sábado, 3 de dezembro de 2011

CRIANÇAS ÍNDIGO E CRISTAL


As Crianças Índigo são crianças fabulosas que estão nascendo aqui na Terra há bastante tempo, mas vinham poucas delas, até que depois da segunda guerra mundial começaram a vir em maior número e a partir da década de 70 então, começaram a chegar em ondas, cada vez mais e mais delas. Hoje, os dados são impressionantes! Pesquisadores americanos estimam que depois de 1995 oitenta e cinco por cento dos nascimentos ocorridos na Terra é de crianças índigo!
Fica muito evidente que alguma coisa está acontecendo. Mas, o quê? Astrônomos importantes como Freidrich Wilhelm Bessel, Paul Otto Hesse, José Comas Sola, Edmund Halley, depois de estudos e cálculos minuciosos, chegaram à conclusão de que o sistema solar gira em torno de Alcione, estrela central da constelação das Plêiades.
Nosso Sol é, portanto, a oitava estrela da constelação e leva 26 mil anos para completar uma órbita ao redor de Alcione. Descobriu-se também que Alcione tem à sua volta um gigantesco anel de radiação que foi chamado de cinturão de fótons. Um fóton consiste na decomposição ou divisão do elétron, sendo a mais ínfima partícula de energia eletromagnética.
A cada dez mil anos o Sistema Solar penetra por dois mil anos nesse anel de fótons, ficando mais próximo de Alcione. A última vez que a Terra passou por ele foi durante a Era de Leão, há cerca de doze mil anos.
Na Era de Aquário, que está se iniciando, ficaremos outros dois mil anos nesse anel de radiação. Sob a influência dos fótons, todas as moléculas e átomos do nosso planeta passam por uma transformação, precisando se readaptar a novos parâmetros. A excitação molecular cria um tipo de luz constante, permanente, que não é quente, uma luz sem temperatura que não produz sombra nem escuridão. Talvez por isso os hindus chamem de Era da Luz os tempos que estão por vir.
Desde 1972, o Sistema Solar vem entrando no cinturão de fótons, e em 1987 foi a Terra que começou a penetrá-lo, estando gradativamente avançando até que no ano de 2012 deverá estar totalmente imersa em sua luz.
As pessoas despertas acordarão como de um sonho com seus centros de energia totalmente abertos, livres do véu do esquecimento, tanto pessoal quanto planetário, pertinentes à terceira dimensão. As pessoas começarão a se reconectar com suas origens e propósitos da alma, que é o retorno da Consciência Crística para o planeta.
Um novo campo de percepção está disponível para aqueles que aprenderem a ver as coisas de uma outra forma. Desde a década de oitenta, quando a Terra começou a penetrar no cinturão de fótons, estávamos nos sincronizando com a quarta dimensão e nos preparando para receber a radiação de Alcione, estrela de quinta dimensão.
O véu do esquecimento que envolve o nosso planeta cairá de tal modo que os primeiros Semeadores de Vida na Terra, vindos de outros sistemas, reaparecerão nos auxiliando a firmar uma nova civilização e a incorporar uma nova realidade.
O nome : Criança Índigo refere-se à cor da sua aura, o azul-índigo, que indica uma aura de Mestre. São crianças especiais que decidiram encarnar no nosso planeta com uma missão e um objetivo específico: são guerreiros, detonadores de sistemas! Elas já vêm ao nosso planeta há bastante tempo. Alguns até argumentam que Jesus e Budha eram índigos, pois a missão deles, numa escala global, era mudar a consciência da humanidade.
Nos anos setenta, começaram a vir em ondas. Muitos deles... seres que hoje estão nos seus vinte...trinta anos, a geração guerreira que começou a desafiar e a mudar os velhos sistemas. Nos anos oitenta e noventa, mais e mais ondas de índigos chegaram, agora com uma sensibilidade e refinamento maiores ainda! E no final dos anos noventa e início de dois mil eles estão ganhando a companhia das " Crianças Cristal " que chegam também como guerreiros... mas guerreiros espirituais!
Presentemente, nós estamos vendo uma geração de Mestres vindo para o nosso planeta, essas crianças fantásticas também chamadas de " Crianças das Estrelas". Elas são a nossa esperança para o futuro, elas são a nossa esperança para o presente.

As Crianças Cristal estão chegando! Por volta do ano dois mil essas crianças começaram e encarnar na Terra. Elas representam o próximo passo na evolução humana. Elas seguem às crianças índigo. Sua missão é completar o trabalho começado pelos índigos. Elas também são detonadores de sistemas, são os guerreiros espirituais que vêm desmantelar e remover maneiras velhas e limitadas de pensar e elas vêm para começar o processo de renovação e reconstrução.
A missão primária de uma Criança Cristal é ensinar as maneiras de vida muiltidimensional em harmonia, paz e amor. Elas estão vindo nos ensinar como viver vidas emancipadas com o reconhecimento dos nossos plenos poderes. Elas estão vindo para nos ajudar a nos ligar novamente com as Energias Divinas. Elas representam o caminho futuro da raça humana. E uma das dádivas mais mágicas delas para conosco é que elas são catalisadores para a nossa evolução: várias crianças e adultos Índigo estão fazendo a transição para o estado Cristal com a ajuda da elevação energética que essas crianças fornecem pela mera presença delas na Terra.

As Crianças Cristal são primariamente reconhecidas pelas suas auras que são geralmente claras como cristal mas também podem ter tons de dourado, azul-índigo ou púrpura, dependendo de sua afiliação de Raio. As Crianças Cristal nascem com acesso ao seu Eu Multidimensional e estão geralmente ancoradas na Sexta Dimensão com a habilidade de se abrirem para a Nona Dimensão, a completa Consciência do Cristo! Isso quando o planeta estiver pronto, provavelmente em torno do ano de 2012, quando a primeira geração de Crianças Cristal atingir os 12 anos de idade.
Existem algumas características bastante definidas que as Crianças Cristal têm quando encarnam:
São geralmente bebês grandes e freqüentemente têm cabeças que são proporcionalmente grandes para os seus corpos. Tem olhos grandes e penetrantes e fitam as pessoas nos olhos por longos períodos. O que esses bebês estão fazendo é acessar os registros de alma do adulto e ler quem é ele. Esse é um comportamento perfeitamente normal para essas crianças e elas ficarão muito contentes se o adulto fizer o mesmo de volta. É a maneira cristal de se comunicar, olhar para a alma de outro ser e sentir quem é ele. Uma coisa que todos nós aprenderemos a fazer no futuro.
Emocionalmente, elas são geralmente bebês muito bons e calmos formando um laço intenso com a mãe. Esta é, geralmente, a primeira encarnação delas neste planeta e precisam da reafirmação e estabilidade que a presença física da mãe pode oferecer. São crianças extremamente amorosas e freqüentemente procurarão ajudar e curar tanto humanos como animais em sofrimento. São crianças também extremamente sensíveis. Elas não só são capazes de ler o registro da alma de uma pessoa como também sentir todas as tensões e raivas não resolvidas que a pessoa carrega em seu subconsciente. É por isso que elas são tão sensíveis ao seu meio ambiente.

O “Anjo Humano” Indigo Cristal
por Celia Fenn

As crianças Indigo e Cristal não apenas se comportam e pensam de forma diferente que seus predecessores, como são diferentes espiritualmente. Seus corpos subtis estão mais desenvolvidos e elas estão “conectadas” de forma diferente. Por representarem o próximo passo na evolução humana, carregam dentro de suas auras a semente de uma nova e importante energia que está nascendo em nosso planeta.

É bem conhecido pela ciência que cada ser humano possui muito mais capacidade cerebral e de ADN, que não é usado, e para o qual não consegue encontrar utilidade. Este ADN “extra” é chamado até de “lixo” ADN. No entanto, não é “lixo” ou capacidade “desperdiçada”, é um potencial inato do ser humano esperando ser activado.

Cada ser humano no planeta tem a capacidade inata de acordar para o seu pleno potencial. Em metafísica descrevemos esta capacidade como o Padrão (Modelo) do Anjo Humano. Os humanos foram programados originalmente para ter percepção total de sua essência divina e de suas origens angélicas. Contudo, como parte da exploração da densidade 3D, os humanos concordaram em ser “desconectados” desta consciência superior, por algum tempo. Isto resultou em parte do padrão ter sido “desligado” para permitir esta fase da evolução dentro da densidade.

Agora, contudo, a humanidade está pronta para se reconectar, havendo explorado a experiência completa dentro da densidade tri-dimensional. Estamos prontos para voltarmos “ao lar”, levando esta experiência ao nosso ser angelical. Estamos prontos para nos reconectarmos. As crianças Índigo e Cristal são a geração que vai estabelecer a ligação. Elas são a Ponte Arco-Írís. Elas nascem com seus padrões angelicais completamente “conectados” e prontos para serem usados!
Os Antigos e os Novos Padrões
O “antigo” padrão humano foi baseado no Sistema de 7 Chakras do Corpo Sutil Energético.

Os Chakras levavam as cores como segue:
Chakra da Coroa: Branco
Chakra Frontal/Terceiro Olho: Índigo/Violeta
Chakra Laríngeo: Azul
Chakra Cardíaco: Verde/Rosa
Chakra do Plexo Solar: Amarelo
Chakra Esplênico ou Umbilical: Laranja
Chakra Básico/Raiz: Vermelho

O novo padrão ou Padrão do Anjo Humano possui Treze Chakras e leva as ondas de cor do seguinte modo:
Coroa e Cabeça: Ouro e Prata
Peito Superior Direito: Vermelho
Peito Superior Esquerdo: Azul
Coração e Abdomen: Violeta
Braço e Mão Direita: Vermelho – Violeta
Braço e Mão Esquerda: Azul – Violeta
Órgãos Sexuais e Raíz: Vermelho – Laranja
Quadril e Coxa Direita: Laranja : Orange
Quadril e Coxa Esquerda: Verde
Joelhos e Panturrilhas: Amarelo
Pé e Tornozelo Direito: Laranja – Amarelo
Pé e Tornozelo Esquerdo: Amarelo – Verde
Estrela Terrestre: Azul - Verde

Assim é! É por isto que eles são diferentes!
No novo padrão, a energia flui directamente pela espinha abaixo e depois acima e à volta, formando “asas” de energia, como um anjo. Isto significa que o novo “anjo humano” é auto-sustentável energeticamente, e carrega energia em uma vibração e velocidade superior. Por isso as crianças Indigo e Cristal teem mais energia e procuram expressá-la em diferentes maneiras.
Crianças Indigo anseiam vivenciar suas energias com movimento e criatividade, levando-as frequentemente a hiper-actividade e a diagnósticos de TDA (Transtorno do Déficit de Atenção). Não há nada errado com estas crianças, estão simplesmente expressando a energia que flui através delas nestes níveis (de velocidade).

Crianças Cristal, por outro lado, expressam a energia abrandando o físico e concentram-se nos aspectos espirituais e multidimensionais.

A Experiência do “Anjo Humano” Indigo
As crianças Indigo nasceram com seu padrão de 13 Chakras activado. Sua missão é serem destruidores de sistemas, assim sendo, sua energia está focada no mundo exterior.
Elas usam seu fluxo kundalini intensificado para sentir o mundo e mudar energias densas e cristalizadas. Estes anjos humanos precisam de sua hiper-energia para quebrar e mudar os velhos padrões e a densidade da experiência tridimensional humana.

A “raiva” típica do Indigo é uma expressão desta energia estando focada para quebrar velhos sistemas e eliminar velhas energias.

Crianças Indigo precisam de ser ajudadas a entender e equilibrar seus fluxos energéticos, e não a serem medicadas para a “normalidade” com drogas como Ritalin e Prozac. Este tipo de medicamento apenas “desassocia” os Índigos de seu padrão de “anjo humano” e os confina na velha experiência tridimensional.


A Experiência do “Anjo Humano” Cristal
Muitos Indigos estão agora mudando para o estado Cristal, já que o trabalho dos Indigos está amplamente completo. Eles estão-se a juntar aos Indigos.
O “Anjo Humano” Cristal está aqui para trazer a experiência do amor, da paz e da harmonia ao planeta e assim sendo, estes seres não necessitam do intenso foco externo do Índigo. Eles agora buscam equilibrar as energias superiores e inferiores do padrão.

A lentidão do desenvolvimento de muitas crianças Cristais é meramente uma expressão da necessidade de focar o seu kundalini de Anjo Humano entre a percepção humana de 3ª e 4ª dimensão, e os estados multidimensionais angelicais de percepção.

Os adultos que estão passando pelos programas de activação e ascensão estão aprendendo também a trabalhar com um tipo diferente de fluxo da kundalini que é muito mais poderoso e intenso, e a equilibrar suas energias entre os treze chakras.

Todos os humanos têm agora a escolha de activar os treze chakras do padrão de anjo humano. Esta é a dádiva dada pelas Crianças Indigo e Cristal às pessoas mais velhas.

Entendendo as Nossas Crianças
Ao ler este texto, entenda que as Novas Crianças são diferentes. Sua energia é mais refinada e mais intensa.
Elas são mais sensíveis e sentem mais profundamente. Elas entendem quem são e possuem consciência e percepção multidimensionais.

Devemos honrá-las por quem são e o que são, e parar de tentar forçá-las a conformarem-se a paradigmas obsoletos da vida tridimensional.

Celebrem o Novo Anjo Humano que pode ser seu/sua filho(a)!

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

“Desculpe” – A Fuga da Respondabilidade

O ser humano é grão-mestre do escapismo e da fuga e sempre tenta jogar sobre os outros e sobre fatores externos a responsabilidade de seus atos. Seja o deus que levou sobre si os pecados do mundo, as obsessões, o meio, a criação, a presença ou a ausência dos pais, a culpa, a falta de oportunidades ou a maldade do mundo, justificativas não faltam para as pessoas se lambuzarem como porcos em seus erros e defeitos. O pensamento humano, covarde como a própria raça humana, goza de mecanismos variados que lhe servem de justificativa para seus erros. A máxima de que errar é humano é cantarolada de pé, de mãos dadas e dançada em roda e os humanos a usam o tempo todo para justificarem seu atraso no processo evolutivo, suas debilidades, defeitos, impotências e incapacidades.O erro existe pela imperfeição da humanidade, assim como existe a imperfeição e o erro em todo o universo. Entretanto, as pessoas recebem o erro sempre de forma negativa; sempre se punindo, comprometendo o futuro pela inoperância no presente pelo fracasso do passado, ou se acomodando no erro. As pessoas se abraçam no erro, pois pensam que se o outro erra elas também podem errar. O primeiro erro é sempre natural e vem pela inexperiência, mas a partir do momento em que a pessoa já viveu este erro ela deveria ter a capacidade de aprender com ele para não errar novamente na mesma situação, mas não é o que ocorre; basta ver que a história da humanidade prova que os mesmos problemas vêm sempre se repetindo, já que os mesmos erros sempre se repetem.
A santificação de virtudes aleijadas e maquiavelicamente despretensiosas, que satisfazem os que não têm responsabilidade com a evolução e se contentam em serem eternas bestas espiritualmente quadrúpedes viciadas em drogas intelectuais como a verdade relativa e a força do achismo, serve de amparo à esta estrutura que desmotivaria qualquer raça no universo. A sinceridade virou virtude, como se algo se tornasse verdade apenas por ter sido dita com sinceridade, e a humildade criou a cultura de que o erro deve ser aplaudido e glorificado quando reconhecido, como se o reconhecimento do erro fizesse o tempo voltar e repararasse os danos causados pela tolice humana. A sociedade sem responsabilidade com a grandeza de sua espécie se rendeu às suas falhas e as bebe e saúda com vigor.
Crianças são educadas desde cedo a se desculparem. Desculpar-se virou sinônimo de grandeza e esta grandeza advém do erro. Não há razão para o homem não errar, já que é pacífico que o homem erra e que a humildade de reconhecer o erro é uma grande virtude e digna de louvor. Chega-se até mesmo à criação de um nefasto paradoxo onde para ser louvado pela virtude de reconhecer o erro é preciso errar e sente-se prazer no louvor do reconhecimento do erro. A beleza caiada da virtude da humildade no reconhecimento do erro ofuscou sua real fealdade. As pessoas fazem burradas atrás de burradas com tudo e todos em suas vidas, repetem eternamente os mesmos erros e acham que pedindo desculpas tudo estará perdoado e bem. Em termos de ética social basta ao tolo pedir desculpas; deixar de errar não é preciso, pois errar é humano.
As desculpas se tornaram mantras para as bestas humanas que não param de errar, repetir os mesmos erros, viver os mesmos defeitos infinitamente e que não têm compromisso com o acerto e a superação (a despeito de ser um atentado à dignidade intelectual de quem tem que ouvir isto o tempo todo). As pessoas reconhecem defeitos em si, continuam a ter e viver estes defeitos e vivem pedindo desculpas pelas condutas resultantes destes mesmos defeitos, sendo que na primeira vez que identificassem esses defeitos deveriam tratar de transmutá-los para que não existissem mais e assim não mais gerassem as condutas resultantes destes defeitos. Ficar o tempo todo choramingando que errou por ter determinado defeito tornou-se bonito, não deplorável. É mais fácil (e exige menos) choramingar.
Desculpas não mudam o mundo, ações sim. Desculpar-se não elimina o dano ocasionado, mas ações o reparam. Os quadrúpedes que erram o tempo todo deveriam, ao invés de apenas arrotar seus chatos e repetitivos mantras auto-vitimizadores, reparar o dano que ocasionaram. Se causaram prejuízo material a alguém e possuem cérebro pra produzir, devem trabalhar para ressarcir o dano. Se magoaram uma pessoa, que tratem de lhe fazer o bem, da forma que esta pessoa entende o bem, para compensar o mal que causaram. O pedido de desculpas feito por quem possui capacidade para reparar o dano que ocasionou é absolutamente inútil e para nada serve e quem desta forma o faz deveria ter vergonha de si por ser um grande covarde sem coragem de agir para reparar o mal que fez.
Desculpar-se pelo erro é válido apenas até o ponto em que a desculpa serve como reconhecimento do erro para si para que assim haja a transmutação do defeito e este deixe de existir, pois para mudar é necessária a consciência de que deve mudar e esta só vem pelo reconhecimento de que deve mudar. Aí que a desculpa cumpre sua nobre e eficaz função. As desculpas precisam parar de ser utilizadas como muletas para quadrúpedes sem compromisso com sua própria evolução e que abraçam suas imperfeições sem se preocuparem com o bem comum. É preciso consciência de cada um para que, motivado por um instinto próprio de superação, ao ver-se repetitivamente movido a desculpar-se pelos mesmos motivos haja um natural desconforto pela estagnação. Mais bonito do que desculpar-se é não errar.

Retirado do blog Rudy Rafael 

Muletas Psicológicas – As Armadilhas do Ego

 Somos criaturas bio-químicas e queiramos ou não estamos confinados, pelo menos enquanto seres viventes deste mundo, a interagirmos com toda essa descarga química que rege nossas vidas diariamente. Somos uma grande farmácia de manipulação, uma indústria química que consegue produzir um elemento para cada coisa.
Tem química para a alegria, tristeza, paixão, stress, medo, coragem, raiva, excitação, bem-estar… Toda e qualquer emoção que tivermos, por mais que tenham tido seu estopim na mente e nas ações e interações do cotidiano, vai culminar no gerenciamento de alguma química pelo cérebro, que irá induzir e sentir tal processo, em sua totalidade, como uma emoção.
E como toda química, obviamente, algumas viciam. À princípio, não há problema nisso. O problema é quando as ações e estímulos necessários para que se inicie todo esse processo, acontecem de forma equivocada, atingindo negativamente os outros e a nível inconsciente, a si mesmo.
E é aí que entra o papel do ego…
Nunca vi termo tão mal compreendido quanto este. O ego tornou-se a majestade e o bobo da corte – simultaneamente. Muitos de nós, vivemos exclusivamente em função dele, mas não temos a menor noção de que a forma que tratamos nosso ego, tem sido manipulada por forças poderosas e covardes, que se aproveitam da falta de auto-conhecimento para deturpar diariamente como lidamos com nós mesmos, sem nos darmos conta do processo.


Uma boa definição de “ego”:
O ego é uma instância da personalidade definida pela psicologia como o nosso eu mais perceptível. Esse conceito foi revisto e ampliado pelo médico austríaco Sigmund Freud (1856-1939), autor da teoria psicanalítica. Para ele, o ego é uma instância psíquica relacionada ao princípio de realidade. O psiquismo humano seria composto ainda por duas outras instâncias: o id, que se orientaria pelo princípio do prazer, e o superego, que exerceria a função de juiz ou censor do ego. O ego, que é a parte mais perceptível de cada um de nós, age condicionado por nossos desejos, conscientes ou inconscientes, e ao mesmo tempo é moldado por nossa autocensura e pelos nossos juízos de valor, representados pelo superego. As pessoas com ego mais frágil são, geralmente, mais impulsivas, uma vez que cedem aos impulsos do id. Quem tem o ego mais rígido, por sua vez, está mais submetido às leis do superego e costuma ser lógico e controlador.
   Um bom exemplo das armadilhas do ego, é a questão do “status” ou posição social. Desde cedo, somos massificados com a seguinte informação: “você é o que tem”. Alguém com um anél de ouro, um carro mais moderno, uma roupa de marca, consegue se sentir bem exibindo-se em público e atraindo atenções para tal. Se sente uma pessoa superior apenas por possuir bens materiais que, “dizem” ser melhores do que muitos outros em uso pela grande maioria. Nomes e marcas fazem este trabalho, que evidentemente é ilusório para os que sabem como isso tudo é criado, mas altamente corruptível e atraente para a grande maioria. É a manutenção do ego utilizando a ilusão do status, criada pelo capitalismo através da mídia.
    E daí, entra em ação mais uma vez o turbilhão químico do bem-estar, a partir de um estímulo nocivo. E isso acontece em diversas outras situações do cotidiano, que visam atrair a atenção para si:
   - Agressão a outras pessoas em posições inferiores ou não passíveis de revide, como vendedores de lojas, atendentes de serviços via telefone e outros trabalhadores que lidam com o público. A agressão pode partir de um cliente/consumidor ou mesmo do chefe, que agride psicologicamente, ameaçando sempre mandar o trabalhador embora, incutindo medo, insegurança e humilhando o indivíduo;
   - A agressão pode se dar em outros níveis da sociedade, como com idosos, crianças, mulheres, etc. O mundo acaba virando um palco para desfilarmos nossa “atitude”, aliviar nossas frustrações, mas isso serve apenas para que nós mesmos nos afastemos da noção de inferiores, patéticos. Agressão verbal ou até física para inflar o ego e nos sentirmos poderosos, mesmo que às custas da humilhação alheia;
   - Super-estimar posses materiais, ou o popular “contar vantagem”. “- Meu carro é melhor, meu relógio é melhor, minha roupa é de marca, meu sapato foi caríssimo” e por aí vai… “O meu é sempre melhor do que o seu”, mesmo que na prática não me transforme em uma pessoa melhor. Muito pelo contrário, acabamos escravos do que possuímos e cada vez mais dependentes de bens materiais para nos afirmarmos como indivíduos na sociedade;
   - Da mesma maneira que supervalorizar bens materiais infla o ego, diminuir o que outros possuem também dá conta do recado. Falar mal da vida alheia, caluniar as pessoas e fazer pouco caso do que possuem, como conseguiram seus bens, como são fisicamente ou como vivem, serve para intensificar ainda mais o bem-estar ilusório, ou para mascarar frustrações. De qualquer forma, serve de alimento para o ego. Um alimento deveras venenoso e viciante, que vai exigir cada vez mais comportamentos bizarros. Como uma droga, sempre se quer mais sem se importar com limites;
   - Outra ação muito comum na sociedade é a filiação a grupos para participar de manifestações de cunho popular que também geram alimento ao ego, mas que descamba para a alienação e por vezes agressão. O caso mais comum talvez seja o de torcidas organizadas de futebol, mas a religião também pode ser um motivador poderoso. O foco da pessoa que se filia a um todo desse tipo se perde, assim como sua individualidade. Ele não vai mais ao estádio para torcer, mas sim para agredir a torcida adversária, “marcar território” e se sentir forte como parte de um coletivo que lhe providencia escudo e proteção para agir de maneira que não agiria estando sozinho. No final, ele não sabe se torce pro time, pro jogador, pro clube ou pro dirigente, pois a idéia é competir e sobrassair como parte de um grupo, seja ele qualquer.
    E é assim… Um círculo vicioso de comportamentos que visam o bem-estar pessoal acima de tudo, baseando-se no egoísmo como principal propulsor, muitas vezes sem a menor auto-crítica e piedade com o próximo. O “Eu” acima de tudo e de todos, que acaba perpetuando e corrompendo toda a sociedade pela lei da imitação, pela facilidade com que se pode fazer tais coisas e acima de tudo pela legitimidade com que tratamos esses comportamentos. Afinal, “- o mundo é assim”, dizem.. como também “- não vou conseguir mudar o mundo sozinho”. Esses pensamentos são justamente o combustível principal de muitos dos erros e problemas da atualidade, como a desigualdade social e o preconceito, mas que pode começar a ser mudado a qualquer momento. Basta que consigamos ter o desejo honesto de se melhorar, evoluir a consciência, pois com isso, invariavelmente melhoramos o mundo. Talvez ainda haja um pouco de tempo para nós, mas com certeza haverá bastante para as futuras gerações. Mesmo que não estejamos mais aqui, pense que muitas pessoas boas, sensatas e inteligentes, tiveram grandes feitos no passado e que hoje, mesmo elas já não estando mais por aqui, nós é que nos beneficiamos com isso.

EGO, O FALSO CENTRO
O primeiro ponto a ser compreendido é o ego.
Uma criança nasce sem qualquer conhecimento, sem qualquer consciência de seu próprio eu. E quando uma criança nasce, a primeira coisa da qual ela se torna consciente não é ela mesma; a primeira coisa da qual ela se torna consciente é o outro. Isso é natural, porque os olhos se abrem para fora, as mãos tocam os outros, os ouvidos escutam os outros, a língua saboreia a comida e o nariz cheira o exterior. Todos esses sentidos abrem-se para fora. O nascimento é isso.
   Nascimento significa vir a este mundo, o mundo exterior. Assim, quando uma criança nasce, ela nasce neste mundo. Ela abre seus olhos, vê aos outros. O ‘outro’ significa o tu. Ela primeiro se torna consciente da mãe. Então, pouco a pouco, ela se torna consciente de seu próprio corpo. Este também é o outro, também pertence ao mundo. Ela está com fome e passa a sentir o corpo; quando sua necessidade é satisfeita, ela esquece o corpo.
   É desta maneira que a criança cresce.
Primeiro ela se torna consciente do você, do tu, do outro, e então, pouco a pouco, contrastando com você, tu, ela se torna consciente de si mesma. Essa consciência é uma consciência refletida. Ela não está consciente de quem ela é. Ela está simplesmente consciente da mãe e do que esta pensa a seu respeito. Se a mãe sorri, se ela aprecia a criança, se diz: ‘Você é bonita’, se ela a abraça e a beija, a criança sente-se bem a respeito de si mesma. Agora um ego está nascendo. Através da apreciação, do amor, do cuidado, ela sente que é boa, ela sente que tem valor, ela sente que tem importância. Um centro está nascendo. Mas esse centro é um centro refletido. Ela não é o ser verdadeiro. A criança não sabe quem ela é; ela simplesmente sabe o que os outros pensam a seu respeito.
   E esse é o ego: o reflexo, aquilo que os outros pensam. Se ninguém pensa que ela tem alguma utilidade, se ninguém a aprecia, se ninguém lhe sorri, então, também, um ego nasce – um ego doente, triste, rejeitado, como uma ferida; sentindo-se inferior, sem valor. Isso também é o ego. Isso também é um reflexo.
   Primeiro a mãe – e mãe, no início, significa o mundo. Depois os outros se juntarão à mãe, e o mundo irá crescendo. E quanto mais o mundo cresce, mais complexo o ego se torna, porque muitas opiniões dos outros são refletidas. O ego é um fenômeno acumulativo, um subproduto do
viver com os outros. Se uma criança vive totalmente sozinha, ela nunca chegará a desenvolver um ego. Mas isso não vai ajudar. Ela permanecerá como um animal. Isso não significa que ela virá a conhecer o seu verdadeiro eu, não. O verdadeiro pode ser conhecido somente através do falso, portanto, o ego é uma necessidade. Temos que passar por ele. Ela é uma disciplina. O verdadeiro pode ser conhecido somente através da ilusão. Você não pode conhecer a verdade diretamente. Primeiro você tem que conhecer aquilo que não é verdadeiro. Primeiro você tem que encontrar o falso. Através desse encontro, você se torna capaz de conhecer a verdade. Se você conhece o falso como falso, a verdade nascerá em você.
   O ego é uma necessidade; é uma necessidade social, é um subproduto social. A sociedade significa tudo o que está ao seu redor, não você, mas tudo aquilo que o rodeia. Tudo, menos você, é a sociedade. E todos refletem. Você irá para a escola e o professor refletirá quem você é. Você fará amizade com outras crianças e elas refletirão quem você é. Pouco a pouco, todos estão adicionando algo ao seu ego, e todos estão tentando modificá-lo, de tal forma que você não se torne um problema para a sociedade.
   Eles não estão interessados em você. Eles estão interessados na sociedade.
   A sociedade está interessada nela mesma, e é assim que deveria ser. Ela não está interessada no fato de que você deveria se tornar um conhecedor de si mesmo. Interessa-lhe que você se torne uma peça eficiente no mecanismo da sociedade. Você deveria ajustar-se ao padrão. Assim, estão tentando dar-lhe um ego que se ajuste à sociedade. Ensinam-lhe a moralidade. Moralidade significa dar-lhe um ego que se ajustará à sociedade. Se você for imoral, você será sempre um desajustado em um lugar ou outro.
É por isso que colocamos os criminosos nas prisões – não que eles tenham feito alguma coisa errada, não que ao colocá-los nas prisões iremos melhorá-los, não. Eles simplesmente não se ajustam. Eles criam problemas. Eles têm certos tipos de egos que a sociedade não aprova. Se a sociedade aprova, tudo está bem.
   Um homem mata alguém – ele é um assassino. E o mesmo homem, durante a guerra, mata milhares – e torna-se um grande herói. A sociedade não está preocupada com o homicídio, mas o homicídio deveria ser praticado para a sociedade – então tudo está bem. A sociedade não se preocupa com moralidade.
   Moralidade significa simplesmente que você deve se ajustar à sociedade.
Se a sociedade estiver em guerra, a moralidade muda. Se a sociedade estiver em paz, existe uma moralidade diferente. A moralidade é uma política social. É diplomacia. E toda criança deve ser educada de tal forma que ela se ajuste à sociedade; e isso é tudo, porque a sociedade está interessada em membros eficientes. A sociedade não está
interessada no fato de que você deveria chegar ao autoconhecimento. A sociedade cria um ego porque o ego pode ser controlado e manipulado. O eu nunca pode ser controlado e manipulado. Nunca se ouviu dizer que a sociedade estivesse controlando o eu – não é possível. E a criança necessita de um centro; a criança está absolutamente inconsciente de seu próprio centro. A sociedade lhe dá um centro e a criança pouco a pouco fica convencida de que este é o seu centro, o ego dado pela sociedade.


   Uma criança volta para casa – se ela foi o primeiro aluno de sua classe, a família inteira fica feliz. Você a abraça e a beija, e você coloca a criança no colo e começa a dançar e diz: ‘Que linda criança! Você é um motivo de orgulho para nós.’ Você está dando um ego a ela. Um ego sutil. E se a criança chega em casa abatida, fracassada, um fiasco – ela não pode passar, ou ela tirou o último lugar – então ninguém a aprecia e a criança sente-se rejeitada. Ela tentará com mais afinco na próxima vez, porque o centro se sente abalado. O ego está sempre abalado, sempre à procura de alimento, de alguém que o aprecie. É por isso que você está continuamente pedindo atenção.
Ouvi contar:
Mulla Nasrudin e sua esposa estavam saindo de uma festa, e Mulla disse:
‘Querida, alguma vez alguém já lhe disse que você é fascinante, linda, maravilhosa?’
Sua esposa sentiu-se muito, muito bem, ficou muito feliz. Ela disse: ‘Eu me pergunto por que ninguém jamais me disse isso.’
Nasrudin disse: ‘Mas então de onde você tirou essa idéia?’
Você obtém dos outros a idéia de quem você é. Não é uma experiência direta. É dos outros que você obtém a idéia de quem você é. Eles modelam o seu centro.
Esse centro é falso, porque você contém o seu centro verdadeiro. Este não é da conta de ninguém. Ninguém o modela, você vem com ele. Você nasce com ele. Assim, você tem dois centros. Um centro com o qual você vem, que lhe é dado pela própria existência. Este é o eu. E o outro centro, que lhe é dado pela sociedade – o ego. Ele é algo falso – e é um grande truque. Através do ego a sociedade está controlando você. Você tem que se comportar de uma certa maneira, porque somente então a sociedade o aprecia. Você tem que caminhar de uma certa maneira: você tem que rir de uma certa maneira; você tem que seguir determinadas condutas, uma moralidade, um código. Somente então a sociedade o apreciará, e se ela não o fizer, o seu ego ficará abalado. E quando o ego fica abalado, você já não sabe onde está, quem você é. Os outros lhe deram a idéia.
Essa idéia é o ego. Tente entendê-lo o mais profundamente possível, porque ele tem que ser jogado fora. E a menos que você o jogue fora, nunca será capaz de alcançar o eu. Por estar viciado no centro, você não pode se mover, e você não pode olhar para o eu. E lembre-se, vai haver um período intermediário, um intervalo, quando o ego estará despedaçado, quando você não saberá quem você é, quando você não saberá para onde está indo,quando todos os limites se dissolverão. Você estará simplesmente confuso, um caos.

   Devido a esse caos, você tem medo de perder o ego. Mas tem que ser assim. Temos que passar através do caos antes de atingir o centro verdadeiro. E se você for ousado, o período será curto. Se você for medroso e novamente cair no ego, e novamente começar a ajeitá-lo, então, o período pode ser muito, muito longo; muitas vidas podem ser desperdiçadas.
Ouvi dizer:
Uma criancinha estava visitando seus avós. Ela tinha apenas quatro anos de idade. De noite, quando a avó a estava fazendo dormir, ela de repente começou a chorar e a gritar:
‘Eu quero ir para casa. Estou com medo do escuro.’
Mas a avó disse:
‘Eu sei muito bem que em sua casa você também dorme no escuro; eu nunca vi a luz acesa: Então por que você está com medo aqui?’
O menino disse:
‘Sim, é verdade – mas aquela é a minha escuridão. Esta escuridão é completamente desconhecida.’
   Até mesmo com a escuridão você sente: ‘Esta é minha.’
   Do lado de fora – uma escuridão desconhecida. Com o ego você sente: ‘Esta é a minha escuridão.’ Pode ser problemática, pode criar muitos tormentos, mas ainda assim, é minha. Alguma coisa em que se segurar, alguma coisa em que se agarrar, alguma coisa sob os pés; você não está em um vácuo, não está em um vazio. Você pode ser infeliz, mas pelo menos você é.
   Até mesmo o ser infeliz lhe dá uma sensação de ‘eu sou’. Afastando-se disso, o medo toma conta; você começa a sentir medo da escuridão desconhecida e do caos – porque a sociedade conseguiu clarear uma pequena parte do seu ser… É o mesmo que penetrar em uma floresta. Você faz uma pequena clareira, você limpa um pedaço de terra, você faz um cercado, você faz uma pequena cabana; você faz um pequeno jardim, um gramado, e você sente-se bem. Além de sua cerca – a floresta, a selva. Aqui tudo está bem; você planejou tudo. Foi assim que aconteceu. A sociedade abriu uma pequena clareira em sua consciência. Ela limpou apenas uma pequena parte completamente e cercou-a. Tudo está bem ali. Todas as suas universidades estão fazendo isso. Toda a cultura e todo o condicionamento visam apenas limpar uma parte, para que você possa se sentir em casa ali.
   E então você passa a sentir medo. Além da cerca existe perigo. Além da cerca você é, tal como dentro da cerca você é – e sua mente consciente é apenas uma parte, um décimo de todo o seu ser. Nove décimos estão aguardando no escuro. E dentro desses nove décimos, em algum lugar, o
seu centro verdadeiro está oculto.
Precisamos ser ousados, corajosos. Precisamos dar um passo para o desconhecido.
Por um certo tempo, todos os limites ficarão perdidos.
Por um certo tempo, você vai sentir-se atordoado.
Por um certo tempo, você vai sentir-se muito amedrontado e abalado, como se tivesse havido um terremoto.
Mas se você for corajoso e não voltar para trás, se você não voltar a cair no ego, mas for sempre em frente, existe um centro oculto dentro de você, um centro que você tem carregado por muitas vidas.
Esta é a sua alma, o eu.
Uma vez que você se aproxime dele, tudo muda, tudo volta a se assentar novamente. Mas agora esse assentamento não é feito pela sociedade. Agora, tudo se torna um cosmos e não um caos; nasce uma nova ordem. Mas esta não é a ordem da sociedade – é a própria ordem da existência. É o que Buda chama de Dharma, Lao Tsé chama de Tao, Heráclito chama de Logos. Não é feita pelo homem. É a própria ordem da existência.
Então, de repente tudo volta a ficar belo, e pela primeira vez, realmente belo, porque as coisas feitas pelo homem não podem ser belas. No máximo você pode esconder a feiúra delas, isso é tudo. Você pode enfeitá-las, mas elas nunca podem ser belas. A diferença é a mesma que existe entre uma flor verdadeira e uma flor de plástico ou de papel. O ego é uma flor de plástico, morta. Não é uma flor, apenas parece com uma flor. Até mesmo lingüisticamente, chamá-la de flor está errado, porque uma flor é algo que floresce. E essa coisa de plástico é apenas uma coisa e não um florescer. Ela está morta. Não há vida nela. Você tem um centro que floresce dentro de você. Por isso os hindus o chamam de lótus – é um florescer. Chamam-no de o lótus das mil pétalas. Mil significa infinitas pétalas. O centro floresce continuamente, nunca para, nunca morre. Mas você está satisfeito com um ego de plástico. Existem algumas razões para que você esteja satisfeito. Com uma coisa morta, existem muitas vantagens. Uma é que a coisa morta nunca morre. Não pode – nunca esteve viva. Assim você pode ter flores de plástico, e de certa forma elas são boas. Elas são permanentes; não são eternas, mas são permanentes. A flor verdadeira, a flor que está lá fora no jardim, é eterna, mas não é permanente. E o eterno tem uma maneira própria de ser eterno. A maneira do eterno é nascer muitas e muitas vezes… e morrer. Através da morte, o eterno se renova, rejuvenesce.
Para nós, parece que a flor morreu – ela nunca morre. Ela simplesmente troca de corpo, assim está sempre fresca. Ela deixa o velho corpo e entra em um novo corpo. Ela floresce em algum outro lugar, nunca deixa de estar florescendo.
   Mas não podemos ver a continuidade porque a continuidade é invisível. Vemos somente uma flor, outra flor; nunca vemos a continuidade. Trata-se da mesma flor que floresceu ontem. Trata-se do mesmo sol, mas em um traje diferente.
   O ego tem uma certa qualidade – ele está morto. É de plástico. E é muito fácil obtê-lo, porque os outros o dão a você. Você não o precisa procurar; a busca não é necessária para ele. Por isso, a menos que você se torne um buscador à procura do desconhecido, você ainda não terá se tornado um indivíduo. Você é simplesmente uma parte da multidão. Você é apenas uma turba. Quando você não tem um centro autêntico, como você pode ser um indivíduo? O ego não é individual. O ego é um fenômeno social – ele é a sociedade, não é você. Mas ele lhe dá um papel na sociedade, uma posição na sociedade. E se você ficar satisfeito com ele, você perderá toda a oportunidade de encontrar o eu.
E por isso você é tão infeliz.
   Com uma vida de plástico, como você pode ser feliz? Com uma vida falsa, como você pode ser extático e bem-aventurado? E esse ego cria muitos tormentos, milhões deles. Você não pode ver, porque se trata da sua escuridão. Você está em harmonia com ela. Você nunca reparou que todos os tipos de tormentos acontecem através do ego? Ele não o pode tornar abençoado; ele pode somente torná-lo infeliz.
O ego é o inferno.
   Sempre que você estiver sofrendo, tente simplesmente observar e analisar, e você descobrirá que, em algum lugar, o ego é a causa do sofrimento. E o ego continua encontrando motivos para sofrer.
  Uma vez eu estava hospedado na casa de Mulla Nasrudin. A esposa estava dizendo coisas muito desagradáveis a respeito de Mulla Nasrudin, com muita raiva, aspereza, agressividade, muito violenta, a ponto de explodir. E Mulla Nasrudin estava apenas sentado em silêncio, ouvindo. Então, de repente, ela se voltou para ele e disse: ‘Então, mais uma vez você está discutindo comigo!’ Mulla disse: ‘Mas eu não disse uma única palavra!’
   A esposa replicou: ‘Sei disso – mas você está ouvindo muito agressivamente.’ Você é um egoísta, como todos são. Alguns são muito grosseiros, evidentes, e estes não são tão difíceis. Outros são muito sutis, profundos, e estes são os verdadeiros problemas.
   O ego entra em conflito com outros continuamente porque cada ego está extremamente inseguro de si mesmo. Tem que estar – ele é uma coisa falsa. Quando você nada tem nas mãos, mas acredita ter algo, então haverá um problema. Se alguém disser: ‘Não há nada’, imediatamente começa a briga porque você também sente que não há nada. O outro
o torna consciente desse fato. O ego é falso, ele não é nada.
E você também sabe isso.
   Como você pode deixar de saber isso? É impossível! Um ser consciente – como pode ele deixar de saber que o ego é simplesmente falso? E então os outros dizem que não existe nada – e sempre que os outros dizem que não existe nada, eles batem numa ferida, eles dizem uma verdade – e nada fere tanto quanto a verdade. Você tem que se defender, porque se você não se defende, se não se torna defensivo, onde estará você?
Você estará perdido. A identidade estará rompida.
Assim, você tem que se defender e lutar – este é o conflito. Um homem que alcança o eu nunca se encontra em conflito algum. Outros podem vir e entrar em choque com ele, mas ele nunca está em conflito com ninguém.
Aconteceu de um mestre Zen estar passando por uma rua. Um homem veio correndo e o golpeou duramente. O mestre caiu. Logo se levantou e voltou a caminhar na mesma direção na qual estava indo antes, sem nem ao menos olhar para trás. Um discípulo estava com o mestre. Ele ficou simplesmente chocado. Ele disse:
‘Quem é esse homem? O que significa isso? Se a gente vive desta maneira, qualquer um pode vir e nos matar. E você nem ao menos olhou para aquela pessoa, quem é ela, e por que ela fez isso?’
O mestre disse: ‘Isso é problema dela, não meu.’
Você pode entrar em choque com um iluminado, mas esse é seu problema, não dele. E se você fica ferido nesse choque, isso também é problema seu. Ele não o pode ferir. É como bater contra uma parede – você ficará machucado, mas a parede não o machucou.
O ego sempre está procurando por algum problema. Por quê?
Porque se ninguém lhe dá atenção o ego sente fome. Ele vive de atenção.
Assim, mesmo se alguém estiver brigando e com raiva de você, mesmo isso é bom, pois pelo menos você está recebendo atenção. Se alguém o ama, isso está bem. Se alguém não o está amando, então até mesmo a raiva servirá. Pelo menos a atenção chega até você. Mas se ninguém estiver lhe dando qualquer atenção, se ninguém pensa que você é alguém importante, digno de nota, então como você vai alimentar o seu ego?

OSHO, Bagwam Rajneesh 

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A Realidade é uma Matrix - Mecânica Quântica

" Não existe o que chamamos de 'matéria', toda matéria surge e existe apenas em virtude de uma força que leva as partículas de um átomo a vibrar e manter equilibrado esse diminuto sistema solar que é o átomo. Temos de aceitar a existência de uma mente consciente e inteligente por trás dessa força. Essa Mente é a matrix de toda a 'matéria' ”. - Max Planck (1858 - 1947)
" Se você tiver uma consciência do tamanho de uma bola de golfe, quando você ler um livro, terá o entendimento do tamanho de uma bola de golfe, quando você prestar atenção em algo, terá compreensão do tamanho de uma bola de golfe e quando acordar de manha, você terá um despertar do tamanho de uma bola de golfe. Mas se você pudesse expandir sua consciência(E você pode), então você leria um livro com mais entendimento, prestaria atenção com mais compreensão e acordaria mais desperto e consciente. Existe um oceano de pura consciência dentro de cada um de nós, e fica bem na fonte e base da mente, é a fonte do pensamento, e também é a fonte de toda 'matéria' " David Lynch


Estamos atualmente aprendendo pouco a pouco que a realidade física é um tipo de 'ilusão' coletiva. A Física Quântica veio para nos explicar de forma cientifica e lógica como isso funciona. Basta saber que todo universo é composto por átomos, e os átomos não são sólidos. Os elétrons orbitam em volta do núcleo, mas eles nunca se encostam, assim como você nunca encostou em nada na sua vida, pois os elétrons que orbitam o átomo se repelem, logo o que você sente é nada mais que impulsos elétricos que trafegam em nosso sistema nervoso em direção ao cérebro, que decodifica esses impulsos. Todo esse mundo físico de 3 dimensões(Alturalarguraprofundidade, são 4 se você contar o tempo, não confundir Dimensão comDensidade) é percebido por nossos 5 sentidos, visão, audição, olfato, tato e paladar. A física quântica mostrou que o Tempo e o Espaço são ilusões da percepção desses nossos 5 sentidos. Sendo assim, podemos afirmar que TUDO que ocupa espaço é parte de um código. Nossos corpos são um conglomerado de um conjunto de códigos. Esse conglomerado ou esse conjunto de códigos está contido numa "chave biológica" chamado DNA, o nosso Código Genético.

Como já mencionei em outro post, e falarei mais sobre isso no futuro, dos 64 códons de nosso DNA, apenas 20 estão "desbloqueados", mas isso não quer dizer que não podemos desbloqueá-los. Dependendo de nossos pensamentos, as vibrações geradas podem ativar esses Códons e assim podemos ativar habilidades das quais nos suprimiram. (Pesquise NEXUS)

 
Cena do filme 'Matrix'
 
Voltando ao assunto, a "matéria" parece um bom lugar pra começar a estudar o mundo, pois a solidez do mundo parece inquestionável, assim como seu corpo e seu computador parecem ser coisas fixas que você pode ver e tocar, mas o que vem sendo discutido desde os tempos de Einstein com o nascimento da física moderna, os físicos vem nos mostrando que essa solidez é uma miragem.

 O físico nuclear Ernst Rutheford realizou uma experiência em Manchester que revelou a forma interior do Átomo. Os cientistas ficaram surpresos quando descobriram que o átomo é praticamente um espaço vazio. E daí surgiu uma pergunta intrigante para a "razão" da ciência ortodoxa: "Como é possível um átomo vazio formar o mundo sólido que nos rodeia ?"  .
[Veja aqui o Modelo Atômico de Rutheford]
[Veja também o Modelo Atômico de Bohr ]

Toda 'matéria física', ou seja tudo a nossa volta é resultado de uma vibração, uma frequência, isso significa que se você alterar a frequência, a estrutura de matéria também vai mudar. Nós vivemos em um Universo holografico, e em um holograma cada pequena parte é um reflexo doTODO, por exemplo, o átomo e o Sistema Solar, e podemos ainda ir mais além, pois uma galáxia se comporta da mesma maneira. Quanto mais perto do núcleo de uma galáxia, mais Radiação/Luz existe.
Sabemos que no centro de uma galáxia existe um enorme Buraco Negro. Isso nos faz concordar com a teoria de Nassin Haramein, onde no núcleo de cada átomo há uma "mini Buraco Negro". Se lembrarmos que no núcleo do átomo há o Próton e o Nêutron "lutando" para se equilibrarem, percebemos que a Singularidade é o equilíbrio entre as polaridades, ou seja, matéria e antimatéria, vibração e a não vibração ou caos e harmonia.

Toda matéria no universo é "expelida" e "controlada" pelas Singularidadesou Buracos Negros. Desde o nível atômico até o de uma galáxia (ou além), tudo que está "fora" ou em volta de um Buraco Negro, é VIBRAÇÃO. O único lugar que a vibração encontra a não vibração é dentro de uma Singularidadeou Buraco Negro. O espaço que pensamos ser o "vazio" é na verdade um elemento básico para a estrutura perceptível da existência. Ele é maleável e pode ser moldado pela INTENÇÃO. Isso significa que a realidade é então formada pela nossa Consciência. A consciência é a única que cria e modela a realidade individual e coletivamente. Pensamento é vibração, assim como as nossas emoções, é a consciência se manifestando num "caos" criado para gerar experiências. O universo então é um reflexo de nossa consciência coletiva que cria sem cessar, respeitando a fractalidade dos estados vibratórios. Você acha difícil "enxergar" dessa forma? Então pare já de usar apenas o hemisfério esquerdo do cérebro e pensar apenas tangivelmente. Use os dois hemisférios e equilibre suas "crenças". A  sozinha é uma forma de crença imutável e rígida, onde nenhuma nova informação entra. Você se encarcera e inconscientemente não se permite aprender.
Muito se fala da entrada de nosso Sistema Solar no "Cinturão de Fótons" detectado pelos astrônomos desde as décadas de 60 e 70. A extensão desse tal Cinturão é 25 mil vezes maior que a nossa própria galáxia. A medida que nos aproximamos desse Cinturão, a Ressonância de Schumann aumenta de acordo com a Matemática de Fibonacci (1, 1, 2, 3, 5, 813). Se é assim, então em 2012 essa frequência estará nos 13hz. ACimatica demonstrou que quanto maior a freqüência, mais complexo se torna a matéria. Ou seja, a fisicalidade ou o meio é definido por um padrão que acompanha uma freqüência/energia. Nós estamos passando exatamente por essa experiência. O movimento dos corpos celestes nos dá a chave para entender as mudanças vibratórias que mudam os padrões de existência dentro desse gigantesco holograma vibratório chamado Universo.

Mas devemos estar sempre preparados para enfrentar essas mudanças, e isso me assusta pois mundo está sempre com medo e sempre em disputa uns contra os outros. Enquanto estivermos nesse estado mental, vibraremos na freqüência do Medo, uma freqüência baixa e densa, e esse é o propósito de todo o sistema. A estrutura da sociedade atual é feita pra criar um estado de medo constante, para termos estresse, para nos deixar preocupados quanto ao amanha, nos fazer sentir culpados pelo ontem, e esquecer oAGORA. A psicologia moderna hoje ja sabe(para aqueles que não vivem em caixas) que as únicas emoções que nós sentimos é AMOR ou MEDO, todo resto é derivado desses dois, como a nossa raiva que nada mais é do que um ato de medo, uma sensação de impotência perante uma situação que não se tem 'controle', ou pelo menos a ilusão de controle(que MUITOS vivem hoje). É bom deixar claro que nossas emoções afetam diretamente a estrutura de nosso DNA, que por sua vez afeta diretamente a fisicalidade no mundo ou meio em que estamos assim como a nossa percepção da 'realidade'. Temos que compreender que se você modificar o campo(nossas emoções alteram seu campo eletromagnético, o que os médiuns chamam de 'aura') em que o átomo está, você modifica o átomo, e nós somos feitos desses átomos, portanto quando nós temos pensamentos, e por consequencia sentimentos(ou vice-versa), nós estamos modificando o campo que conecta os átomos que nos compõe, portanto estamos literalmente nos modificando e modificando o ambiente em que vivemos de acordo com nós mesmos.
Fica nítido então, perceber que alguém está manipulando nossa percepção dessa fisicalidade para nos aprisionar num perpetuo estado vibratório. Não querem que entendamos além desse estado, pois assim, recuperamos nossa liberdade. Todos nós devemos tomar muito cuidado com o que pensamos, acreditamos e sentimos, porque a realidade é um holograma controlado pela vibração de sua consciência você está literalmente ajudando a criar o futuro com a sua corrente de pensamentos. Desde o nível sub-átomico a realidade se comporta de acordo com a expectativa do observador(que somos nós), porque o observador é a consciência em sua forma mais pura, e como foi falado antes, é a consciência que molda o universo TODO.
Informação é a chave dessa 'matrix', essa realidade 'ilusoria', a informação criaFractais(PesquiseCimatica), se a informação(vibração, frequência) aumenta, o numero de fractais aumentara. Se você pesquisar sobre Fractais eTeoria do Caos, e olhar em termos de sociedade compreenderá a filosofia dos 'Ocultistas' chamada 'ordo ab chao' (ordem vinda do caos), no sentido de que quando o sistemacomeça a ficar altamente desestabilizado, acontecem re-pradronizações 'aleatórias'(para a fisica atual, mas eu não acredito que nada seja aleatório) que se re-organizarão em maior complexidade. Por isso é necessario para nós TODOS compreender melhor a nossa natureza, a natureza da nossa existencia, do nosso corpo e da nossa essência (que é pura consciência em ultima instância), no momento que você compreender sua natureza, compreenderá muito melhor o porque do mundo ser estruturado da maneira que é. As pessoas não enxergam o que está em baixo de seus narizes porque elas olham pro mundo e aceitam o que elas vêem como realidade, mas elas estão erradas, essa Densidade em que nós vivemos é apenas uma pequena fração de uma frequência de Infinitos campos de frequências, é basicamente como uma TV ou um rádio, quando você muda de canal, o canal que você estava para de ser visto, mas isso não significa que ele deixou de existir, somente você deixou de perceber determinado canal, e o mesmo se aplica para o nosso corpo.
Finalizando... Consciência é a linguagem programadora do universo, e nós somos condutores dessa consciência, é isso que nós somos e isso que nós fazemos, ela emana de dentro de nós, é o ato da consciência que cria tudo que nós percebemos, não conseguiriamos nem sequer imaginar um universo sem nós, porque o ato de observar é o mesmo que criar algo para nós vermos. A compreensão intelectual sobre o assunto não é tão importante quanto a experiencia do mesmo, porque é isso que cria TUDO. Não existe o que nós chamamos de morte, o que existe é a consciência transcendendo as frequências no que chamam de salto quântico na física atual, você perderia seu 'Avatar' mas continuaria existindo como consciência, isso é a negatividade retrocedendo e você entrando em um campo consciência mas você continuaria projetando seu histórico de informações da maneira que você conhecia o universo antes do 'salto'.

"A morte é quando a consciência pára de causar o colapso das possibilidades quânticas em eventos reais da experiência" - Amit Goswami.

Obs: O conceito da física quântica sempre trabalhou com duas premissas:Partícula e Onda. Atualmente sabe-se que na realidade nunca houve partícula, pois o que se postulava que era partícula, é na verdade umarotação/giro da Onda que gera uma inércia, e essa rotação "junta" a Onda que então se apresenta como "Matéria". Resumindo, tudo é ONDA e a realidade é uma ilusão!


Para melhor compreensão do assunto sugiro o documentário "Quem somos nós?", que reúne varios cientistas e físicos, que explicam de uma maneira simplificada o que o texto acima trata.


Parte 1
 
Parte 2
 
Parte 3
 
Parte 4
 
Parte 5
 
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Parte 9
 
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Parte 11
 
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