terça-feira, 7 de junho de 2011

CRENÇA NO ALCORÃO


O Alcorão Sagrado, reconhece o fato de que Jesus (que a Paz esteja com ele), não teve nenhum pai humano, porém, isso não faz dele o filho de Deus, e nem Deus em pessoa, pôr este critério, Adão (que a Paz esteja com ele), estaria muito mais habilitado a ser o filho de Deus, porque ele não tinha pai, e nem mãe, pôr isso o Alcorão Sagrado, chama a atenção para a milagrosa criação de ambos, Deus o Altíssimo diz no Alcorão Sagrado:

''O exemplo de Jesus, ante Deus, é idêntico ao de Adão, que Ele criou do pó; então lhe disse: Seja! e foi." (3ª''Ó adeptos do Livro, não exagereis em vossa religião e não digais de Deus senão a verdade. O Messias, Jesus, filho de Maria, foi tão somente um Mensageiro de Deus e Seu Verbo, com o qual Ele agraciou Maria, pôr intermédio do Seu Espírito. Crede, pois, em Deus e em Seus Mensageiros e não digais: Trindade! Abstende-vos disso, que será melhor para vós; sabei que Deus é Uno.
Glorificado seja! Longe está hipótese de Ter tido um filho
A Ele pertence tudo quanto a nos céus e na terra, e Deus é mais do que suficiente Guardião.
O Messias não desdenha ser um servo de Deus, assim como tampouco o fizeram os anjos próximos de Deus.
Mas aqueles que desdenharam a Sua adoração e se ensoberbeceram, Ele os congregará todos ante Si.'' (4ª Al Nisa, versículos 171 e 172) ''Ele lhe ensinará o Livro, a sabedoria, a Torah e o evangelho.
E ele será um Mensageiro par os israelitas, e lhes dirá: Apresento-vos um sinal do vosso Senhor.
Plasmarei de barro a figura de um pássaro, à qual darei vida, e a figura será um pássaro, com beneplácito de Deus, curarei o cego de nascença e o leproso; ressuscitarei os mortos, com anuência de Deus, e vos revelarei o consumis e o que entesourais em vossas em casas. Nisso ha um sinal para vós, se sois fiéis.
Eu vim para confirmar-vos a Torah, que vos chegou antes de mim, e para liberar-vos algo que vos está vedado. Eu vim como um sinal de vosso Senhor. Temei a Deus, pois, e obedecei-me.
Sabei que Deus é meu Senhor e o vosso. Adorei-O, pois. Essa é a senda reta.''
(3ª Surata Imram, versículos 48 a 58)'E de quando Jesus, filho de Maria, disse: Ó israelitas, em verdade, sou o Mensageiro de Deus, enviado a vós, corroborante de tudo quanto a Torah antecipou no tocante às predições, e alvissareiro, de um Mensageiro que virá depois de mim, cujo nome será Ahmad! Entretanto, quando lhes apresentou as evidências, disseram: Isto é pura magia!'' (61ª Surata As Saf, versículo 6) 'E pôr blasfemarem e dizerem graves calúnias acerca de Maria.
E pôr dizerem: Matamos um Messias, Jesus, filho de Maria, o Mensageiro de Deus, embora não sendo, na realidade, certo que o mataram, nem o crucificaram, se não que isso lhes foi simulado. E aqueles que descordam, quanto a isso, estão na dúvida porque não possuem conhecimento algum, abstraindo-se tão somente em conjecturas; porém, o fato é que não o mataram.
Outrossim, Deus fê-lo ascender até Ele, porque é Poderoso, Prudentíssimo.
Nenhum dos adeptos do Livro deixara de acreditar nele (Jesus), antes da sua morte, e, o Dia da Ressurreição, testemunhara contra eles.'' (4ª Surata An Nisá, versículos 156 ao 159)


Quem foi a pessoa que foi crucificada em vez de Jesus ( que a Paz esteja com ele)?O Alcorão Sagrado não desenvolve esse ponto e nem fornece qualquer resposta a essa pergunta, os interpretes do Alcorão Sagrado sugeriram uns poucos nomes. Todavia, todos eles são frutos de suposições pessoais não sustentadas pelo Alcorão Sagrado ou pêlos dizeres do Profeta Muhammad ( que a Paz e a Benção de Deus estejam sobre ele).

O final da vida de Jesus ( que a Paz esteja com ele), na terra, está tão envolto em mistérios quanto a sua natividade, e ainda coma de fato, está também o período da maior parte da sua vida particular, com exceção dos três principais anos da seu sacerdócio.

Não será nada proveitoso discutir sobre as muitas dúvidas e conjecturas, existentes entre as primitivas ceitas cristãs, e entre os teólogos muçulmanos.Isto quer dizer que Jesus ( que a Paz esteja com ele), voltara antes do Dia do Juízo Final, novamente, a Segunda vinda não está claramente mencionada no Alcorão Sagrado, no entanto, os exegetas do Alcorão Sagrado entenderam o ultimo versículo da citação acima:

''Nenhum dos adeptos do Livro deixara de acreditar nele (Jesus), antes da sua morte, e, o Dia da Ressurreição, testemunhara contra eles.''

Como significando que Jesus ( que a Paz esteja com ele), e que todos os cristãos e judeus crerão nele antes dele morrer.

Essa forma de entender é sustentada pêlos dizeres autênticos do Profeta Muhammad ( que a Paz e a Benção de Deus estejam sobre ele). Islam: A Religião Da Coerência

A concepção fundamental do Islam é de que o Universo é criação de Deus (Allah em árabe), Dono e Senhor de todas as coisas, Ele é Uno e nada compartilha com Ele a Divindade. É Deus quem reina, sustenta e mantém o Universo.

Criou o homem e fixou para cada pessoa um período determinado que ele deve passar na terra. Deus lhe prescreveu um código de vida, mas ao mesmo tempo deu-lhe a liberdade absoluta de escolher se deve ou não adorá-lo. Quem opta por seguir este código revelado por Deus ao Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele) é muçulmano (fiel, submisso a Deus) e quem opta por recusá-lo é Káfir (infiel, incrédulo).

A pessoa entra no Islam, quando crê sinceramente e professa a Unicidade de Deus e na Profecia de Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele). Estes dois requisitos de fé são expostos sucintamente na sentença: "Não há outra divindade além de Deus; Muhammad é Mensageiro de Deus. " A Unicidade de Deus

É uma concepção revolucionária o constitui a essência de todos os ensinamentos do Islam. Significa que só há um Criador para todo o Universo, Ele é Todo- Poderoso, Onisciente, Onipresente e Ele é Quem sustenta o mundo, e não precisa de ninguém.

Quem observa o poder inesgotável da natureza, a finalidade de sua criação, sua relatividade e destruição de tudo que é socialmente danoso, como poderia deixar de concluir, que, atrás dela há um Ser que abarca tudo e cujas atividades criadoras e incessantes se manifestam objetivamente através do Universo quase infinito; do vasto panorama da natureza, com seu charme e beleza que penetram o coração; o levante e o poente, ordenado do sol; a impressionante harmonia das estações; a seqüência do dia e da noite; o ciclo incessante da água; as flores o a vegetação delicada, sob nossos pés, tudo isso converge para um fato: Deus existe e é Único.Somos testemunha de uma ordem impecável no Universo. Será possível que não haja para isso um único ordenador? Temos diante dos nossos olhos uma beleza cativante e uma harmonia total em todo o seu funcionamento. Será possível que não precisam de um criador?

Observamos uma finalidade magnífica por trás da natureza, poderia ela prescindir de um planejador? Percebemos um objetivo grandioso na existência física e humana. Será possível que não existe uma vontade para promovê-la? O Universo é como um romance fascinante, escrito de forma descomunal. Poderia ele existir sem autor?

"Ó humanos, adorai o vosso Senhor, que vos criou, bem como a vossos antepassados, quiçá, assim tornar-vos-eis virtuosos. Ele fez-vos da terra um leito e do céu um teto, e envia do céu a água com a qual faz brotar os frutos para vosso sustento. Não atribuais semelhantes a Deus, conscientemente." (Alcorão Sagrado 2:21-22).A Unicidade de Deus é a doutrina fundamental para a qual Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele) chamou a humanidade. E uma concepção metafísica importante que dá a resposta a todos os enigmas do Universo.

Ela nos indica a supremacia da lei no Universo, sob o véu de uma diversidade manifesta e aparente. Assim, o Cosmos representa uma visão unificada do mundo e oferece a nossos olhos um Universo integral. Isso está em contraste notável com os pontos de vista dos cientistas e filósofos que se preocupam com apenas exames superficiais, sem ter uma visão global do Universo.

A doutrina da Unicidade de Deus revela diante de nossos olhos a verdade. Depois de tatear na escuridão durante séculos, o ser humano começa a enxergar a veracidade desta concepção e o pensamento científico moderno caminha nesta direção. Não se trata, contudo, de uma simples concepção metafísica ou meras palavras jogadas a esmo, sem nenhum sentido. Trata-se de uma crença dinâmica e de uma doutrina revolucionária.Ela significa que todos os seres humanos são criaturas de um só Deus , e portanto, são todos iguais, a discriminação baseada na cor da pele, na classe social, na raça ou na terra não tem nenhum fundamento racional e não passa de ilusão.

Não passa de noções baseadas na ignorância que levara o ser humano à escravidão. A Humanidade forma uma única família, e não pode haver razões para esse tipo de barreiras, os seres humanos são iguais: Não há burguês ou proletário, branco ou negro, ocidental ou oriental.

O Islam estabelece, assim, a concepção revolucionária da Unidade dos seres humanos, o Mensageiro de Deus veio unir a humanidade com a palavra de Deus:

"E apegai-vos, todos, ao vínculo de Deus e não vos dividais; recordai- vos das Suas mercês para convosco, porquanto éreis adversários e Ele conciliou vossos corações e, mercê de Sua graça, converteste- vos em verdadeiros irmãos;..." (Alcorão Sagrado 3:103) Profecia de Muhammad

A segunda parte da sentença indica que Deus não abandonou o ser humano sem um guia quanto à conduta de sua vida, Ele revelou a Sua vontade a Seus mensageiros e Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele) foi o último deles, crer num Profeta é crer na sua mensagem, aceitar a lei que ele transmite e seguir o código que ele ensina.


Assim, o segundo princípio fundamental do Islam é a crença na profecia de Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), aceitar a religião que ele ensinou e seguir as ordens que ele transmitiu, isso nos conduz automaticamente ao terceiro princípio fundamental do Islam. Crença no Dia do Juízo Final

O mundo, de acordo com os ensinamentos do Islam, é um lugar de provas, e o ser humano será julgado, ele terá que prestar conta de tudo que ele tiver feito. A vida na terra chegará a termo um dia, e após isto um outro mundo será estabelecido.

É a vida após a morte, onde o ser humano será recompensado ou punido por suas boas obras ou por seus erros e pecados. Aqueles que levarem no mundo atual uma vida de obediência a Deus, desfrutarão de uma felicidade eterna no outro mundo, e aqueles que desobedecerem as ordens, provarão os frutos amargos de sua desobediência, o Alcorão nos diz a respeito do Dia do Juízo Final:

"E a cada pessoa lhe penduramos ao pescoço a sua obra, e no Dia da Ressurreição, apresentar-lhe-emos um livro (um registro), que encontrará aberto. (E ser-lhe-á dito): Lê o teu livro! Hoje bastará tu mesmo para julgar-te." (Alcorão Sagrado17:13-14)"Aqueles que tiverem praticado o bem obterão algo melhor que isso; por outra, quem houver praticado o mal, (que saiba que) os malfeitores não serão recompensados, senão segundo o que houverem feito." (Alcorão Sagrado 28:84)

Assim, os princípios fundamentais da fé islâmica são em número de três:

1- Crença na Unicidade de Deus;

2- Crença na profecia de Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele) e nos ensinamentos que ele transmitiu;

3- Crença no Dia do Juízo Final e na responsabilidade do ser humano por tudo que fizer nesta vida, devendo prestar contas a Deus naquele Dia.

Qualquer um que, professa e age de acordo com essas crenças é muçulmano, todas essas concepções são englobadas sucintamente na sentença:

"Não há outra divindade além de Deus; Muhammad é o Mensageiro de Deus. " Principais Características do Islam

"Eu sempre tive uma grande estima pela religião de Muhammad pois é cheia de vitalidade maravilhosa. É a única religião que me parece conter o poder de assimilar a fase evolutiva da existência - poder que pode se tornar tão atraente em toda época. Estudei este homem maravilhoso, e a meu ver, longe de ser o anti-cristo, ele deve ser chamado de salvador da humanidade. Penso que se um homem como ele tomasse a ditadura do mundo moderno, ele conseguiria resolver seus problemas de uma forma que traria a paz e a felicidade tão necessárias. Fiz uma previsão sobre a religião de Muhammad, que ela será aceita pela Europa de amanhã, como ela já começou a ser aceita pela Europa de hoje." (The Genuine Islam - Singapore - George Bernard Shaw)

A questão é saber quais são as características do Islam que atraíram no passado e que tornam esta religião atraente, mesmo na idade moderna. Alguns destes traços são enumerados a seguir: 1º- Simplicidade, Racionalismo e Praticabilidade:

O Islam é a religião que não tem nenhuma mitologia. Seus ensinamentos são simples e inteligíveis. Ele é desprovido de superstições e de crenças irracionais. A Unicidade de Deus, a Profecia de Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele) e a concepção de uma vida após a morte são os artigos de base desta religião, estes artigos de fé se apóiam sobre a razão e firme lógica.

Todos os ensinamentos do Islam decorrem destas crenças fundamentais, simples e diretas. Não há nem hierarquia sacerdotal, nem idéias abstratas e forçadas, nem ritos ou rituais complicados. Cada um tem o dever de conhecer de perto o Livro de Deus, diretamente, e colocar em prática os ensinamentos e mandamentos que ele contem.

O Islam desperta no ser humano a faculdade racional, encorajado e o obriga a ver as coisas em sua verdadeira perspectiva, à luz da realidade.

" ... Dize: O Senhor! Aumenta-me em sabedoria." (Alcorão Sagrado 20:114) Dize: Poderão, acaso, equiparar-se os sábios com os insipientes?..." (Alcorão Sagrado 39:9)

"Criamos para o Inferno numerosos gênios e humanos com corações com os quais não vêem e ouvidos com os quais não ouvem. São como as bestas, quiçá pior, porque não compreendem." (Alcorão Sagrado 7:179)

O Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele) disse.

"Aquele que sai de sua casa em busca do saber, anda no caminho de Deus."

Disse também:

"A busca do saber é dever de todo muçulmano e muçulmana."

Disse, também:

"Adquiram o saber pois, aquele que o adquire com a intenção de aprazar a Deus, faz um ato de piedade; aquele que o recorda louva a Deus; aquele que o leciona faz caridade; e aquele que o compartilha com os demais faz um ato de devoção a Deus."

E o Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele) disse:"Deus não aceita intenções desacompanhadas de atos que confirmem a sinceridade das mesmas, e não aceita atos que não sejam movidos por boas intenções. "

Em suma, o Islam é uma religião simples, racional e prática, é assim que o Islam tira o homem do mundo das superstições e da ignorância e o introduz no mundo do saber e do conhecimento.

Além disso, o Islam é prático e não permite discussões teóricas fúteis que não conduzem a um conhecimento inequívoco, para esta religião, a fé não é apenas uma profissão de crenças, mas a engrenagem mestra da vida. Uma conduta reta deve acompanhar a crença em Deus. A religião deve ser vivida, e não deve ser um instrumento de louvor verbal e de palavras insinceras.

"Dize: (ó Muhammad) sou tão-somente um mortal igual a vós, a quem lhe foi revelado que vosso Deus é um Deus Único. Por conseguinte, quem espera o comparecimento ante seu Senhor, que pratique o bem e não associe ninguém a Ele." (Alcorão Sagrado 18:110) 2º- Unidade do Espírito e da Matéria:

Há um traço peculiar ao Islam: o de não admitir a divisão da vida em partes separadas - material e espiritual - e considera a vida como um todo, sustenta e proclama não uma negação da vida, mas a perfeição da mesma.

O Islam não aceita o ascetismo e não pede ao homem abster-se das coisas materiais, assegura que a elevação espiritual é alcançada por uma vida piedosa através das dificuldades, dos altos e baixos da vida e não por uma renúncia ao mundo, o Alcorão nos ensina a orar assim:

"... Ó Senhor nosso! Concede-nos a felicidade neste mundo e no mundo futuro e preserva-nos do tormento infernal." (Alcorão Sagrado 2:201)

Disse o Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele):

"O muçulmano que convive com seus semelhantes e suporta pacientemente os incômodos que lhe advêm disso é melhor do que aquele que se isola e não consegue suportar os incômodos das pessoas."Certa vez uma senhora queixou-se ao Profeta que seu marido estava em constante jejum, passava a noite a rezar e não dava atenção, devido a isso, a seus hospedes. O Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele) chamou-o e lhe disse:

"Jejue e quebre o jejum; dorme e levante-se para rezar de noite, pois você tem dever para com seu corpo, dever para com seu cônjuge e dever para com o seu hospede."

O Islam, portanto, não admite nenhuma dissociação entre a matéria e o espírito, o temporal e o sacro e exalta o ser humano a consagrar toda a sua energia para a construção da vida sobre bases saudáveis. Ensina-lhe que os poderes espirituais devem ser conjugados aos poderes materiais para realizar a felicidade plena.

O mundo sofreu com a clara parcialidade de muitas religiões e ideologias. Algumas enfatizaram o lado espiritual da vida em detrimento do lado material e temporal, consideraram o mundo como se fosse uma ilusão, uma decepção e uma armadilha.De outro lado, as ideologias materialistas rejeitaram e abandonaram completamente o aspecto espiritual e moral, qualificando-o de fictício e imaginário, estas duas atitudes são na origem dos problemas que assolam a humanidade, privando-a da paz, da prosperidade e da tranqüilidade. Até em nossos dias, este desequilíbrio é evidente, o cientista francês ''Dr. de Brogbi'' disse muito bem:

"O perigo inerente a uma civilização muito materialista volta- se, em suma, contra ela mesma. É o desequilíbrio que resultaria, se um desenvolvimento da vida espiritual, manifestando-se paralela- mente, não conseguisse restabelecer o equilíbrio necessário."

O Cristianismo virou-se para um extremo o a civilização moderna virou-se para o extremo oposto. Segundo ''Lord Sneli'':"Nós erguemos uma estrutura externa bem proporcionada, mas esquecemos a necessidade essencial do lado interno. Fizemos muitos esforços para desenhar, decorar e polir o exterior da cúpula, mas a parede interna ficou toda deformada e bruta; colocamos todos os nossos conhecimentos acumulados e todos os nossos poderes a serviço do corpo, mas negligenciamos a alma, deixando-a se empobrecer."

O Islam visa estabelecer um equilíbrio entre esses dois aspectos da vida, seus ensinamentos respondem às necessidades tanto espirituais como temporais do ser humano, ordena-lhe purificar a alma e, reformar a vida material, tanto a individual como a coletiva e estabelecer o direito no lugar da força e a virtude no lugar do vício, assim, o Islam é a favor do caminho do meio.


3º- Um Modo de Vida Completo:

O Islam não é uma religião no sentido comum e deformado da palavra, limitando seu alcance ao domínio privado da vida do ser humano, é um modo de vida completo que responde a todas as necessidades da existência humana.O Alcorão pede ao ser humano que abrace o Islam em sua totalidade, sem nenhuma reserva. De fato, infeliz o dia em que os objetivos o as atividades da religião foram limitados à esfera da vida privada do ser humano, e quando seu papel social e cultural foram reduzidos a nada.

"Jamais enviamos um mensageiro que não fosse para ser obedecido como Deus ordena..."(Alcorão Sagrado 4:64)

"Qual! Por teu Senhor não crerão até que te tomem por juiz de suas dissensões e não objetem ao que tu tenhas sentenciado, e aceitem (o seu julgamento) de bom grado." (Alcorão Sagrado 4:65)

Mesmo um estudo superficial dos ensinamentos do Islam nos mostra que é um modo de vida completo e perfeito que abrange tudo.

4º- Equilíbrio Entre o Individualismo e o Coletivismo:Há um outro aspecto particular ao Islam: Estabelecimento de um equilíbrio entre o individualismo e o coletivismo. Ele reconhece a personalidade individual do ser humano e assegura que cada indivíduo é responsável diante de Deus, a Quem deverá prestar conta de todos os seus atos.

Garante os direitos fundamentais dos indivíduos e não permite que ninguém viole estes direitos. Considera como um dos principais objetivos o pleno e saudável desenvolvimento da personalidade humana. Não compartilha do princípio ideológico de que o homem deve perder sua individualidade para o bem da coletividade, da sociedade ou do Estado:

"Acaso, não foi inteirado de quanto encerram os livros de Moisés? E os de Abraão, que cumpriu (suas obrigações)? Que nenhum pecador arcará com culpa alheia? E que o homem não obtém senão o fruto de seu proceder? E que seu proceder será examinado? Depois, ser-lhe-á retribuído com a mais eqüitativa recompensa? " (Alcorão Sagrado 53:36-41)De outro lado, desperta no ser humano o sentido da responsabilidade social e recomenda ao indivíduo cooperar para o bem da sociedade. A oração é feita em congregação, o que incute a idéia da disciplina social. A obrigação do Zakat recai sobre cada um, individualmente:

"Em seus bens, os mendigos e os desafortunados têm um direito determinado." (Alcorão Sagrado 51:19)

A luta na causa de Deus foi instituída como obrigação, o que significa que o indivíduo deve, quando necessário, dar até a vida na defesa e proteção do Islam e do Estado Islâmico.

Em suma, o Islam não enfatiza o direito individual em detrimento do social e estabelece um equilíbrio entre os dois e destina a cada um o que lhe é de direito.

5º- Universalismo e Humanismo:

A mensagem do Islam destina-se à humanidade inteira. Deus no Islam é o Senhor de todas as criaturas e o Profeta Muhammad é o mensageiro de Deus a todos os seres humanos: "E não te enviamos senão como alvissareiro e admoestador para a totalidade dos humanos..." (Alcorão Sagrado 34:28)

"Bendito seja Aquele Que revelou o discernimento a seu servo (o Profeta Muhammad), para que fosse admoestador da humanidade." (Alcorão Sagrado 25:1)

O Islam estabelece a igualdade entre todos os homens, qualquer que seja a cor de sua pelo, sua língua, sua raça ou nacionalidade. Dirige-se e faz o apelo à consciência de todos os homens e derruba todas as barreiras artificiais de raça, estatuto e riqueza.

Não se pode negar que estas barreiras sempre existiram e continuam a existir, numa época que se diz muito esclarecida. Assim, o Islam sustenta um ponto de vista internacional na sua perspectiva dos problemas humanos e não admite as barreiras, as distinções e as disputas nacionais, trazendo uma mensagem de vida, de esperança e prometendo um futuro glorioso. 6º- O Permanente e o Imutável:

O Islam representa esta ideologia que satisfaz as exigências de estabilidade e de mudança. Uma reflexão mais profunda nos revela que a vida não é nem tão rígida que não admite mudança, e nem flexível, pura e simplesmente.

Os problemas fundamentais da vida permanecem os mesmos em todas as épocas e em todos os lugares, mas as formas e os métodos de resolvê-los e as técnicas empregadas para tratar estes problemas mudam ao longo dos tempos. O Islam considera as duas possibilidades.

O Alcorão e a tradição do Profeta Muhammad contêm a orientação eterna de Deus a suas criaturas. O conhecimento e sabedoria de Deus vão além dos parâmetros de tempo e de espaço, e sob este aspecto os princípios de conduta e de comportamento ditados pela orientação divina se baseiam num conhecimento profundo da natureza do ser humano, e por isso são eternos.Mas Deus nos deu apenas os princípios e deixou-nos a tarefa de aplicá-los em todos os tempos, de acordo com o espírito e as condições que prevalecem nas diferentes épocas.

É notável que o Islam tenha aberto a porta para a diligência própria do homem em deduzir, à luz dos princípios eternos do Alcorão e da tradição do Profeta, soluções para as novas situações que surgem com o passar do tempo.

Uma das bases da jurisprudência islâmica é exatamente o ljtihad (diligência própria e esforço dos sábios muçulmanos em achar soluções aos problemas de ordem jurídicas que surgem e que não possuem similares no passado). É mediante o ljtihad que os sábios muçulmanos de cada época tentaram implantar e aplicar a orientação divina para a solução dos problemas de seu tempo.Vemos então que os princípios islâmicos são eternos e permanentes, enquanto que o método em- pregado para a sua aplicação pode sofrer mudanças, conforme as necessidades particulares de cada época. É a razão porque o Islam guarda toda a sua prestinez e continua tão moderno quanto no alvorecer do dia seguinte.

7º- Os Arquivos Completos dos Ensinamentos são Preservados:

Finalmente, há o fato de que os ensinamentos do Islam são preservados na sua forma original, e a orientação divina está sempre disponível, sem nenhuma alteração. O Alcorão é revelado por Deus e foi transmitido minuciosamente ao longo da história, de modo que passaram-se mais de 1400 anos e este Livro permanece na sua forma original.Compilações autênticas da vida do Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele) e de seus ensinamentos são disponíveis. Não há adulterações nesses arquivos históricos e únicos em seu gênero.

A tradição do Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele) foi transmitida com uma precisão e autenticidade sem precedente. Mesmo os críticos não muçulmanos aceitam este fato inegável. O professor Reynold A. Nicholson, na página 143 de seu livro "Literary History of the Arabs" afirma:

"O Alcorão é um documento humano ao extremo, refletindo cada fase da relação de Muhammad aos eventos externos de sua vida; temos, então, aí matérias de uma autenticidade única e incontestável, para traçar a origem e o primeiro desenvolvimento do Islam. Tais matérias não possuem equivalente no budismo, cristianismo, ou qualquer outra religião antiga."Estas são algumas das peculiaridades evidentes do Islam. Elas estabelecem sua superioridade como sendo a religião mais adequada ao ser humano, a religião do futuro. Estes aspectos tocaram os sentimentos e foram apreciados por milhares de pessoas no passado e no presente, e deixaram claramente que o Islam é a religião da verdade e também o melhor caminho para o homem; e continuará a tocar os corações no futuro.

Os homens dotados de coração puro e um desejo sincero de achar a verdade continuarão a dizer para sempre:

"Testemunho que não há divindade além de Deus, e que Muhammad é Seu servo e Mensageiro." A Trindade



A doutrina da Trindade divide a Deidade em três Pessoas Divinas separadas e distintas: Deus o Pai, Deus o Filho e Deus o Espírito Santo. O credo Atanasiano declara:


"Há uma pessoa que é o Pai, outra que é o Filho, e outra que é o Espírito Santo. Mas a Deidade do Pai, do Filho e do Espírito Santo é uma só; a Glória é igual, a Majestade co-eterna... O Pai é Deus, o Filho é Deus e o Espírito Santo é Deus. E, no entanto, eles não são três Deuses, mas um só Deus... Portanto, somos compelidos pela declaração cristã a reconhecer em cada pessoa ser ela Deus e Senhor, também somos proibidos pela religião católica de dizer que estes sejam três Deuses, três Senhores."



Isto é obviamente uma auto-contradição. É o mesmo que dizer que um mais um, mais um são três, mas que são ao mesmo tempo um. Se existem três pessoas divinas separadas e distintas e cada urna delas é Deus, então é por- que há três Deuses.A Igreja Cristã reconhece a impossibilidade de conciliar a crença em três seres Divinos, com a unicidade de Deus, e conseqüentemente declara que a doutrina da Trindade é um mistério, no qual a pessoa deve acreditar cegamente. Eis o que escreve o Reverendo J. F. De-Groot no seu livro "Catholic Teaching" (Ensinamento Católico):



"A Mais Sagrada Trindade é um mistério no sentido mais estrito da palavra. A razão sozinha não pode provar a existência de um Deus Triuno, é a Revelação que o ensina. E mesmo depois que a existência do mistério nos foi revelada, permanece impossível para o intelecto humano entender como Três seres têm só uma única Natureza Divina.“



É bastante estranho que o próprio Jesus (que a Paz esteja sobre ele); jamais sequer mencionou a Trindade. Ele ou não sabia ounada disse sobre existirem três Pessoas Divinas na Deidade. A concepção dele de Deus não era em nada diferente à dos profetas israelitas anteriores, que sempre haviam pregado a Unicidade e nunca a Trindade de Deus. Jesus (que a Paz esteja sobre ele); não fez senão ecoar os profetas que o antecederam quando disse:


"O primeiro de todos os mandamentos é este: Ouve, é Israel: Jeová, nosso Deus, é um só Jeová; e tens de amar a Jeová teu Deus, e de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de toda a tua mente, e de toda a tua força." (Marcos 13: 29 e 30)


Ele acreditava em Um Ser Divino, Um Deus, como é evidente do ditado que segue:



"É a Jeová, teu Deus, que tens de adorar e é somente a Ele que tens de prestar serviço sagrado." (Mateus 4: 10)A doutrina da Trindade foi cunhada pelos cristãos cerca de trezentos anos depois de Jesus (que a Paz esteja sobre ele); Os quatro Evangelhos Canônicos, escritos entre os anos 70 e 115 da era Cristã, não contém qualquer referência à Trindade. Nem Paulo, que introduziu muitas idéias estrangeiras no Cristianismo sabia de qualquer coisa sobre o Deus Triuno.



A New Catholic Enciclopedia (Nova Enciclopédia Católica), que ostenta o Nihil Obstat e o Imprimtur que indicam a aprovação oficial (da Igreja), admite que a doutrina da Trindade era desconhecida aos primeiros cristão e de que ela foi formulada no final do quarto século.



"É difícil, na segunda metade do século 20, oferecer uma narração clara, objetiva e honesta da revelação, da evolução doutrinária eÉ difícil, na segunda metade do século 20, oferecer uma narração clara, objetiva e honesta da revelação, da evolução doutrinária e da elaboração teológica do mistério da Trindade. O debate Trinitário, tanto pelos católicos-romanos, como por outros, tem um delineamento algo incerto. Duas coisas aconteceram. Há o reconhecimento por parte dos exegetas e teólogos bíblicos, incluindo um número sempre crescente de católicos-romanos, de que não se deve falar do Trinitarismo no Novo Testamento sem uma autenticação mais séria. Há também o reconhecimento bastante paralelo por parte dos historiadores do dogma e dos teólogos sistemáticos, de que quando se fala de um Trinitarismo não-corroborado, está-se transferindo o período das origens do Cristianismo para, digamos, o final do século quatro. Foi somente nesta época que aquilo a que poderíamos chamar de dogma Trinitário definitivo ‘’um Deus em três seres" foi assimilado decisivamente na vida e no pensamento cristão." Um pouco mais adiante a mesma Enciclopédia (página 299) diz ainda mais decididamente:



"A formulação ‘’um Deus em três’’ não estava solidamente integrada à vida cristã e na sua profissão de fé antes do final do século 4. No entanto, é precisamente essa formulação que reivindicou o título de dogma Trinitário. Entre os padres apostólicos nada havia que sequer remotamente se aproximasse de tal pensamento ou perspectiva. "



Portanto, a doutrina da Trindade não foi ensinada por Jesus, não é encontrada em lugar algum da Bíblia (quer no Antigo quer no Novo Testamento), era completamente estranha ao pensamento e perspectiva dos primeiros cristãos; tendo-se tornado parte da fé cristã mais para o final do quarto século.Considerado também racionalmente, o dogma da Trindade é insustentável. Ele não é apenas algo além da razão, como é também repugnante a esta. Como dissemos antes, a crença nos três seres Divinos é incompatível com a unicidade de Deus. Se existem três seres distintos e separados, então devem existir três essências distintas e separadas, já que cada pessoa é inseparável de sua essência.




Alcorão do século XVI


Portanto, se o Pai é Deus, o Filho é Deus, e o Espírito Santo é Deus, então, a não ser que o Pai, o Filho e o Espírito Santo sejam três declinações distintas, eles devem ser três Essências distintas, e conseqüentemente, três Deuses distintos. Outrossim, as três Pessoas Divinas ou são infinitas ou finitas. Se infinitas, então existem três Infinitos distintos, três Onipotentes, três Eternos, e portanto, três Deuses.Se eles são finitos, então somos levados ao absurdo de conceber um Ser Infinito como tendo três modos finitos de subsistência ou três seres que são separadamente finitos que conjuntamente formam um infinito. O fato' é que se os Três seres são finitos, então nem o Pai, nem o Filho, nem mesmo o Espírito Santo é Deus.



A doutrina da Trindade foi desenvolvida em conseqüência da divinização de duas criaturas, Jesus e o misterioso Espírito Santo, e a associação deles com Deus, como seus parceiros na Divindade ou Figura Divina. Tal como é explicada na literatura cristã, ela (a Trindade) representa a personificação separadamente de três atributos de Deus.


Quer seja considerada do ponto de vista histórico ou de outro qualquer, constitui uma regressão da teologia racional para a mitologia. Visto que na raiz de todas as mitologias está a tendência irracional da mente humana de divinizar grandes personagens e personificar as forças e atributos impessoais passando a representá-los como seres Divinos.O Islam ensina a pura e simples Unicidade de Deus, Ele apresenta uma concepção de Deus que está liberta de fantasias antropomórficas ou mitológicas. Ele afirma a unicidade de Deus e diz que Ele não tem parceiros na Sua Deidade. Ele é só uma pessoa e só uma essência - os dois sendo inseparáveis e indistintos.


Alcorão do século XV exposto em Lisboa



Ele é o Auto-Suficiente, de Quem tudo depende, e Quem não depende de ninguém. Ele é o Criador e Provedor de tudo, o Boníssimo, o Todo-Poderoso, o Onisapiente, o Amantíssimo, o Misericordioso, o Eterno e o Infinito. Ele nem gerou nem foi gerado. Nada pode se originar d'Ele e tornar-se Seu igual na Divindade:


"Dize: Ele é Deus, o Único; Deus! O Absoluto! Jamais gerou ou foi gerado. E ninguém é comparável a Ele." (Alcorão Sagrado 112:1 ao 4)"Vosso Deus é Um só. Não há mais divindade além d'Ele, o Clemente, o Misericordiosíssimo. Na criação dos céus e da terra, na alternação do dia e da noite; nos navios que singram o mar para o benefício do homem; na água que Deus envia do céu, com a qual vivifica a terra, depois de haver sido árida e onde disseminou toda espécie animal; na mudança dos ventos; nas nuvens submetidas entre o céu e a terra, (nisso tudo) há sinais para os sensatos”. (Alcorão Sagrado 2:163 e 164)

"Deus! Não há mais divindade além d'Ele, Vivente, Subsistente, a Quem jamais alcança a modorra ou o sono; Seu é tudo quanto existe nos céus e na terra. Quem poderá interceder junto a Ele sem Sua anuência? Ele conhece tanto o passado como o futuro e eles (os humanos) nada conhecem de Sua ciência, senão o que Ele permite. Seu Trono abrange os céus e a terra, cuja preservação não O abate, porque é o Ingente, o Altíssimo.” (Alcorão Sagrado: 2:255)


Texto:Marco Antônio Quintella Santos


"Não será a bondade a recompensa da bondade? (Alcorão LV, 60)"
(Caligrafia de Hassan Massoudy)

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