Conforme as pessoas envelhecem, os filmes parecem mais tristes. Em um
estudo recente, as pessoas em seus anos 60 anos sentiram-se mais
tristes que as pessoas nos seus 20 anos depois de visualizar uma cena
emocionalmente perturbadora de um filme.
Segundo os pesquisadores, esta resposta aumentada a dor emocional
pode refletir uma maior compaixão por outras pessoas e pode reforçar os
laços sociais.
A descoberta é uma importante contribuição aos estudos de emoções,
porque mostra que elas não se deterioram. Um dos resultados importantes
dessa pesquisa é que a emoção não é de modo nenhum “quebrada” na
terceira idade.
Para explorar como os sentimentos de tristeza mudam com a idade, os
pesquisadores trouxeram 222 participantes para o laboratório para
assistir clipes neutros, repugnantes ou tristes.
Os voluntários compunham três grupos etários: os jovens na faixa de
vinte anos, pessoas de meia-idade na casa dos quarenta, e os idosos na
faixa de sessenta anos. Antes de assistir aos filmes, os participantes
foram conectados a monitores que registraram as respostas fisiológicas
como a pressão arterial, freqüência cardíaca e padrões respiratórios.
As cenas tristes foram bem escolhidas para extrair respostas: no
primeiro clipe, do filme “21 Gramas”, uma mãe é informada sobre a morte
de suas duas filhas. A segunda cena, do filme “The Champ”, retrata um
jovem assistindo seu pai morrer após uma luta de boxe. Os clipes
nojentos também foram bem escolhidos: um mostrava uma mulher comendo
reto de cavalo e outro mostrava um homem sugando líquido do intestino de
uma vaca. A cena neutra mostrava dois homens conversando sobre nada.
Além de medir respostas fisiológicas aos clipes, os pesquisadores
pediram às pessoas para descrever como se sentiram. Pessoas de 60 anos
relataram sentimentos mais fortes de tristeza quando assistiram às cenas
do que pessoas de meia-idade ou mais novas. As pessoas idosas e de
meia-idade também tiveram respostas fisiológicas mais fortes a filmes
tristes do que as pessoas nos seus vinte anos. Todos responderam de
forma semelhante às cenas repugnantes, independentemente da idade.
Os resultados sugerem que as mudanças no sentimento de tristeza
ocorrem de uma maneira diferente do que outras emoções com a idade. A
tristeza tem uma tendência de ficar um pouco mais acentuada.
Estudos anteriores relataram que no dia-a-dia as pessoas idosas vivem emoções mais positivas do que as pessoas mais jovens. Uma explicação para isso é que as pessoas mais velhas são mais seletivas, de forma a simplesmente evitar situações tristes mais eficazmente do que os jovens. E é plausível que, em geral, uma pessoa possa ser muito feliz e ao mesmo tempo ter uma resposta mais forte a tristeza quando o sentimento ocorre.
Estudos anteriores relataram que no dia-a-dia as pessoas idosas vivem emoções mais positivas do que as pessoas mais jovens. Uma explicação para isso é que as pessoas mais velhas são mais seletivas, de forma a simplesmente evitar situações tristes mais eficazmente do que os jovens. E é plausível que, em geral, uma pessoa possa ser muito feliz e ao mesmo tempo ter uma resposta mais forte a tristeza quando o sentimento ocorre.
Uma razão para o afiado senso de tristeza pode ser que pessoas mais
velhas sofreram mais perdas e podem se sensibilizar mais com o
sofrimento, mas os pesquisadores não pensam assim. Quando quiseram saber
se as pessoas idosas tinham experimentado perdas significativas em suas
vidas, o aumento de resposta a tristeza permaneceu o mesmo.
Em vez disso, eles acreditam que a resposta aumentada a tristeza pode
ser benéfico para a manutenção e o reforço dos laços sociais. Segundo
os cientistas, a tristeza é uma emoção muito funcional, que realmente
une as pessoas e as motiva para ajudar uns aos outros. [ScienceNews]
Nenhum comentário:
Postar um comentário