Esse texto foi pensado para amenizar minha visão às vezes inconformada diante de tanta passividade entre os seres humanos em geral, mas mais ainda com pessoas com deficiência que tem que matar um leão por dia. Agradeço a gentileza do pessoal da comunidade do YAHOO FILOSOFIA por ter respondido minhas singelas perguntas e por essas respostas e alguns conceitos que tirei pude ter uma idéia o que eu posso contribuir nesse tema importante.
Quando dizemos que uma pessoa é passiva ela é um ente que não está em ação, ou seja, ela não toma uma decisão conforme as vias de sua vontade: outro aspecto é o ente sofrer uma ação ou receber seu efeito, como uma ação não gerada e inesperada sem que o ente tenha feito algo para gerar a mesma. Um exemplo básico é tomar um tapa sem que tenha feito que o outro tivesse essa atitude, assim, não revidando a forma em equivalência e gerando uma forma passiva; claro que em termos um outro tapa vai gerar outro, mas pode frear e acuar o ente que efetivou o tal tapa. Outro exemplo, que é mais comum na parte das pessoas com deficiência física, é criar ideologias de luta e que as pessoas ou não tem obrigação de fazer ou que se houver uma reação ela perderá aquilo que mais preza ou que mais precisa. Quando essa amarra acontece, não há a tal reação e assim vai sofrer a ação de ser dominada e receber o efeito que é a dominação.
De forma básica, a ação se deve ao estado da educação dês de sua infância que gera o pensamento que a pessoa com deficiência física não possuem potencial, elas são dependentes por toda vida (isso que vai gerar o mesmo sentimento nas pessoas que adquirem deficiência após um acidente ou trauma, ou seja, um mito), isso vem de culturas longínquas dentro do tempo e da história. Poderia aqui esboçar que parte da culpa disso é da IGREJA CATÓLICA tanto quanto a EVANGÉLICA, mas eu encontro em muitos meios tanto de doutrinas como a ESPÍRITA e a ESOTÉRICA como os MAÇONS que restringem até mesmo ingresso de pessoas com deficiência física em seu meio. O espiritismo com a herdeira cultura católica, manifesta uma crença de punição por situações passadas que devemos ter a provação dessas culpas, devemos nos conformar e não alimentar uma história de luta. Isso tudo que esbocei em partes, pois tem muito mais do que isso dentro de qualquer conduta, gera culpa não só da pessoa com deficiência física, mas também que gerou essa pessoa.
A falta de potencial é um mito bem popular e faz com que a pessoa com deficiência física não acredite no seu, que pode fazer belos trabalhos e pode fazer muitas coisas, que geralmente a família restringe. Quando a família restringe, a pessoa com deficiência física se auto aliena para não enfrentar oposição, ele se conforma para não enfrentar uma decisão que pode gerar uma briga, por exemplo. Há ai aspectos totalmente psicológicos como se passividade seria equivalente a ser pacifico, pois ser pacifico é ter em sua regra de conduta, ter o pensamento mais restrito ao dialogo, mas quando enfrentamos as regras familiares e não tomamos uma decisão ai estamos sujeitos a sermos passivos a esta situação. Não só condutas familiares, mas condutas de restrito pessoal, como por exemplo, deixar uma situação só para não enfrentar aquela situação. Daí entra a mais comum das regras, ou seja, sermos conformados com o suposto destino que nos é reservado, isso é uma suposição que o ente é comandado por forças superiores que não pode agir, que seria num ato de auto conformar-se e de restringir seu agir de forma determinante. O destino já está traçado e o ente não pode, é fadado a ter a regra que eles nos impõem e não posso tomar uma decisão diferente. Nossa família nos protege da sociedade maldosa que rir de nossa deficiência, isso que pensa uma pessoa com deficiência física que não abriu seus horizontes e não tem consigo que o destino pode ser mudado, que é uma questão de escolhas.
É uma suposição criada pelas religiões de todo mundo e não pode, pelo menos a meu ver, ser uma “muleta” para se tirar a ação de um melhor viver; essa ação do melhor viver é a postura certa para entender a si mesmo e ao seu meio, uma postura certa no momento certo. Existe também no meio político, montes de pessoas com deficiência física, que ingenuamente se apega a ideologias que apenas iludem o sonho de uma sociedade justa: muitos se apegam a socialismo e qualquer “ismo” como meio de acabar com a desigualdade, mas pensamos que acabamos com isso com nossa própria conduta de aceitação. Muitas pessoas com deficiência física têm uma vida normal, eu mesmo já estive em situação de preconceito e não dei importância, porque se temos confiança de si mesmo não haverá meios de alguém nos ver diferente. Não haverá nenhum “ismo” que importe mais do que a si mesmo e sua força de vontade perante tudo que se queira.
Parafraseando Nietzsche, não há fatos eternos e nem mesmo verdades absolutas, ou seja, não há nada que não se pode mudar ou contradizer porque o mundo é feitos de fatos e eles não são eternos fabricando verdades absolutas. Então a cultura dominante é a causadora do fator alienante, ela própria se aliena e punem aqueles que pensam diferente, ela pune o ente diferente. Ela própria se dá o direito de fabricar o dominado fazendo de suas estruturas familiares, condutas psicológicas que vão acarretar o ser humano em toda vida, pois as estruturas desses casos duram enquanto a passividade durar; com a pessoa com deficiência física, essa característica é muito mais enraizada pelo modo de dependência do mesmo. Passividade é o estado no qual um cão se encontra até o momento que seu dono não der mais comida, ou seja, enquanto se é alimentado se pode ser passivo e quando não, se volta contra seu próprio dono. Seria quebrar as amarras que o segura de sua própria felicidade, do seu mais intimo meio para a mais puro fim, a satisfação de um amor, de um trabalho, de uma realização. Quebrar seu moinho pondo-o contra o vendo, contra o que lhe faz insatisfeito, correr o risco. A falta de amor próprio e autoconfiança e anulação de si mesmo por falta de determinação gera a passividade por conformismo, porque a autoconfiança é uma espécie de combustível que move sua vontade, pois que não tem está fadado a ser submisso.
A submissão chega ao ponto que por ela deixamos em partes nossos princípios, nossas metas, por medos e desilusões do cotidiano, essa ilusão se manifesta em criar um ambiente certo para a submissão que é a forma passiva mais elevada. Sendo uma forma devastadora, tanto para movimentos submetidos a cômodas situações de passividade e a desvirtuação de pensamentos por ideologias políticas que caracterizam a passividade. Sendo, para eliminação da mesma, uma melhor visão de si mesmo e do outro, uma visão mais ampla de um mundo que vivemos, só não sabemos se somos realmente humanos e quando nos sentimos sendo, vamos lutar por um ideal.
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