domingo, 29 de julho de 2012


 O golpe do MERCOSUL e do Foro de São Paulo
 Graça Salgueiro
Como era previsível,
 o ex-bispo
 Fernando Lugo, 
conhecido como
 “pai da pátria” por seus
 incontáveis
 filhos ilegítimos ainda 
quando era
 bispo, foi defenestrado 
do cargo de
 Presidente da República do
 Paraguai, 
após um legítimo e constitucional 
julgamento político.
Fernando Lugo foi o candidato do 
Foro de São Paulo (FSP) e, como tal,
tinha uma plataforma política estabelecida
 pelos ditames dos encontros anuais.
Texto completo
 Em seu mandato, a primeira providência foi romper o acordo sobre Itaipú
 obrigando o Brasil a pagar pela energia consumida, ferindo de morte o contrato
 feito na época de sua criação. Como todo comunista apátrida, o então presidente
 Lula advogou pelo seu camarada do FSP em detrimento dos direitos legais e 
prejuízos brasileiros.
Adepto da malfadada “teologia da libertação”, Lugo levou esses quatro 

anos de mandato governando apenas para seus camaradas de ideologia, 
os “Carperos” (Acampados - similares ao MST brasileiro) e os terroristas do
 Exército do Povo Paraguaio (EPP). O EPP surgiu na década dos 70-80 e
 se havia extinguido, porém não totalmente. Seus cabeças vivem hoje como anistiados
 políticos no Brasil, e daqui do território nacional brasileiro coordenaram, junto 
com as FARC, o seqüestro e assassinato de Cecilia Cubas, filha do ex-presidente
 Raúl Cubas. Com Lugo na presidência esses bandos terroristas se fortaleceram 
pois, em vez de combatê-los, oferecia-lhes total apoio, impunidade e apadrinhamento,
 levando a população ao caos e à insegurança com seus novos atos de terrorismo 
e bandidagem.
No último dia 15 de junho as Forças de Segurança foram vítimas de uma emboscada,
 quando Lugo os enviou para resolver um conflito com ditos “carperos” totalmente
 desarmadas. Ao tentar uma negociação, os policiais foram atacados com tiros 
deixando de imediato 6 deles mortos. O restante pediu reforço e no confronto 
11 agressores foram mortos, deixando ao final mais 30 feridos. Lugo não foi ao 
velório de nenhum deles mas imediatamente determinou que se desse assistência 
às famílias dos que assassinaram os policiais. O encarregado de cumprir 
fielmente a traiçoeira operação, determinada por Lugo, ascendeu ao posto
 de Comandante da Polícia Nacional.
E isto foi a gota d’água para causar revolta na população paraguaia que, 
respeitando o que reza a Carta Magna, o Congresso realizou uma sessão 
ordinária, garantindo-lhe o devido processo (Leiam aqui o “Libelo Acusatório”
 na íntegra:), onde por maioria absoluta Lugo foi destituído do cargo por
“mal desempenho de suas funções”, sentença que ele aceitou de imediato mas, 
insuflado pelos camaradas do Foro de São Paulo da Venezuela, Argentina,
 Bolívia, Equador, Uruguai e Brasil, passou a chamar de “golpe de Estado”.
Os países-membros do MERCOSUL reuniram-se na Argentina entre os dias 
25 e 29 de junho e, ferindo os procedimentos legais e o devido processo 
(sem dar direito de ampla defesa), decidiram não permitir a participação do
Paraguai no encontro, uma vez que não reconhecem o novo governo. Entretanto,
 esta decisão foi tomada em conjunto com países “convidados” que não
 têm direito a voz nem voto, como Chile e Venezuela. E qual era o objetivo que
 jazia por trás desta decisão? Como se sabe, o Paraguai era, até o momento,
 o único país a se opor ao ingresso da Venezuela no bloco pois, com sobradas
 razões, alegava que lá não existe democracia. Pois bem, sem o Paraguai 
nesse encontro a Venezuela foi admitida oficialmente e passou a fazer parte do
 MERCOSUL! Era isso o que desejava esta organização desde sempre e eles sim,
 acabam de dar um golpe na democracia!
Sinto em relação a este caso a mesma repugnância que senti no caso de
 Honduras, pois articulistas de opinião brasileiros que só reconheciam o Paraguai 
como o país da muamba e da falsificação, hoje falam como grandes conhecedores
do que se passa no país vizinho com uma intimidade e um respeito hipócrita que
 só merecem desprezo. O Paraguai é um país pequeno e pobre mas sua gente 
é patriota e majoritariamente católica, como o novo presidente Federico 
Franco. Seus parlamentares sabem o que é honra, dignidade e respeito às leis, 
daí terem tomado esta atitude absolutamente constitucional. Ademais, os que 
hoje clamam para que se faça o mesmo no Brasil esquecem - ou desconhecem -
 que em nossa Carta Magna não existe um artigo dizendo que se poderá destituir
o presidente por “mal desempenho de suas funções”. Reforme-se a Constituição,
 aprenda-se a votar em gente decente antes de ficar invejando aqueles que
 antes eram vistos como escória da região.
(Escrito originalmente para o Jornal Inconfidência de Minas Gerais

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