Durante o ano de 2010 referi-me várias vezes, na etiqueta Física , ao mundo quântico onde as leis físicas são diferentes das da Física Clássica que regem este nosso mundo de objectos visíveis . Ora em Dezembro do ano que acabou de findar, surgiu a revelação da criação da primeira ligação entre o universo quântico do infinitamente pequeno e o mundo visível , sendo o facto considerado a descoberta mais significativa de 2010,isto segundo a revista norte-americana Science.
A realização de um aparelho quântico, por uma equipa de físicos da Universidade da Califórnia, foi revelada em Março, na revista britânica Nature ,mas só agora foi conhecida pelo comum dos mortais.
Até 2010, todos as máquinas fabricadas pelo homem seguiam as leis da mecânica clássica, mas Andrew Cleland e John Martinis obtiveram um efeito quântico num pedaço de metal suficientemente grosso para ser observado a olho nu, logo fugindo à física clássica . Com a ajuda de um micro circuito eléctrico supercondutor conseguiram que o pedaço de metal vibrasse pouco e, simultaneamente, vibrasse muito ,o que só é possível pelas leis da mecânica quântica , isto é, no mundo do infinitamente pequeno .Embora os físicos não tenham conseguido ter o objecto em dois sítios diferentes ao mesmo tempo, o que seria a lei quântica total , o feito é extraordinário.
Para que se compreenda melhor o valor da experiência ,lembramos de novo que ,até agora, todos os objectos construídos pelo homem se regem pelas leis da mecânica clássica. Ora o grupo de cientistas atrás referido, ao criar um dispositivo visível a olho nu que se move segundo as leis comportamentais das coisas infinitamente pequenas, como moléculas, átomos e partículas sub-atómicas, deu um salto enorme para um mundo que se considerava ficção.
O Site Inovação Tecnológica anunciou o feito, na reportagem Mecânica quântica aplica-se ao movimento de objectos macroscópicos, destacando então que se tratava de uma experiência histórica. A máquina quântica tem uma aparência muito simples: uma pequena haste metálica, semelhante à extremidade de um estilete, fixada de modo a vibrar no interior de um sulco escavado num material semicondutor, considerado tecnicamente como um ressoador mecânico. Os cientistas resfriaram-no até que ele atingisse o estado fundamental de energia, isto é, o estado de menor energia permitida pelas leis da mecânica quântica .
De seguida, injectaram na máquina um único quanta de energia, um fonão, a menor unidade física de vibração mecânica, provocando-lhe o menor grau de excitação possível.
Verificaram então aquilo que era previsto pela mecânica quântica: a máquina vibrava muito e vibrava pouco, ao mesmo tempo, provando que os princípios da mecânica quântica podem ser aplicados ao movimento de objectos macroscópicos, tal como o são às partículas atómicas e sub atómicas. Tudo aconteceu à temperatura de apenas 25 milikelvins e o seu efeito durou apenas alguns nanossegundos, já que ele é afectado pelas mais ínfimas influências do mundo macroscópico ao seu redor.
Tal controlo sobre o movimento deste dispositivo, cuja fita metálica media 60 micrómetros,logo visível a olho nu, deverá permitir aos cientistas manipularem esses movimentos minúsculos, de forma parecida com o que eles fazem hoje ao manipular as correntes eléctricas e as partículas de luz.
A experiência abrirá o caminho para que se discutam as fronteiras da mecânica quântica e da mecânica clássica e até mesmo o nosso próprio sentido do que é a realidade.Se a mecânica quântica permite que uma partícula atómica esteja em dois lugares ao mesmo tempo, por que não admitir que algo grande , formado por moléculas, não poderia conseguir o mesmo feito ? Por que não pensar que esse algo grande poderia ser um homem ? Teríamos então o teletransporte da série televisiva Guerra das Estrelas.
Só sabemos com exactidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida (GOETHE)
A realização de um aparelho quântico, por uma equipa de físicos da Universidade da Califórnia, foi revelada em Março, na revista britânica Nature ,mas só agora foi conhecida pelo comum dos mortais.
Até 2010, todos as máquinas fabricadas pelo homem seguiam as leis da mecânica clássica, mas Andrew Cleland e John Martinis obtiveram um efeito quântico num pedaço de metal suficientemente grosso para ser observado a olho nu, logo fugindo à física clássica . Com a ajuda de um micro circuito eléctrico supercondutor conseguiram que o pedaço de metal vibrasse pouco e, simultaneamente, vibrasse muito ,o que só é possível pelas leis da mecânica quântica , isto é, no mundo do infinitamente pequeno .Embora os físicos não tenham conseguido ter o objecto em dois sítios diferentes ao mesmo tempo, o que seria a lei quântica total , o feito é extraordinário.
Para que se compreenda melhor o valor da experiência ,lembramos de novo que ,até agora, todos os objectos construídos pelo homem se regem pelas leis da mecânica clássica. Ora o grupo de cientistas atrás referido, ao criar um dispositivo visível a olho nu que se move segundo as leis comportamentais das coisas infinitamente pequenas, como moléculas, átomos e partículas sub-atómicas, deu um salto enorme para um mundo que se considerava ficção.
O Site Inovação Tecnológica anunciou o feito, na reportagem Mecânica quântica aplica-se ao movimento de objectos macroscópicos, destacando então que se tratava de uma experiência histórica. A máquina quântica tem uma aparência muito simples: uma pequena haste metálica, semelhante à extremidade de um estilete, fixada de modo a vibrar no interior de um sulco escavado num material semicondutor, considerado tecnicamente como um ressoador mecânico. Os cientistas resfriaram-no até que ele atingisse o estado fundamental de energia, isto é, o estado de menor energia permitida pelas leis da mecânica quântica .
De seguida, injectaram na máquina um único quanta de energia, um fonão, a menor unidade física de vibração mecânica, provocando-lhe o menor grau de excitação possível.
Verificaram então aquilo que era previsto pela mecânica quântica: a máquina vibrava muito e vibrava pouco, ao mesmo tempo, provando que os princípios da mecânica quântica podem ser aplicados ao movimento de objectos macroscópicos, tal como o são às partículas atómicas e sub atómicas. Tudo aconteceu à temperatura de apenas 25 milikelvins e o seu efeito durou apenas alguns nanossegundos, já que ele é afectado pelas mais ínfimas influências do mundo macroscópico ao seu redor.
Tal controlo sobre o movimento deste dispositivo, cuja fita metálica media 60 micrómetros,logo visível a olho nu, deverá permitir aos cientistas manipularem esses movimentos minúsculos, de forma parecida com o que eles fazem hoje ao manipular as correntes eléctricas e as partículas de luz.
A experiência abrirá o caminho para que se discutam as fronteiras da mecânica quântica e da mecânica clássica e até mesmo o nosso próprio sentido do que é a realidade.Se a mecânica quântica permite que uma partícula atómica esteja em dois lugares ao mesmo tempo, por que não admitir que algo grande , formado por moléculas, não poderia conseguir o mesmo feito ? Por que não pensar que esse algo grande poderia ser um homem ? Teríamos então o teletransporte da série televisiva Guerra das Estrelas.
Só sabemos com exactidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida (GOETHE)
Nenhum comentário:
Postar um comentário