O que dissemos:
Alberto Caeiro – poema Ontem à Tarde
“Ontem à tarde um homem das cidades
Falava à porta da estalagem.
Falava comigo também.
Falava da justiça e da luta para haver justiça
E dos operários que sofrem,
E do trabalho constante, e dos que têm fome,
E dos ricos, que só têm costas para isso.
E, olhando para mim, viu-me lágrimas nos olhos
E sorriu com agrado, julgando que eu sentia
O ódio que ele sentia, e a compaixão
Que ele dizia que sentia.
(Mas eu mal o estava ouvindo.
Que me importam a mim os homens
E o que sofrem ou supõem que sofrem?
Sejam como eu — não sofrerão.
Todo o mal do mundo vem de nos importarmos uns com os
outros,
Quer para fazer bem, quer para fazer mal.
A nossa alma e o céu e a terra bastam-nos.
Querer mais é perder isto, e ser infeliz.)”
Falava à porta da estalagem.
Falava comigo também.
Falava da justiça e da luta para haver justiça
E dos operários que sofrem,
E do trabalho constante, e dos que têm fome,
E dos ricos, que só têm costas para isso.
E, olhando para mim, viu-me lágrimas nos olhos
E sorriu com agrado, julgando que eu sentia
O ódio que ele sentia, e a compaixão
Que ele dizia que sentia.
(Mas eu mal o estava ouvindo.
Que me importam a mim os homens
E o que sofrem ou supõem que sofrem?
Sejam como eu — não sofrerão.
Todo o mal do mundo vem de nos importarmos uns com os
outros,
Quer para fazer bem, quer para fazer mal.
A nossa alma e o céu e a terra bastam-nos.
Querer mais é perder isto, e ser infeliz.)”
Eu – algumas frases soltas:
Quando o câncer se transforma em política num país em que a política é um câncer.
O que será que está se passando na cabeça da oposição com a doença do Lula?
Otto Lara Resende dizia que o mineiro só é solidário no câncer. Pelo jeito, parte do povo brasileiro não é solidário nem no câncer.
Seria cômico se não fosse trágico: tem muita gente que está se deliciando com o câncer do Lula que pode ser o próximo paciente do médico dele.
Como falam bobagens, meu Deus! A grande mídia vem deixando muita gente decente com a doença da estupidez no Brasil.
Pobre país que confunde o público com o privado. Somos vigiados 24 horas por dia, somos vítimas da opinião pública e ela não tem uma índole muito boa.
Primeiro o Chávez, agora o Lula; sei não!
Cazuza – música O Tempo não Para:
“Mas se você achar
Que eu tô derrotado
Saiba que ainda estão rolando os dados
Porque o tempo, o tempo não para
Que eu tô derrotado
Saiba que ainda estão rolando os dados
Porque o tempo, o tempo não para
Dias sim, dias não
Eu vou sobrevivendo sem um arranhão
Da caridade de quem me detesta
Eu vou sobrevivendo sem um arranhão
Da caridade de quem me detesta
A tua piscina tá cheia de ratos
Tuas ideias não correspondem aos fatos
O tempo não para…”
Tuas ideias não correspondem aos fatos
O tempo não para…”
E Mário Quintana – poema Da Observação:
“Não te irrites, por mais que te fizerem…
Estuda, a frio, o coração alheio.
Farás, assim, do mal que eles te querem,
Teu mais amável e sutil recreio…”
Estuda, a frio, o coração alheio.
Farás, assim, do mal que eles te querem,
Teu mais amável e sutil recreio…”
Mas o melhor de tudo? É a briguinha, a respeito da doença do ex-presidente, que está se formando entre o chatinho do GilbertoDimenstein, da Folha de São Paulo, e o chatinho do ReinaldoAzevedo, da Revista Veja.
O resto é parte do Brasil exercendo o seu ‘respeitadíssimo’ código de ética.
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