10 – DODÔ: AVE EXTINTA POR CAUSA DO HOMEM (EXTINTO DESDE FINAIS DO SÉCULO 17)
O
dodô (Raphus cucullatus) era uma ave não voadora que habitava a ilha de
Maurício. Parente dos pombos, tinha cerca de um metro de altura, comia
frutas e fazia ninho no chão. O dodô foi extinto desde meados até o
final do século 17. É comumente utilizado como o arquétipo de uma
espécie extinta, pois a sua extinção ocorreu durante a história humana, e
foi diretamente atribuída à atividade humana. Existem até expressões
como “morto como um dodô”, que significa morto sem dúvida alguma, dentre
outras.
9 – LEÃO DAS CAVERNAS: UM DOS MAIORES (EXTINTO HÁ 2.000 ANOS)
O leão das cavernas é uma subespécie extinta de leão conhecida a partir
de fósseis e uma grande variedade de arte pré-histórica. Esta subespécie
foi um dos maiores leões; um macho adulto, encontrado em 1985 perto de
Siegsdorf (Alemanha), tinha uma altura de cerca de 1,2 metros e um
comprimento de 2,1 metros sem a cauda, que é aproximadamente o mesmo
tamanho de um leão moderno muito grande. Ele pode ter sido em torno de 5
a 10% maior do que os leões modernos. Aparentemente, foi extinto cerca
de 10.000 anos atrás, durante a glaciação de Würm, embora haja alguns
indícios de que pode ter existido até 2.000 anos atrás, nos Balcãs.
8 – ARAU-GIGANTE (EXTINTO DESDE 1844)
O arau-gigante foi a única espécie do gênero Pinguinus a sobreviver até
tempos recentes. Com cerca de 75 centímetros de altura e pesando 5
quilos, o animal, que não podia voar, foi o maior do grupo dos alcídeos.
Tinha penas brancas e pretas brilhantes. No passado, foi encontrado em
um grande número em ilhas do leste do Canadá, Groenlândia, Islândia,
Noruega, Irlanda e Grã-Bretanha, mas acabou sendo caçado até a extinção.
Restos encontrados na Flórida, EUA, sugerem que pelo menos
ocasionalmente as aves se aventuraram até o sul no inverno (o que
ocorreu até o século 14, mais ou menos).
7 – AUROQUE: TIPO GRANDE DE GADO (EXTINTO DESDE 1627)
Um dos mais famosos animais europeus extintos, o auroque ou urus (Bos
primigenius) era um tipo muito grande de gado. Eles evoluíram na Índia
há cerca de dois milhões de anos, migraram para o Oriente Médio e Ásia, e
chegaram à Europa cerca de 250.000 anos atrás. Até o século 13, os
auroques eram limitados à Polônia, Lituânia, Moldávia, Transilvânia e
Prússia Oriental. O direito de caçar animais grandes em qualquer terreno
era restrito aos nobres e, gradualmente, à realeza. Como sua população
diminuiu, a caça terminou, e a corte forneceu campos abertos para o
auroque pastar. Sua caça era punível com morte. Em 1564, apenas 38
animais existiam, de acordo com o levantamento real. O último, uma
fêmea, morreu em 1627 na Floresta Jaktorów, na Polônia. Seu crânio foi
posteriormente tomado pelo exército sueco.
Na década de 1920, dois funcionários de um zoológico alemão, os irmãos
Heinz e Lutz Heck, tentaram “recriar” o auroque a partir de gado
doméstico, que eram seus descendentes. O apelo era baseado na concepção
de que a espécie não está extinta, desde que todos os seus genes ainda
estejam presentes em uma população. O resultado é o chamado gado da raça
Heck, ou “auroques Heck”, que tem uma semelhança incompleta com a
fisiologia dos auroques selvagens.
6 – TIGRE DO CÁSPIO: O TERCEIRO MAIOR TIGRE (EXTINTO DESDE 1970)
O tigre do Cáspio ou tigre persa era uma subespécie de tigre encontrada
no Irã, Iraque, Afeganistão, Turquia, Mongólia, Cazaquistão, no Cáucaso,
Tajiquistão, Turquemenistão e Uzbequistão até que, aparentemente,
desapareceu na década de 1970. De todos os tigres do mundo, era o
terceiro maior. Seu corpo era forte com pernas longas, patas graúdas e
garras excepcionalmente grandes. As orelhas eram curtas e pequenas. O
tigre do Cáspio tinha bastante pelo no rosto; no resto do corpo, era
longo e grosso. A coloração era semelhante à do tigre de Bengala. Os
machos eram muito grandes e pesavam 169 a 240 quilos. As fêmeas não eram
tão grandes, pesando 85 a 135 quilos. Ele também é um dos animais
extintos ocasionalmente “avistados”.
5 – ALCE IRLANDÊS: O MAIOR CERVO (EXTINTO CERCA DE 7.700 ANOS ATRÁS)
O alce irlandês foi o maior veado que já existiu. Ele viveu na Eurásia,
da Irlanda a leste do lago Baikal, durante o Pleistoceno. Os últimos
restos conhecidos da espécie datam de cerca de 5.700 a.C., ou cerca de
7.700 anos atrás. O cervo gigante é famoso por seu tamanho, cerca de 2,1
metros de altura até os ombros, e em especial por ter a maior galhada
de qualquer cervídeo conhecido (máximo de 3,65 metros, ponta a ponta,
pesando até 40 quilos). Há uma certa discussão da causa de sua extinção;
alguns têm sugerido que a caça foi um fator que contribuiu para seu
desaparecimento, como muito da megafauna pré-histórica. Já outros
consideram o tamanho do seu chifre, que certamente restringia a
circulação dos machos em regiões da floresta. Mas a evidência para a
caça excessiva não é confiável, e sendo uma espécie continental, ele
teria coevoluído com os seres humanos ao longo da sua existência e,
presumivelmente, se adaptado à sua presença.
4 – DUGONGO-DE-STELLER (EXTINTO DESDE 1768)
Encontrado perto da costa asiática do Mar de Bering, o animal foi
descoberto em 1741 pelo naturalista Georg Steller. O dugongo-de-steller
tinha até 7,9 metros de comprimento e pesava até 3 toneladas, muito
maior do que peixes-boi e dugongos (outros mamíferos marinhos). Tinha
duas patas dianteiras e uma cauda parecida com a de uma baleia. De
acordo com Steller, ele nunca ia para a costa, vivia sempre na água. Sua
pele era negra e grossa, como a casca de um carvalho, sua cabeça era
pequena em relação ao corpo, e ele não tinha dentes. Era completamente
inofensivo. Fósseis indicam que o animal era anteriormente difundido ao
longo da costa do Pacífico Norte, alcançando o sul do Japão e da
Califórnia. Dada a rapidez com que sua população foi eliminada, é
provável que a chegada dos seres humanos na área foi a causa de sua
extinção. Há ainda relatos esporádicos de animais parecidos com o
dugongo-de-steller na área de Bering e Groenlândia, por isso tem sido
sugerido que pequenas populações do animal podem ter sobrevivido até os
dias atuais (o que não foi provado).
3 – TILACINO: TIGRE DA TASMÂNIA (EXTINTO DESDE 1936)
O tilacino foi o maior marsupial carnívoro conhecido dos tempos
modernos. Nativo da Austrália e Nova Guiné, acredita-se que foi extinto
no século 20. É comumente conhecido como tigre da Tasmânia (devido a
suas costas listradas) ou lobo da Tasmânia. Foi o último membro
sobrevivente de seu gênero, Thylacinus, embora um número de espécies
aparentadas tenha sido encontrado nos registros fósseis que datam do
início do Mioceno. O tilacino foi extinto no continente australiano
milhares de anos antes da colonização europeia, mas sobreviveu na ilha
da Tasmânia junto com um número de espécies endêmicas, como o diabo da
Tasmânia. A caça intensiva encorajada por recompensas é geralmente a
culpada por sua extinção, mas outros fatores podem ter contribuído, como
doenças, a introdução de cães e a invasão humana de seu habitat. Apesar
de ser oficialmente classificado como extinto, de vez em quando há
relatos de que ele foi avistado.
2 – QUAGGA: METADE ZEBRA, METADE CAVALO (EXTINTO DESDE 1883)
Uma das mais famosas espécies extintas da África, o quagga era uma
subespécie de zebra das planícies. Distinguia-se de outras zebras por
ter as marcas habituais apenas na parte frontal do corpo. No meio do
corpo, as listras desbotavam e escureciam, até chegar a um marrom. O
nome vem de uma palavra do dialeto Khoikhoi para zebra e é onomatopeica,
sendo dita para assemelhar-se ao som que o quagga faz. O quagga foi
classificado originalmente como uma espécie individual, Equus quagga, em
1788. Ao longo dos próximos cinquenta anos ou mais, muitas outras
zebras foram descritas pelos naturalistas e exploradores.
Por causa da grande variação nos padrões de pelagem (não há duas zebras
iguais), os taxonomistas ficaram com um grande número de “espécies”, sem
maneira fácil de saber qual delas eram espécies verdadeiras, quais eram
subespécies, e quais eram simplesmente variantes naturais. Muito antes
dessa confusão ser resolvida, o quagga havia sido caçado até a extinção
por sua carne e pele. O último quagga selvagem foi provavelmente
registrado no final de 1870, e o último exemplar em cativeiro morreu em
12 de agosto de 1883 em Amsterdam. O quagga foi a primeira criatura
extinta a ter seu DNA estudado. Recentes pesquisas genéticas
demonstraram que ele não era de fato uma espécie separada, mas uma
variável da zebra das planícies.
1 – TIRANOSSAURO REX (EXTINTO 65 MILHÕES DE ANOS ATRÁS)
O tiranossauro foi um dos maiores animais terrestres de todos os tempos,
medindo 13,2 metros de comprimento e 5,06 metros de altura, com uma
massa estimada de até 7 toneladas. Como outros Tyrannosauridae, o
tiranossauro era um carnívoro bípede, com um crânio maciço, equilibrado
por uma cauda longa e pesada. Em comparação aos membros posteriores
poderosos, os dianteiros eram pequenos e ele tinha somente dois dedos.
Fósseis de T. rex foram encontrados em formações rochosas
norte-americanas que datam dos últimos três milhões de anos do período
Cretáceo, aproximadamente 68,5 a 65,5 milhões de anos atrás (um dos
últimos dinossauros a existir). Mais de 30 espécimes de T. rex foram
identificadas, algumas com esqueletos quase completos. A abundância de
material fóssil permitiu pesquisas significativas em muitos aspectos de
sua biologia, incluindo história de vida e biomecânica.
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