em que deles comerdes, vossos olhos se abrirão e
sereis como Deus, conhecedores do bem e do mal!” (Gênesis, cap.3, vers.5)
Eva
comeu o fruto oferecido pela serpente, que foi então condenada a
“rastejar” (teriam os tripulantes amotinados sido presos à superfície
terrestre?). E Adão e Eva, foram expulsos do laboratório? A experiência
teria sido suspensa?
É
importante levar em conta que o que parece ter acontecido em dias, de
acordo com a narrativa bíblica, pode ser a condensação simbólica de
centenas, milhares de anos. Muito tempo pode ter passado entre a
expulsão do paraíso e esta cena descrita no Gênesis,
cap.6, vers.1: “Quando os homens começaram a multiplicar-se na Terra e
tiveram filhos, vendo os “Filhos de Deus” que as “filhas dos homens”
eram bonitas, escolheram para mulher as que entre elas mais lhe
agradavam (...) havia então, “gigantes” na Terra, e mesmo depois que os
“Filhos de Deus” se uniram com as “filhas dos homens” e lhes geraram
filhos. São eles os heróis famosos dos tempos antigos”.
Se
substituirmos DEUS por DEUSES, por visitantes extraterrestres, a
narrativa poderia ser mais elucidativa? Comparando-a com a Epopéia de
Gilgamesh, encontramos muita ‘coincidência’.
Gilgamesh Oanes : Seria um astronauta saído do mar?
Em
seguida vem o dilúvio, que também é citado e descrito por diversas
tradições de muitos povos da América, da Índia ou da Europa. O Dilúvio
parece ter sido uma decisão dos “deuses” de eliminar uma experiência
degenerada. Suas várias versões sugerem isso. Na Bíblia, as atitudes de
“DEUS” estão cheias de decisões contraditórias. Por exemplo: Um “Deus”
não se arrepende do que faz, mas o “Senhor” se arrependeu de ter feito o
homem na Terra e ficou com o coração magoado (Gênesis, cap.6, vers.5).
Mais
adiante, ainda no Gênesis, cap.18, o “Senhor” surge de forma muito
humanizada durante o episódio que envolve a destruição de Sodoma e
Gomorra. O patriarca Abraão recebe a visita de três “enviados do Senhor”
que o avisa sobre a destruição de Sodoma e Gomorra.
Dois
dos “anjos” vão a Sodoma e Gomorra e lá encontram Ló, que lhes oferece
um jantar. “Ló insistiu muito com eles, de modo que foram com ele para
casa, onde lhes preparou um jantar e alguns pães, e eles comeram. (Gênesis, cap.19, vers.3). Afinal, que “anjos são esses que jantam”?
O
povo de Sodoma e Gomorra decide invadir a casa de Ló para conhecer os
dois visitantes. E Ló oferece suas duas filhas virgens para que os
populares deixem os “anjos” em paz. Mas a multidão resolve atacar de
qualquer jeito. E os “anjos” cegam os atacantes. Cegaram como?
O
resto é conhecido. Ló fugiu da cidade e o “Senhor” fez então chover do
céu enxofre e fogo sobre Sodoma e Gomorra. Destruiu as cidades e toda a
região, junto com os habitantes e até com as plantas da terra. A mulher
de Ló olhou para trás e virou estátua de sal. (Gênesis, cap.19, vers.24/26).
Mulher de Ló se transformando em estátua de sal.
Esta
descrição é considerada pelos adeptos da História Aberta como um tipo
de explosão semelhante à produzida pelas bombas nucleares. A verdade é
que a região de Sodoma e Gomorra afundou ás margens do mar Morto, que
hoje retém a maior concentração de sal conhecida.
Em Gênesis, cap.32, Jacó luta com um “anjo”, querendo que ele o abençoe. Terminada a luta, Jacó diz: “Vi a Deus face a face”.
Jacó lutando com um “anjo”.
Em
seguida, o Velho Testamento desvia a sua atenção para o Egito, onde
José, filho de Jacó, é vendido como escravo e passa a progredir na corte
do Faraó. ( Já foi encontrada a casa de José, onde inclusive também foi
encontrado seu anel, com o qual ele detinha poder) . E assim começa a
grande saga da construção do povo judeu, relatada no livro do “Êxodo”.
“DEUS” deixa de significar “ELOIN” para se transformar em “IAVÉ”.
“IAVÉ”
é bastante diferente dos “deuses” citados anteriormente. Ele age de
forma calculista e vingativa, de forma a colocar os hebreus a seu
serviço, como o “seu povo”. O estudioso Plínio Rollin de Moura (que não é
meu parente direto), formulou uma teoria interessante sobre “IAVÉ”, que
nos faz pensar:
Plínio Rollin de Moura
“IAVÉ”
seria a serpente que provocou a “queda do homem”, e teria sido
condenado pelos colonizadores do espaço à permanecer preso durante
muitos séculos. Solto. “IAVÉ” parte para a vingança utilizando-se de
Moisés e do povo judeu como instrumento de sua expansão.
Moisés
(filho de um casal da tribo de Levi) é adotado pela filha do Faraó
durante o período em que os judeus estavam escravizados pelos egípcios.
(ainda não temos provas arqueológicas desse cativeiro). Um dia, no Monte
Horeb, “apareceu-lhe o anjo do Senhor” e ordenou-lhe que libertasse o
povo judeu e o fizesse sair “desse País, para uma boa e espaçosa terra
onde corre o leite e o mel!” (Êxodo, cap.3, vers.8) E “IAVÉ” garante
também a retirada, “de modo que, ao sairdes, não ireis de mãos vazias”,
mas cheios de prata, ouro e vestidos.
Em
seguida, usando Moisés como porta-voz, o “Senhor” transformou a vida do
Faraó (e do Egito) num horror de pragas e desastres forçando-o a
liberar os hebreus. O Faraó acaba concordando e 500 mil judeus partem
para a Terra Prometida, através de um longo desvio na Península do
Sinai.
Travessia do Mar vermelho.
Nessa
travessia, “IAVÉ” providencia todo o apoio logístico. “O Senhor os
conduzia, de dia, numa coluna de nuvens, de noite, numa coluna de fogo
para iluminar”. (Êxodo, cap.13, vers.21). Quando O Faraó resolve agir em
perseguição aos judeus, Moisés os tranqüiliza: “O Senhor combaterá por
vós, podeis ficar tranqüilos”.
Então
o “anjo”, que estava na vanguarda das tropas de Israel, foi para a
retaguarda. A coluna de nuvens que estava na frente postou-se
atrás, metendo-se entre as tropas do Egito e as leis de Israel. Na
vigília da manhã, de cima da coluna de fogo e de nuvens, o “Senhor”
lançou um olhar sobre as tropas egípcias e as pôs em pânico. (Êxodo,
cap.14, vers.24).
Moisés e sarsa ardente. Moisés e as Tábuas dos Dez Mandamentos
Que
“DEUS” é esse que protege a um só Povo e massacra outro com requintes
de crueldade? Que “DEUS” é esse que participa pessoalmente de uma
batalha usando um veículo aéreo? (As nuvens, a coluna de fogo). Que
“DEUS” é esse que desapropria terras de outros povos e as entrega a um
único povo escolhido por Ele? Que “DEUS” é esse que exige sacrifícios
intermináveis e estabelece leis repressivas? E, por fim, que “DEUS” é
esse que ameaça extinguir seu próprio povo quando este desobedece às
suas ordens?
Os
livros que formam o Velho Testamento, foram selecionados sob critérios
que interessavam à Igreja durante determinado período da História.
Assim,
certos livros acrescidos e outros retirados, como é o caso do livro de
Enoc, que foi considerado apócrifo, ou seja, oculto, suspeito, pouco
confiável. Enoc foi pai de Matusalém e, segundo consta, viveu 365 anos,
cifra que simboliza o número de dias do ano solar. Seu livro mistura
profecias apocalípticas e visões fantásticas.
No
cap.7, Enoc se refere á gigantes: “Assim que os Anjos, os Filhos do
Céu, viram as filhas dos homens, tornaram-se enamorados delas e se
disseram uns aos outros: “escolhamos mulheres da raça dos homens e
tenhamos filhos com elas”. (...) E os “anjos” (cerca de duzentos),
escolheram cada um uma mulher, e se aproximaram e coabitaram com elas.
Ensinaram-lhes a feitiçaria, os encantamentos e as propriedades das
raízes e das árvores. E suas mulheres conceberam e partejaram gigantes
cujo talhe atingia 300 côvados, o que equivale a 132 metros. Devoraram
tudo o que o trabalho dos homens pudesse produzir, e tornou-se
impossível nutri-los. Voltaram-se então contra os homens, a fim de
devorá-los. E começaram a se lançar sobre os pássaros, os animais, os
répteis e os peixes para fartarem-se da sua carne e desalterarem-se com
seu sangue”.
No
cap,9 do livro de Enoc, existe uma versão própria do mito de Prometeu,
ou seja, a transferência de conhecimentos aos terrestres por parte de
alienígenas rebeldes.
“Viste
o que Azazyel fez; como ensinou aos homens toda espécie de aniquidades e
como revelou ao mundo tudo o que se passa nos céus. Samyaga também
ensinou aos homens a justiçaria, ele que colocastes acima de todos os
seus companheiros. Juntaram-se ás filhas dos homens, pecaram com elas e
tornaram-se impuros. Desenvolveram-lhes os crimes mais abomináveis. E as
mulheres pariram “gigantes”. Mais adiante: “A Terra foi conspurcada
pelos ensinamentos impuros de Azazyel. Ele deve ser responsabilizado por
todos os seus crimes”.
Às
vezes, as referências a extraterrestres, na Bíblia, tornam-se ainda
mais evidentes, como o relato do primeiro capítulo do livro de Ezequiel,
onde se descreve a “Visão da Glória do Senhor”. A cena datada de 31 de
julho de 593 antes de Jesus, e se passa junto ao rio Cobar, na
Mesopotâmia, muito próximo à cidade de Uruc, onde Gilgamesh reinou há
milênios antes. Palavras do profeta Ezequiel:
“Encontrava-se
eu entre os exilados, junto ao rio Cobar, quando os céus se abriram e
contemplei visões (...); eu vi que um grande vento impetuoso vinha do
Norte, uma grande nuvem envolta em claridade e relâmpagos, no meio do
qual brilhava algo como se fosse ouro incandescente. No centro, aparecia
a figura de quatro seres vivos. Tinham figuras de homens, cada um
apresentava quatro caras e tinha quatro asas. Quanto às pernas, tinham
pernas retas e patas como as de bezerro. Reluziam como o brilho do
bronze polido (...). Cada um caminhava para frente seguindo ao sabor do
vento, sem se voltar enquanto se movia (...). Os seres vivos coriscavam,
parecendo raios”.
Esta
descrição reporta a uma realidade que parece muito distante de nossa
compreensão. Mas ela pode estar mais próxima do homem de nossos dias do
que dos homens do século 6 a. J. . Afinal, como seria descrito um
astronauta contemporâneo que pousasse entre eles, depois de uma viagem
pelo tempo? Foguetes instalados às suas costas não poderiam ser vistos
como asas?
Uma visão de conotação religiosa da visão de Ezequiel.
“Olhei
para os seres vivos e vi que havia uma roda por terra, junto a cada um
dos quatro seres. Quanto á forma e ao feitio, as rodas eram como o
brilho do crisólito. (É uma denominação mineralógica do campo do berilo,
de onde temos entre outras, a esmeralda, a água-marinha, por exemplo.).
Todas as quatro tinham o mesmo formato. Eram como se estivessem
encaixadas umas ás outras.
Quando
se moviam, podiam avançar em cada uma das quatro direções sem se
voltarem enquanto moviam. As rodas tinham aros, e eu vi que um dos aros
estava cheio de rebites ao redor. Quando os seres vivos se movimentavam,
movimentavam-se também as rodas ao lado deles. Quando os seres vivos se
elevavam do chão, as rodas se elevavam. Seguiam ao redor do vento
(...). Acima das cabeças havia uma espécie de firmamento, esplêndido
como cristal, estendido sobre as cabeças”.
O
que são essas “rodas” com “aros” e “rebites”? O que Ezequiel quis dizer
com o “espírito dos seres vivos estavam na roda”? Seria uma ingênua
definição para “controle remoto?” E esse “firmamento” estendido sobre as
cabeças dos “seres vivos”? Seria uma cúpula da nave espacial?
“Por
baixo do firmamento estavam as asas estendidas, uma em direção à outra,
sendo que duas delas cobriam o corpo. E eu vi o “rumor das asas”. Era
como o rumor de muitas águias em movimento, como a voz do poderoso, como
o som estrepitoso de um acampamento. Quando passavam, o pender das
asas, o ruído vinha de cima do “firmamento”, que estava sobre as
cabeças”.
Todo
esse relato pode ser entendido como delírio de êxtase religioso, talvez
sob a influência de algum alucinógeno ( o que era muito comum naquele
tempo). Por outro lado, este episódio pode ser também a simples
descrição técnica de um veículo voador, segundo o ponto de vista de quem
nunca tinha visto um antes.
O
“firmamento” pode ser a cúpula da nave, algo aproximado á uma cabine de
pilotagem. As “asas” se referem ao projeto da nave que lhe possibilita
voar. As “asas enfim, que os quadros religiosos insistem em pintar
cheios de pernas brancas, seriam a expressão utilizada por Ezequiel para
se referir ao “motor” da nave. Se alguém acha isso completamente fora
de propósito, é só continuar a escutar o referido: “águas em movimento”,
“a voz do poderoso”, “o som de um acampamento” – estas seriam,
provavelmente, as expressões utilizadas por um indígena para descrever a
descida escandalosa de um helicóptero no centro de sua aldeia. As
últimas frases do relato, reforçam muito essa idéia de helicóptero:
“quando paravam deixavam pender as “asas” (ou hélices) e o “ruído vinha
de cima do firmamento” – justamente onde costuma estar o motor de um
helicóptero, sobre a cabina.
Helicóptero do Exército Americano
Mas
não vamos deixar as coisas mais confusas, imaginando que um helicóptero
pousou na frente de Ezequiel, pois o “aparelho” em questão, parece ser
algo bem mais complexo e fora do nosso entendimento. Em seguida,
Ezequiel conta que, “acima do firmamento” que estava sobre as cabeças,
havia algo parecido com safira, em forma de trono, e sobre essa forma de
trono, bem no alto, uma figura com aparência humana. “E eu vi, como que
um brilho de ouro incandescente, envolvendo-a como se fosse fogo, do
lado de cima que parecia ser a cintura (..,). Estava toda envolvida em
esplendor. O resplendor tinha o mesmo aspecto do arco-íris eu se forma
nas nuvens em dias de chuva, tal era a aparência visível da “Glória do
Senhor”.
Depois
de dar algumas orientações ao atônito Ezequiel, o “Senhor” elevou-se de
seu lugar. E era o ruído das “asas” dos seres vivos, que batiam umas
nas outras, e o ruído das rodas junto delas, um estrondo. (Ezequiel,
cap.3, vers.12/13). O Profeta então vai para o meio dos exilados judeus
junto ao rio Cobar, e fica “sentado sete dias, atônito no meio deles”.
ALGUMAS CONCEPÇÕES ATUAIS
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