Qualquer pessoa medianamente culta, mesmo sem ser melómana, ao ouvir a palavra Stradivarius associa-a a um violino raro e muito cobiçado. Na realidade os violinos desta marca têm uma sonoridade especial e valem milhares de euros cada. O nome deriva do seu construtor o italiano António Giacomo Stradivari, nascido em Cremona em 1648 e falecido em 1737 que se tornou célebre na arte de fabricar instrumentos de corda como violas, violinos, violoncelos e harpas. O seu êxito surge , entre 1700 e 1722 , quando construiu os seus violinos mais famosos como o Beto em 1705, o Cremonese em 1715, o Messias e o Medici em 1716. Pensa-se que Stradivari terá construído um milhar de violinos dos quais só há registo de 650 . O mais famoso é o Messias que se encontra no museu Ashmoleara em Oxford. A sonoridade dos violinos Stradivarius é tão especial que foram estudados ao pormenor para se tentar descobrir o seu segredo. Sabe-se que as madeiras usadas eram o acer e o abeto, o primeiro para o tampo harmónico e o segundo para o fundo e braço. As madeiras seleccionadas eram as mais antigas e ressequidas, posteriormente tratadas com diversos minerais (boratos e silicatos ) e verniz de Bianca. Também se aceita como certo que a sonoridade dos violinos se deve ao verniz usado que continha pozolana, uma cinza vulcânica antigamente usada como cola entre o verniz e a madeira, tornando o instrumento mais duro. Há quem pense que Stradivari seleccionava madeiras de navios naufragados pois seria mais dura devido ao contacto com a água salgada.Outros afirmam que o frio extremo que se fazia sentir na Europa daquela época terá feito com que as árvores desenvolvessem fibras mais compactas logo madeiras mais duras. A análise feita por TAC aos violinos antigos mostra esse facto. Qualquer que seja o segredo destes famosos violinos o que sabemos é que , em 2006, um Hammer Stradivarius de 1707 foi leiloado por 2,4 milhões de Euros e há meses (Abril de 2008) um outro Stradivarius, do ano 1700 , foi comprado por 1.273.000 dólares americanos .
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