História
Algumas das imagens mais antigas de cruzes foram encontradas nas estepes da Ásia Central e algumas emAltai. A cruz na velha religião altaica chamada Tengriismo simboliza o deus Tengri; ela não era uma cruz alongada, lembrava mais um sinal de adição (+). [carece de fontes]
Os primeiros livros cristãos da Armênia e da Síria traziam evidências de que a cruz se originou com povosnômades do leste, possivelmente uma referência aos primeiros povos turcos. Em velhos templos armênios, algumas influências de estilo turco são encontradas nas cruzes. [carece de fontes]
[editar]No cristianismo
Um dos símbolos mais utilizados na religião é a cruz. A Encyclopædia Britannica chama a cruz de “o principal símbolo da religião cristã”. Num julgamento em tribunal na Grécia, a Igreja Ortodoxa Grega chegou a afirmar que aqueles que rejeitam a "Santa Cruz" não são cristãos.
O instrumento da morte de Jesus é mencionado em textos bíblicos como Mateus 27:32 e 40. Ali, a palavra grega stau·rós é traduzida por “cruz” em várias Bíblias em português, e o costume dos Romanos era a crucificação.
“Encontraram-se diversos objetos, datando de longos períodos anteriores à Era Cristã, marcados com cruzes de feitios diferentes, em quase cada parte do mundo antigo. A Índia, a Síria, a Pérsia e o Egitoproduziram todos inúmeros exemplos, ao passo que em quase toda a parte da Europa se encontraram numerosos casos, datando desde a parte posterior da Idade da Pedra até os tempos cristãos. O uso da cruz como símbolo religioso em tempos pré-cristãos e entre povos não-cristãos provavelmente pode ser considerado como quase universal, e em muitíssimos casos ligava-se a alguma forma de culto da natureza.” — The Encyclopœdia Britannica, 1946, Vol. 6, página 753.
A palavra grega traduzida por cruz nas Bíblias das Testemunhas de Jeová é "estaca de tortura" (extraído de "stau-rós"). No grego "estaca reta", ou "madeiro". Alguns condenado levavam um "madeiro" nas costas até o local do seu suplício, este madeiro era a parte horizontal e seria suspendida na parte vertical que já estaria fixado no local, formando a cruz do suplício.
The imperial Bible-Divtionary reconhece isso dizendo: "A palavra grega para cruz, [stau.rós], devidamente significa uma estaca, um poste reto, ou pedaço de ripa, em que algo podia ser pendurado, ou que poderia ser usado para estaquear [cercar] um pedaço de terreno.... Até mesmo entre os romanos a crux(da qual se deriva nossa cruz) parece ter sido originalmente um poste reto" - Editado por P.Fairbairn, (londres,1874),Vol.I,p. 376.
O livro The Non-Christian Cross (A Cruz Não-Cristã), de John Denham Parsons, declara: “Não existe uma única sentença em qualquer dos inúmeros escritos que formam o Novo Testamento que, no grego original, forneça sequer evidência indireta no sentido de que o stauros usado no caso de Jesus fosse diferente do stauros comum; muito menos no sentido de que consistisse, não em um só pedaço de madeira, mas em dois pedaços pregados juntos em forma de uma cruz. . . . É um tanto desencaminhante, da parte de nossos mestres, traduzirem a palavra stauros por ‘cruz’ ao verterem os documentos gregos da Igreja para a nossa língua nativa, e apoiarem tal medida por incluírem ‘cruz’ em nossos léxicos como sendo o significado de stauros, sem explicarem cuidadosamente que esse, de qualquer modo, não era o significado primário dessa palavra nos dias dos Apóstolos, que não se tornou seu significado primário senão muito depois disso, e só se tornou tal, se é que se tornou, porque, apesar da falta de evidência corroborativa, presumiu-se, por uma razão ou outra, que o stauros específico em que Jesus foi executado tinha esse determinado formato.” — Londres, 1896, pp. 23, 24.
Concernente aos cristãos do primeiro século, a obra History of the Christian Church diz: "Não se usava o crucifixio e nenhuma representação material da cruz."-(Nova Iorque,1897).J.F.Hurst,Vol.I,P.366. Durante o primeiro século do cristianismo, a cruz era raramente usada na iconografia cristã, uma vez que representa propositadamente um doloroso método de execução pública. O Ichthys, ou símbolo do peixe, era mais utilizado pelos primeiros cristãos.
No entanto, o símbolo da cruz já foi associado aos cristãos no segundo século, como é indicado nos argumentos anticristãos citados por Octavius [1], capítulos IX e XXIX, escrito no final do mesmo século ou no início do próximo[2], até o início do terceiro século a cruz tinha-se tornado tão estreitamente associada a Cristo que Clemente de Alexandria, que morreu entre 211 e 216, usou a ambiguidade da frase τὸ κυριακὸν σημεῖον (o sinal do Senhor) para significar cruz, pois a epístola apócrifa de Barnabé, tem o número 318 (em grego numerais, ΤΙΗ) em Gênesis 14:14 foi interpretada como uma numerologia para cruz (T, na posição vertical) e de Jesus (ΙΗ, as primeiras duas letras do seu nome ΙΗΣΟΥΣ, a posição dos 18),[3] e seu contemporâneo Tertuliano designou os crentes cristãos como crucis religiosi, ou seja "devotos da Cruz."[4] Em seu livro De Corona, escrito em 204, diz Tertuliano diz que já era uma tradição para os cristãos fazer em sua testa o sinal da cruz.[5] Muitos estudiosos consideram que a cruz teria sido adotada pelo cristianismo por seus próprios méritos, devido às suas conotações metafísicas, porém alguns historiadores sugerem que a cruz surgiu originalmente de um símbolo pagão:
A forma da [cruz de duas vigas] teve sua origem na antiga Caldéia e foi usada como símbolo do deus Tamuz (tendo a forma do Tau místico, a letra inicial de seu nome)naquele país e em terras adjacentes no Egito. Por volta dos meados do 3ºséc. A.D, as igrejas ou se haviam apartado ou tinham arrematado certas doutrinas da fé cristã. A fim de aumentar o prestígio do sistema eclesiástico apóstata, aceitavam-se pagãos nas igrejas, à parte de uma regeneração pela fé, e permitia-se-lhes em grande parte reter seus sinais e símbolos pagãos. Assim se adotou o Tau ou T, na sua forma mais frequente, com a peça transversal abaixada um pouco, para representar a cruz de Cristo.—An Expository Dictionary of New Testament Words(Londres,1962),W.E.Vine,p.256
.
A Enciclopédia Judaica diz:
A cruz como um símbolo cristão (...) entrou em uso pelo menos no segundo século (ver "apost. Const." Iii. 17;epístola de Barnabé, XI.-xii.; Justin, "Apologia", i . 55-60; "Dial. cum Tryph". 85-97) e à marcação de uma cruz sobre a testa e do tórax foi considerado como um talismã contra os poderes dos demônios (Tertuliano, "De Corona", iii.; Cipriano, "Testemunhos", xi. 21-22; Lactantius, "Divinae Institutiones," iv. 27, e outros). (...)
Nenhum comentário:
Postar um comentário