Todos os mundos habitados pelos mortais são evolucionários
por origem e natureza. Essas esferas são o berço evolucionário, o local de
geração das raças mortais do tempo e do espaço. Cada unidade de vida ascendente
é uma verdadeira escola de aperfeiçoamento para o estágio seguinte da
existência, e isso é verdadeiro sobre todos os estágios da ascensão progressiva
do homem ao Paraíso; tão verdadeiro para a experiência mortal inicial em um
planeta evolucionário, quanto é verdadeiro para a escola final dos
Melquisedeques, na sede central do universo; uma escola que só é freqüentada
pelos mortais ascendentes um pouco antes do seu translado para o regime do
superuniverso, quando eles alcançam o primeiro estágio da existência
espiritual.
Todos os mundos habitados são basicamente agrupados, para a
administração celeste, nos sistemas locais, e cada um desses sistemas locais é
limitado a cerca de mil mundos evolucionários. Essa limitação é feita por um
decreto dos Anciães dos Dias, e diz respeito aos verdadeiros planetas
evolucionários, onde estejam vivendo mortais com status de sobrevivência. Nem
os mundos estabelecidos finalmente em luz e vida, nem os planetas nos estágios
pré-humanos do desenvolvimento da vida pertencem a esse grupo.
Satânia, em si mesmo, é um sistema inacabado, que contém
apenas 619 mundos habitados. Tais planetas são enumerados em série, de acordo
com o seu registro como mundos habitados por criaturas de vontade. Assim, foi
dado a Urântia o número 606 de Satânia, significando que é o 606o
mundo do sistema local, no qual o longo processo da vida evolucionária culminou
com o aparecimento de seres humanos. Existem trinta e seis planetas não
habitados aproximando-se do estágio em que serão dotados de vida, e vários
outros estão agora ficando prontos para os Portadores da Vida. Há
aproximadamente duzentas esferas que estão evoluindo de modo a ficarem prontas
para a implantação da vida dentro dos próximos milhões de anos.
Nem todos os planetas são adequados para abrigar a vida
mortal. Os pequenos, que têm uma velocidade de rotação elevada, em torno do
próprio eixo, são totalmente inadequados como habitat para a vida. Em vários
sistemas físicos de Satânia, os planetas que giram em volta do sol central são
grandes demais para serem habitados; a sua grande massa ocasiona uma gravidade
opressiva. Muitas dessas esferas enormes têm satélites, algumas vezes uma meia
dúzia ou até mais, e essas luas, freqüentemente, têm um tamanho muito próximo
do de Urântia, de um modo tal que são quase ideais para serem habitadas.
O mundo habitado mais antigo de Satânia, o mundo de número
um, é Anova, um dos quarenta e quatro satélites que giram em torno de um
planeta escuro enorme, mas exposto à luz diferencial de três sóis vizinhos.
Anova está em um estágio avançado de civilização progressiva.
Os universos do tempo e do espaço têm um desenvolvimento
gradual; a progressão da vida – terrestre ou celeste – não é nem arbitrária,
nem mágica. A evolução
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560
cósmica pode nem sempre ser compreensível (previsível), mas
é estritamente não acidental.
A unidade biológica da vida material é a célula
protoplásmica, a associação coletiva de energias químicas, elétricas e de
outras energias básicas. As fórmulas químicas diferem em cada sistema, e a técnica
de reprodução da célula viva é ligeiramente diferente em cada universo local,
mas os Portadores da Vida são sempre os catalisadores vivos que iniciam as
reações primordiais da vida material; eles são os estimuladores dos circuitos
das energias da matéria viva.
Todos os mundos de um sistema local apresentam um
parentesco físico inequívoco; contudo, cada planeta tem a sua própria escala de
vida, não há dois mundos exatamente iguais nas suas dotações de vida vegetal e
animal. Essas variações planetárias, nos tipos de vida do sistema, resultam das
decisões dos Portadores da Vida. Todavia, esses seres não agem nem por
capricho, nem por excentricidade; os universos são conduzidos de acordo com a
lei e a ordem. As leis de Nebadon são os mandatos divinos de Salvington, e a
ordem evolucionária da vida em Satânia está em consonância com o modelo
evolucionário de Nebadon.
A evolução é a regra do desenvolvimento humano, mas o
processo, em si mesmo, varia muito nos diferentes mundos. Algumas vezes, a vida
é iniciada em um centro, e algumas vezes em três, como o foi em Urântia. Nos mundos
atmosféricos, ela usualmente tem uma origem marinha, mas nem sempre; depende
muito do status físico de um planeta. Os Portadores da Vida têm grande abertura
de ação na sua função de iniciar a vida.
No desenvolvimento da vida planetária, a forma vegetal
sempre vem antes da animal, e é desenvolvida quase completamente antes de os
modelos animais se diferenciarem. Todos os tipos animais são desenvolvidos a
partir dos modelos básicos do reino vegetal precedente de coisas vivas; não são
organizados separadamente.
Os estágios iniciais da evolução da vida não estão
inteiramente em conformidade com as vossas visões atuais. O homem mortal não
é um acidente evolucionário. Há um sistema preciso, uma lei universal, que
determina o desdobramento do plano da vida planetária nas esferas do espaço. O
tempo e a produção de grandes números de uma espécie não são as influências
controladoras. Os camundongos reproduzem-se muito mais rapidamente do que os elefantes,
mas os elefantes evoluem mais rapidamente do que os camundongos.
O processo de evolução planetária é ordenado e controlado.
O desenvolvimento de organismos mais elevados a partir de grupos menos
desenvolvidos de vida não é acidental. Algumas vezes, o progresso evolucionário
é temporariamente retardado pela destruição de certas linhas favoráveis do
plasma da vida existente em uma espécie seleta. Em geral, idades e idades são
necessárias para reparar os danos ocasionados pela perda de uma única linhagem
superior de hereditariedade humana. Essas linhagens selecionadas e superiores
do protoplasma vivo deveriam ser zelosa e inteligentemente guardadas, depois de
haverem surgido. E, na maioria dos mundos habitados, esses potenciais
superiores de vida são muito mais altamente valorizados do que em Urântia.
Há um modelo básico e padronizado de vida vegetal e de vida
animal em cada sistema. Todavia, os Portadores da Vida deparam-se, muitas
vezes, com a necessidade de modificar esses modelos básicos, para conformá-los
às condições físicas variáveis que encontram em inúmeros mundos do espaço. Eles
fomentam um tipo generalizado de criatura mortal em um sistema, mas há sete
tipos físicos distintos, bem como milhares e milhares de variantes menores
dessas sete diferenciações principais:
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1. Os tipos segundo a atmosfera.
2. Os tipos segundo os elementos.
3. Os tipos segundo a gravidade.
4. Os tipos segundo a temperatura.
5. Os tipos segundo a eletricidade.
6. Os tipos segundo a energia.
7. Os tipos não denominados.
O sistema de Satânia contém todos esses tipos, bem como
inúmeros grupos intermediários, embora alguns só sejam representados de modo
muito raro.
1. Os tipos segundo a atmosfera. As diferenças
físicas entre os mundos habitados pelos mortais são determinadas principalmente
pela natureza da atmosfera; outras influências que contribuem para a
diferenciação planetária da vida são relativamente menores.
O status atual da atmosfera de Urântia é quase ideal para a
manutenção do tipo de homem que respira, mas é possível que o tipo humano seja
tão modificado que possa viver tanto no tipo superatmosférico de planetas,
quanto no subatmosférico. Tais modificações também se estendem à vida animal,
que difere grandemente nas várias esferas habitadas. Há uma modificação muito
grande nas ordens animais, dos mundos subatmosféricos para os mundos
superatmosféricos.
Dos tipos atmosféricos, em Satânia, cerca de dois e meio
por cento são sub-respiradores, cerca de cinco por cento são super-respiradores
e cerca de mais de noventa e um por cento são de respiradores intermediários,
totalizando assim noventa e oito e meio por cento dos mundos de Satânia.
Os seres como os das raças de Urântia são classificados
como respiradores intermediários; vós representais a média, ou a ordem de
existência mortal tipicamente respiratória. Se criaturas inteligentes devessem
existir em um planeta com uma atmosfera semelhante à do vosso grande vizinho,
Vênus, elas pertenceriam ao grupo super-respirador, enquanto as que habitassem
um planeta com uma atmosfera tão rarefeita como a do vosso vizinho externo,
Marte, seriam denominadas sub-respiradoras.
Se os mortais habitassem um planeta desprovido de ar, como
a vossa lua, eles pertenceriam à ordem separada dos não-respiradores. Esse tipo
representa um ajuste radical ou extremo ao meio ambiente planetário e é
considerado separadamente. Os não-respiradores completam aquele um e meio por
cento restante dos mundos de Satânia.
2. Os tipos segundo os elementos. Essas diferenciações
têm a ver com a relação dos mortais com a água, o ar e a terra; e há quatro
espécies distintas de vida inteligente no que diz respeito a esses habitats. As
raças de Urântia são da ordem terrena.
É totalmente impossível, para vós, imaginar o meio ambiente
que prevalece durante as idades iniciais de alguns mundos. Essas condições
inusitadas requerem que a vida animal em evolução permaneça no seu berço de
habitat marinho por períodos mais longos do que naqueles planetas que muito
cedo proporcionam um meio ambiente hospitaleiro de terra e de atmosfera. Por
outro lado, em alguns mundos do tipo super-respiradores, quando o planeta não é
muito grande, algumas vezes é oportuno prover um tipo de mortal que possa
prontamente negociar a travessia da atmosfera. Esses navegadores aéreos algumas
vezes surgem entre os grupos da água e os da terra, e eles sempre vivem, em uma
certa medida, no solo, finalmente transformando-se em terrestres.
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562
Em alguns mundos, contudo, durante idades, eles continuam a
voar, até mesmo depois de haverem-se transformado no tipo terrestre de seres.
Ao mesmo tempo é divertido e surpreendente observar a
civilização primeva de raças primitivas de seres humanos tomando forma, em um
caso, no ar e nas partes mais altas das árvores, e, em outro, em meio às águas
rasas de bacias tropicais protegidas, bem como no fundo, nas bordas e nas
praias de jardins marinhos das raças do alvorecer dessas esferas
extraordinárias. Mesmo em Urântia houve uma longa idade durante a qual o homem
primitivo preservou-se e desenvolveu a sua civilização primeva, vivendo a maior
parte do tempo nos topos das árvores, como o faziam os seus longínquos
ancestrais arborícolas. E, em Urântia, vós ainda tendes um grupo de pequenos
mamíferos (a família dos morcegos) que são navegadores do ar; e as vossas focas
e as baleias, de habitat marinho, são também da ordem dos mamíferos.
Em Satânia, dos tipos segundo os elementos, sete por cento
são da água, dez por cento do ar, setenta por cento da terra e treze por cento
combinam os tipos da terra e do ar. Mas essas modificações das criaturas
primitivas inteligentes não são nem peixes humanos nem pássaros humanos. Eles
são dos tipos humano e pré-humano, nem superpeixes, nem pássaros glorificados,
mas nitidamente mortais.
3. Os tipos segundo a gravidade. Pela modificação do
projeto criativo, os seres inteligentes são criados de um modo tal que possam
funcionar livremente, tanto em esferas menores, quanto nas maiores do que
Urântia, ficando assim, de certo modo, acomodados à gravidade dos planetas que
não têm o tamanho e a densidade ideais.
Os vários tipos planetários de mortais variam em altura, a
média em Nebadon sendo um pouco abaixo de dois metros e dez. Alguns dos mundos
maiores são povoados com seres que têm apenas setenta centímetros de altura. A
estatura dos mortais varia desse mínimo, passando pelas médias de altura nos
planetas de tamanho mediano e chegando a três metros nas esferas habitadas
menores. Em Satânia, existe apenas uma raça que tem menos de um metro e vinte
de altura. Vinte por cento dos mundos habitados de Satânia são povoados por
mortais do tipo modificado de gravidade, e que ocupam os planetas maiores e
menores.
4. Os tipos segundo a temperatura. É possível criar
seres vivos que podem suportar temperaturas tanto mais altas, quanto mais
baixas do que os limites suportados pelas raças de Urântia. Há cinco ordens
distintas de seres, classificados pelo que se refere aos mecanismos de
regulagem da temperatura. Nessa escala, as raças de Urântia são as de número três.
Trinta por cento dos mundos de Satânia são povoados por raças do tipo de
temperatura modificada. Doze por cento pertencem às faixas de temperaturas mais
altas, dezoito por cento às mais baixas, se comparadas com as raças urantianas
que funcionam no grupo das temperaturas intermediárias.
5. Os tipos segundo a eletricidade. O comportamento
elétrico, magnético e eletrônico dos mundos varia grandemente. Há dez modelos
de vida mortal variavelmente moldados para suportar a energia diferencial das
esferas. Essas dez variedades também reagem de forma ligeiramente diferente aos
raios de poder químico da luz comum dos sóis. Mas essas ligeiras variações
físicas de nenhum modo afetam a vida intelectual ou espiritual.
Dos agrupamentos elétricos de vida mortal, quase vinte e
três por cento pertencem à classe de número quatro, o tipo de existência em Urântia. Esses
tipos são distribuídos do modo seguinte: número 1, um por cento; número 2, dois
por cento; número 3, cinco por cento; número 4, vinte e três por cento; número
5, vinte e sete por cento;
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número 6, vinte e quatro por cento; número 7, oito por
cento; número 8, cinco por cento; número 9, três por cento; número 10, dois por
cento – em percentagens inteiras.
6. Os tipos segundo a energização. Nem todos os
mundos são iguais na maneira de absorver a energia. Nem todos os mundos
habitados têm um oceano atmosférico adequado à troca respiratória de gases, tal
como ocorre em
Urântia. Durante os estágios iniciais e finais de muitos
planetas, os seres da vossa ordem, como são hoje, não podiam existir; e, quando
os fatores respiratórios de um planeta são muito elevados ou reduzidos, mas,
quando todos os outros pré-requisitos da vida inteligente estão adequados, os
Portadores da Vida freqüentemente estabelecem nesses mundos uma forma
modificada de existência mortal: seres que são aptos para efetuar as trocas no
seu processo de vida, diretamente por meio da energia da luz e da transmutação,
em primeira mão, do poder dos Mestres Controladores Físicos.
Há seis tipos diferentes de nutrição para os animais e os
mortais: os sub-respiradores empregam o primeiro tipo de nutrição; as espécies
marinhas, o segundo; os respiradores intermediários, o terceiro tipo de
nutrição, como em Urântia.
Os super-respiradores empregam o quarto tipo de absorção de
energia, enquanto os não-respiradores utilizam a quinta ordem de nutrição e
energia. A sexta técnica de energização serve apenas às criaturas
intermediárias.
7. Os tipos sem denominação. Há inúmeras variações
físicas adicionais na vida planetária, mas todas essas diferenças são apenas
uma questão de modificação anatômica, de diferenciação fisiológica e de
ajustamento eletroquímico. Tais distinções não dizem respeito à vida
intelectual, nem à vida espiritual.
A maioria dos planetas habitados é povoada pelo tipo
respirador de seres inteligentes. Mas há também ordens de mortais que são
capazes de viver em mundos com pouco ou nenhum ar. Dos mundos habitados de
Orvonton, esse tipo totaliza menos de sete por cento. Em Nebadon essa
porcentagem é inferior a três. Em toda a Satânia há apenas nove de tais mundos.
São pouquíssimos os mundos habitados, do tipo
não-respirador, em Satânia, porque, nessa seção mais recentemente organizada de
Norlatiadeque, os corpos meteóricos do espaço são abundantes; e mundos os sem
uma atmosfera de fricção protetora estão sujeitos ao bombardeamento incessante
desses corpos erráticos. Mesmo alguns dos cometas consistem de enxames de
meteoros, mas que, via de regra, são corpos desagregados menores de matéria.
Milhões e milhões de meteoritos penetram na atmosfera de
Urântia diariamente, entrando a uma velocidade da ordem de quase trezentos e
vinte quilômetros por segundo. Nos mundos dos não-respiradores, as raças
avançadas têm de fazer muito para proteger a si próprias dos danos que os
meteoros causariam; e constroem instalações elétricas que operam pulverizando
ou desviando os meteoros. Um grande perigo é enfrentado por eles quando se
aventuram além dessas zonas protegidas. Tais mundos estão também sujeitos a
tempestades elétricas desastrosas de uma natureza desconhecida em Urântia. Durante
esses momentos, de intensa flutuação de energia, os habitantes devem
refugiar-se nas suas estruturas especiais de isolamento e proteção.
A vida nos mundos dos tipos não-respiradores é radicalmente
diferente daquela de Urântia. Os não-respiradores não ingerem comidas nem bebem
água como o fazem as raças de Urântia. As reações do sistema nervoso, os
mecanismos de regulagem do aquecimento e o metabolismo desses povos
especializados são radicalmente diferentes das
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funções correspondentes dos mortais de Urântia. Quase todo
ato da vida, afora a reprodução, difere; e mesmo os métodos da procriação são
de certo modo também diferentes.
Nos mundos dos não-respiradores as espécies animais são
radicalmente distintas daquelas encontráveis nos planetas atmosféricos. O plano
de vida dos não-respiradores difere da técnica de existência em um mundo
atmosférico; mesmo na sobrevivência, esses povos são diferentes, sendo
candidatos à fusão com o Espírito. Esses seres, contudo, desfrutam da vida e
levam adiante as atividades do reino relativamente com as mesmas provações e
alegrias que são experimentadas pelos mortais que vivem nos mundos
atmosféricos. Em mente e caráter os não-respiradores não diferem de outros
tipos de mortais.
Vós deveríeis estar mais do que interessados na conduta
planetária desse tipo de mortal, pois uma dessas raças de seres habita uma
esfera muito próxima de Urântia.
Há grandes diferenças entre os mortais dos diversos mundos,
inclusive entre os que pertencem aos mesmos tipos intelectuais e físicos, mas
todos os mortais com a dignidade da vontade são animais eretos, bípedes.
Há seis raças evolucionárias básicas: três primárias – a
vermelha, a amarela e a azul; e três secundárias – a laranja, a verde e a
índigo. A maioria dos mundos habitados tem todas essas raças; entretanto,
muitos dos planetas de raças de três cérebros abrigam apenas os três tipos
primários. Alguns sistemas locais também têm apenas essas três raças.
Os seres humanos são dotados, em média, com doze sentidos
físicos especiais, embora os sentidos especiais dos mortais de três cérebros
sejam estendidos até ligeiramente além daqueles dos tipos de um cérebro e de
dois; eles podem ver e ouvir consideravelmente muito mais do que as raças de
Urântia.
Os nascimentos em geral são de apenas um ser, os
nascimentos de múltiplos são uma exceção e a vida familiar é razoavelmente
uniforme em todos os tipos de planetas. A igualdade entre os sexos prevalece em
todos os mundos avançados; o masculino e o feminino têm dons iguais de mente e
de status espiritual. Consideramos que um planeta não tenha emergido ainda do
barbarismo, quando um sexo ainda procura tiranizar o outro. Esse aspecto da
experiência da criatura sempre é bastante aperfeiçoado depois da vinda de um
Filho e de uma Filha Materiais.
As variações de estações e temperaturas ocorrem em todos os
planetas iluminados e aquecidos pela luz dos sóis. A agricultura é universal em
todos os mundos atmosféricos; cultivar o solo é uma atividade comum às raças em
avanço de todos esses planetas.
Em etapas primiivas, os mortais têm todos as mesmas lutas
com os inimigos microscópicos, tais como a que vós vivenciais agora em Urântia,
embora talvez em uma escala menor. A duração da vida varia nos diferentes
planetas de vinte e cinco anos, nos mundos primitivos, até perto de quinhentos
anos, nas esferas mais avançadas e antigas.
Os seres humanos são todos gregários, tanto tribalmente,
quanto no sentido racial. As segregações grupais são inerentes à sua origem e
constituição. Tais tendências podem ser modificadas apenas pelo avanço da
civilização e pela espiritualização gradativa. Os problemas sociais, econômicos
e governamentais dos mundos habitados variam de acordo com a idade dos planetas
e o grau pelo qual foram influenciados pelas estadas sucessivas dos Filhos
divinos.
A mente é uma dotação do Espírito Infinito e funciona quase
da mesma maneira nos meios ambientes mais diversos. As mentes dos mortais são
afins, independentemente de certas diferenças estruturais e químicas que
caracterizam as naturezas físicas das
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criaturas volitivas dos sistemas locais. A despeito das
diferenças planetárias, pessoais ou físicas, a vida mental de todas as várias
ordens de mortais é muito parecida, e as suas carreiras imediatas após a morte
são bastante semelhantes.
Mas a mente mortal sem o espírito imortal não pode
sobreviver. A mente do homem é mortal; apenas o espírito outorgado é imortal. A
sobrevivência depende da espiritualização por intermédio da ministração do
Ajustador – para o nascimento e a evolução da alma imortal – ; ou seja, no
mínimo, é preciso que não tenha sido desenvolvida nenhuma espécie de antagonismo
para com a missão do Ajustador, que é a de efetuar a transformação espiritual
da mente material.
Será bastante difícil fazer uma descrição adequada das
categorias planetárias de mortais, porque vós conheceis pouco sobre elas e
porque há muitas variações. As criaturas mortais podem, contudo, ser estudadas
segundo inúmeros pontos de vista, entre os quais estão os seguintes:
1. O ajustamento ao meio ambiente planetário.
2. Os tipos de cérebro.
3. O recepção do Espírito.
4. As épocas mortais do planeta.
5. Os parentescos entre as criaturas.
6. O fusionamento com o Ajustador.
7. As técnicas de escape terrestre.
As esferas habitadas dos sete superuniversos são povoadas
por mortais que podem, simultaneamente, classificar-se em uma ou em mais
categorias de cada uma dessas sete classes generalizadas de vida das criaturas
evolucionárias. Todavia, mesmo essas classificações gerais não levam em conta
seres como os midsonitas, nem algumas outras formas de vida inteligente. Os
mundos habitados, do modo como foram apresentados nestas narrativas, são
povoados por criaturas mortais evolucionárias, mas há outras formas de vida.
Os ajustamentos normais às condições planetárias seguem os
modelos físicos gerais, considerados anteriormente. Os mundos dos
não-respiradores tipificam o ajustamento radical ou extremo, mas outros tipos
estão também incluídos nesse grupo. Os mundos experimentais são usualmente
adaptados de modo ideal às formas típicas de vida e, nesses planetas decimais,
os Portadores da Vida intentam produzir variações benéficas no projeto de vida
padrão. Posto que o vosso mundo é um planeta experimental, ele difere
acentuadamente das esferas irmãs de Satânia; muitas formas de vida surgiram em
Urântia que não são encontradas em nenhum outro lugar; do mesmo modo muitas
espécies comuns não estão presentes no vosso planeta.
No universo de Nebadon, todos os mundos de modificação da
vida estão ligados uns aos outros, em uma série, e constituem um domínio
especial de assuntos do universo, que recebe a atenção de administradores
designados para isso; e todos esses mundos experimentais são periodicamente
inspecionados por um corpo de diretores do universo, cujo dirigente é o
finalitor veterano conhecido em Satânia como Tabamântia.
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566
2. As categorias segundo os tipos de cérebro. A
uniformidade física básica entre os tipos de mortais está em ter um cérebro e
um sistema nervoso; entretanto, há três organizações básicas do mecanismo
cerebral: o tipo de um cérebro, o de dois cérebros e o tipo de três cérebros.
Os urantianos são do tipo de dois cérebros; um pouco mais imaginativos,
aventureiros e filosóficos do que os mortais de um cérebro. No entanto são um
tanto menos espirituais, éticos e menos adoradores do que as ordens de três
cérebros. Essas diferenças quanto aos cérebros caracterizam até mesmo as
existências animais pré-humanas.
Partindo do córtex cerebral de dois hemisférios do tipo
urantiano, vós podeis, por analogia, captar algo do tipo de um cérebro. O terceiro
cérebro das ordens de três cérebros pode ser mais bem concebido como uma
evolução da vossa forma de cerebelo, que é mais primitiva e rudimentar,
desenvolvida a ponto de funcionar principalmente no controle das atividades
físicas, deixando os dois cérebros superiores livres para as funções mais
elevadas: um, para as funções intelectuais, e o outro, para as atividades de
gerar a contraparte espiritual do Ajustador do Pensamento.
Conquanto o alcance na realização terrestre das raças de um
cérebro possa parecer ligeiramente limitado, se comparado ao das ordens de dois
cérebros, os planetas mais antigos, dos grupos de três cérebros, exibem
civilizações que assombrariam os urantianos e que, de algum modo,
envergonhariam a vossa, em uma comparação. Quanto ao desenvolvimento mecânico e
à civilização material e mesmo quanto ao progresso intelectual, os mundos dos
mortais de dois cérebros são capazes de igualar-se às esferas dos mortais de
três cérebros. Quanto ao alto controle da mente e ao desenvolvimento de uma
reciprocidade entre a vida intelectual e a espiritual, contudo, vós sois um
pouco inferiores.
Todos esses estudos comparativos que dizem respeito ao
progresso intelectual ou ao alcance da realização espiritual, em qualquer mundo
ou grupo de mundos, deveriam, por justiça, considerar a idade planetária; e
muito, muito mesmo, depende da idade, do nível da realização na ajuda dos
elevadores biológicos e das missões subseqüentes das várias ordens dos Filhos
divinos.
Enquanto os povos de três cérebros são capazes de uma
evolução planetária ligeiramente mais elevada do que as ordens de um cérebro e
do que as de dois, todas as ordens têm o mesmo tipo de plasma vital e exercem
as atividades planetárias de um modo muito parecido, semelhante mesmo, ao
realizado pelos seres humanos em Urântia. Esses três tipos de mortais estão
distribuídos nos mundos dos sistemas locais. Na maioria dos casos, as condições
planetárias pouco tiveram a ver com as decisões dos Portadores da Vida ao
projetarem essas ordens variadas de mortais em mundos diferentes; é uma
prerrogativa dos Portadores da Vida planejar e executar desse modo.
Essas três ordens estão em uma mesma posição, quanto à
trajetória de ascensão. Cada uma deve passar pela mesma escala intelectual de
desenvolvimento, e cada uma deve triunfar, na questão da mestria, passando
pelas mesmas provas espirituais de progresso. A administração do sistema e o
supracontrole da constelação desses mundos diferentes estão uniformemente
isentos de discriminações; até mesmo os regimes dos Príncipes Planetários são
idênticos.
Entre os tipos de recepção do espírito, sessenta e cinco
por cento são do segundo grupo, como as raças de Urântia. Doze por cento são do
primeiro tipo, naturalmente menos receptivos,
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enquanto vinte e três por cento têm uma inclinação
espiritual maior durante a vida terrestre. Tais distinções, contudo, não
continuam depois da morte natural; todas essas diferenças raciais prevalecem
tão-só durante a vida na carne.
A vida é iniciada nos planetas pelos Portadores da Vida,
que cuidam do seu desenvolvimento até algum tempo após o aparecimento
evolucionário do homem mortal. Antes de deixarem um planeta, os Portadores da
Vida instalam devidamente um Príncipe Planetário como governante do reino. Com
esse governante, chega uma cota completa de auxiliares subordinados e de
ajudantes ministrantes, e o primeiro julgamento dos vivos e dos mortos acontece
simultaneamente com a sua chegada.
Com a aparição de agrupamentos humanos, esse Príncipe
Planetário chega para inaugurar a civilização humana e a dar mais enfoque à
sociedade humana. O vosso mundo confuso não pode ser tomado como padrõa das
épocas primitivas do reinado do Príncipe Planetário, pois foi muito próximo do
começo da administração de Urântia que o vosso Príncipe Planetário, Caligástia,
ligou-se à rebelião de Lúcifer, o Soberano do Sistema. O vosso planeta, desde
então, tem seguido um curso tormentoso.
Num mundo evolucionário normal, o progresso racial atinge o
seu auge biológico natural durante o regime do Príncipe Planetário e, pouco
depois, o Soberano do Sistema despacha um Filho e uma Filha Materiais para
aquele planeta. Esses seres importados prestam o seu serviço como elevadores
biológicos; a falta que eles cometeram em Urântia complicou, ainda mais, a
vossa história planetária.
Quando os progressos intelectual e ético de uma raça humana
alcançam os limites do desenvolvimento evolucionário, chega um Filho Avonal do
Paraíso, em uma missão magisterial; e, mais tarde, quando o status espiritual
desse mundo aproxima-se do seu limite de realização natural, o planeta é
visitado por um Filho do Paraíso, em auto-outorga. A missão principal de um Filho
auto-outorgante é a de estabelecer o status planetário, de liberar o Espírito
da Verdade para a sua função planetária e, assim, efetivar a vinda universal
dos Ajustadores do Pensamento.
Com relação a isso, novamente, Urântia desviou-se: nunca
houve uma missão magisterial no vosso mundo, nem o vosso Filho auto-outorgado
foi da ordem Avonal; o vosso planeta desfrutou da honra insigne de tornar-se o
planeta lar mortal do Filho Soberano, Michael de Nebadon.
Como resultado da ministração de todas as ordens sucessivas
de filiação divina, os mundos habitados e as suas raças em avanço começam a
aproximar-se do ápice da evolução planetária. Tais mundos, então, tornam-se
maduros para a missão culminante: a chegada dos Filhos Instrutores da Trindade.
Essa época dos Filhos Instrutores é o vestibular para a idade planetária final
– a utopia evolucionária –, a idade da luz e vida.
Essa classificação dos seres humanos receberá atenção
especial, em um documento posterior ao presente.
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periodicamente inspecionadas por alguns corpos compostos de
altas personalidades, presididas por finalitores de longa experiência.
Esses fatores de parentesco manifestam-se em todos os
níveis, pois as séries de parentesco existem tanto entre as personalidades não
humanas, quanto entre as criaturas mortais – e até mesmo entre as ordens
humanas e supra-humanas. Os seres inteligentes estão verticalmente relacionados
em doze grandes grupos, de sete divisões maiores cada. A coordenação desses
grupos de seres vivos, relacionados de um modo único, é efetuada provavelmente
por alguma técnica, não integralmente compreendida, do Ser Supremo.
Todos os diferentes tipos físicos e séries planetárias de
mortais semelhantes beneficiam-se da ministração dos Ajustadores do Pensamento,
dos anjos guardiães e das várias ordens de hostes de mensageiros do Espírito
Infinito. Da mesma forma, todos eles são liberados dos liames da carne pela
emancipação da morte natural, e todos, do mesmo modo, vão desse ponto para os
mundos moronciais da evolução espiritual e do progresso da mente.
De tempos em tempos, por uma moção das autoridades
planetárias, ou dos governantes do sistema, são feitas ressurreições especiais
dos sobreviventes adormecidos. Tais ressurreições acontecem ao menos a cada
milênio do tempo planetário, quando nem todos mas “muitos daqueles que dormem
no pó despertam”. Essas ressurreições especiais são uma ocasião para a
mobilização de grupos especiais de seres ascendentes, para o serviço específico
no plano de ascensão mortal do universo local. Há tanto razões práticas quanto
associações sentimentais ligadas a essas ressurreições especiais.
Durante as idades iniciais de um mundo habitado, muitos são
chamados para as esferas das mansões, nas ressurreições especiais e milenares,
mas a maioria dos sobreviventes é repersonalizada durante a inauguração de uma
nova dispensação, ligada à vinda de um Filho divino para o serviço planetário.
1. Mortais da ordem dispensacional ou grupal de
sobrevivência. Com a chegada do primeiro Ajustador em um mundo habitado, os
serafins guardiães também aparecem; eles são indispensáveis ao escape
terrestre. Durante o período do lapso de vida, que os sobreviventes têm,
enquanto adormecidos, os valores espirituais e as realidades eternas das suas
almas recém-evoluídas e imortais, são guardados em sagrada confiança pelos
serafins guardiães pessoais ou grupais.
Os guardiães dos grupos, designados para os sobreviventes
adormecidos, sempre funcionam com os Filhos dos julgamentos, quando das suas
vindas ao mundo. “Ele enviará os Seus anjos,
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e eles reunirão, dos quatro ventos, os Seus eleitos.” Junto
com cada serafim que é designado para a repersonalização de um mortal
adormecido, funciona o Ajustador que retornou, aquele mesmo fragmento imortal
do Pai que viveu nele durante os dias na carne e, assim, a identidade é
restaurada e a personalidade ressuscitada. Durante o sono dos seus tutelados,
esses Ajustadores que aguardavam, servem em Divinington; e eles nunca residem
em outra mente mortal nesse ínterim.
Enquanto os mundos mais antigos de existências mortais
abrigam os tipos de seres humanos mais altamente desenvolvidos e sutilmente
espirituais, que são virtualmente dispensados da vida moroncial, as idades mais
primevas das raças de origem animal caracterizam-se por abrigarem mortais
primitivos tão imaturos que a fusão com os seus Ajustadores torna-se
impossível. O redespertar desses mortais é realizado pelo serafim guardião, em
conjunção com uma porção individualizada do espírito imortal da Terceira Fonte
e Centro.
Assim, os sobreviventes adormecidos de uma idade planetária
são repersonalizados nas listas de chamadas dispensacionais. Com respeito às
personalidades não-salváveis de um reino, nenhum espírito imortal estará
presente para funcionar com os guardiães grupais do destino, e isto constitui a
cessação da existência da criatura. Ainda que alguns dos vossos registros
descrevam esse acontecimento como tendo lugar nos planetas da morte na carne,
isso realmente ocorre nos mundos das mansões.
2. Mortais das ordens individuais de ascensão. O
progresso individual dos seres humanos é medido pelos sucessivos cumprimentos
de etapas e de travessia (pela mestria) dos sete círculos cósmicos. Esses
círculos de progressão mortal são níveis aos quais estão associados os valores
intelectuais, sociais, espirituais e de discernimento cósmico. Começando pelo
sétimo círculo, os mortais esforçam-se para alcançar o primeiro, e todos
aqueles que houverem alcançado o terceiro têm, imediatamente, anjos guardiães
pessoais do destino designados para si. Esses mortais podem ser repersonalizados
na vida moroncial, independentemente do juízo dispensacional ou de outros
juízos.
Durante as idades primitivas de um mundo evolucionário,
poucos mortais vão a julgamento no terceiro dia. À medida que passam as idades,
contudo, cada vez mais os guardiães pessoais do destino são designados para os
mortais em avanço e, assim, números crescentes dessas criaturas em evolução são
repersonalizados, no primeiro mundo das mansões, ao terceiro dia depois da
morte natural. Em tais ocasiões, o retorno do Ajustador assinala o despertar da
alma humana e isto é a repersonalização dos mortos, e tão literalmente o é como
quando é feita a chamada em massa, no fim de uma dispensação, nos mundos
evolucionários.
Há três grupos de seres ascendentes individuais: os menos
avançados aterrissam no mundo inicial das mansões, ou seja, no primeiro. O
grupo dos mais avançados pode iniciar a carreira moroncial em qualquer dos
mundos intermediários das mansões, de acordo com a progressão planetária
prévia. E os mais avançados ainda, dessas ordens, realmente começam a sua
experiência moroncial no sétimo mundo das mansões.
3. Mortais das ordens cuja ascensão depende de um
período probatório. A chegada de um Ajustador constitui a identidade, aos
olhos do universo, e todos os seres resididos estão nas listas de chamadas da
justiça. A vida temporal nos mundos evolucionários, contudo, é incerta, e
muitos morrem na juventude, e antes de escolherem a carreira do Paraíso. Tais
crianças e jovens resididos por Ajustadores seguem aquele dentre os seus pais
que tiver o status de carreira espiritual mais avançado, indo assim para o
mundo dos finalitores do sistema (o berçário probatório), ao terceiro dia, em
uma ressurreição especial, ou quando ocorrer a chamada regular do milênio ou,
ainda, a da lista dispensacional.
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As crianças que morrem novas demais para terem Ajustadores
do Pensamento são repersonalizadas, no mundo dos finalitores do sistema local,
concomitantemente com a chegada de um dos seus progenitores nos mundos das
mansões. Uma criança adquire entidade física com o nascimento mortal, mas, em
matéria de sobrevivência, todas as crianças sem Ajustadores são consideradas
como ainda ligadas aos seus pais.
No devido tempo, os Ajustadores do Pensamento vêm para
residir nesses pequenos, enquanto a ministração seráfica, para ambos os grupos
probatórios de ordens de dependentes sobreviventes, é, em geral, semelhante
àquela do progenitor mais avançado, ou é equivalente àquela de um dos
progenitores, caso apenas um deles sobreviva. Para aqueles que alcançaram o
terceiro círculo, independentemente do status dos seus progenitores, são
concedidos guardiães pessoais.
Berçários probatórios semelhantes são mantidos nas esferas
dos finalitores, na constelação e na sede central do universo, para as crianças
sem Ajustadores das ordens primárias e secundárias modificadas de ascendentes.
4. Mortais das ordens secundárias modificadas de
ascensão. Estes são os seres humanos progressivos dos mundos evolucionários
intermediários. Via de regra, eles não são imunes à morte natural e ficam
isentos de passar pelos sete mundos das mansões.
O grupo menos perfeccionado redesperta nas sedes centrais
dos seus sistemas locais, passando ao largo apenas dos mundos das mansões. O
grupo intermediário vai para os mundos de aperfeiçoamento da constelação; eles
passam ao largo de todo o regime moroncial do sistema local. Mais adiante
ainda, nas idades planetárias de esforço espiritual, muitos sobreviventes
despertam nas sedes centrais das constelações e, dali, começam a sua ascensão
ao Paraíso.
Antes, porém, de que qualquer ser desses grupos possa
prosseguir, os seus integrantes devem regressar como instrutores aos mundos
pelos quais não passaram, adquirindo assim muitas experiências como instrutores
nos reinos pelos quais passaram como estudantes. Subseqüentemente, todos
continuam até o Paraíso, pelos caminhos ordenados de progressão mortal.
5. Mortais da ordem primária modificada de ascensão.
Esses mortais pertencem ao tipo de vida evolucionária que se fusiona ao Ajustador,
mas eles são representativos, mais freqüentemente, das fases finais do
desenvolvimento humano em um mundo em evolução. Esses
seres glorificados ficam isentos de passar pelos portais da morte; eles são
submetidos à custódia do Filho; e são transladados de entre os vivos,
aparecendo imediatamente na presença do Filho Soberano, na sede central do
universo local.
Esses são os mortais que se fusionam aos seus Ajustadores
durante a vida mortal, e essas personalidades fusionadas aos Ajustadores
atravessam o espaço livremente, antes de serem vestidos com as formas
moronciais. Tais almas fusionadas vão, em um trânsito direto, com o Ajustador
até as salas de ressurreição das elevadas esferas moronciais, onde recebem a
sua investidura moroncial inicial, exatamente como todos os outros mortais que
chegam dos mundos evolucionários.
Essa ordem primária modificada de ascensão mortal pode ser
aplicada a indivíduos em qualquer das categorias planetárias, desde os estágios
mais baixos aos mais elevados dos mundos de fusão com os Ajustadores, mas
funciona nas esferas mais antigas, mais freqüentemente, depois que estas hajam
recebido os benefícios das numerosas permanências dos Filhos divinos.
Com o estabelecimento da era planetária de luz e vida,
muitos vão para os mundos moronciais do universo por meio da ordem primária
modificada de translado. Mais tarde, ao longo dos estágios mais avançados da
existência estabelecida,
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quando a maioria dos mortais que deixam um reino é
abrangida nessa classe, o planeta é considerado como pertencendo a essa série.
A morte natural torna-se cada vez menos freqüente nessas esferas há muito
estabelecidas em luz e vida.
[Apresentado por um Melquisedeque da Escola de
Administração Planetária de Jerusém.]
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