sexta-feira, 25 de maio de 2012

PROPRIEDADE DO 'SER' E ' TER '


Ser não pode ser confundido com ter, pois “ser” bonito não pode definir a mesma coisa que “ter” a beleza. As noções de nossas maneiras de se expressar que fazem de nós seres sociais e convivamos com nosso semelhante, sabendo que eu sou um ser dentro do tempo e dentro das noções básicas das expressões. A regra diz como definiu Aristóteles, todos os homens contem o desejo de saber, ele por excelência anseia pelos mais variados conhecimentos. Como, ele pode querer esse conhecimento se ele quer “ter” ele e não “ser” ele?
Para Wittgenstein, a realidade é afigurada pela linguagem, ou seja, quando dizemos que “as ruas da capital do Brasil”, “Brasília” seria uma exigência que deve ser satisfeita e isso ele tratará em seu Tractatus. Para esse filosofo, “Brasília” é uma exigência de simplicidade porque um signo simples não é composto de outros signos. Pois, além de deve ser um signo simples, o nome, deve satisfazer uma outra exigência, de representar uma coisa simples que por ele é chamada de “objeto”. Pois bem, quando compomos um conjunto de signos simples, faremos um composto de uma realidade; realidade está, provada pelos nossos sentidos e pelas possibilidades que formam nosso mundo. Esses signos mostram as coisas no seu sentido singular numa maneira única e não composta ao mesmo tempo.
Podemos dizer, por exemplo, que “a moça é muito bonita” que compõem a simplicidade de achar a moça bonita não muda a realidade, porque o “é” bonita faz ela “ser” em sua essência. Mas junto com os signos simples vamos ver que a “moça” no caso, é de “ser” bonita pelo conjunto visual que ela nos dá como uma realidade provada em si mesma. Agora “ter” beleza é a forma artificial do problema, porque viabiliza uma visão não singular, mas composta por todo ser que olhar para ela e dizer que ele tem uma beleza. Dentro do pensamento singular o “ser” comporá uma visão em si mesmo para alcançar a linguagem verdadeira e encontrar a verdadeira essência daquilo que vimos, como “meu amigo é legal”, o “legal” é uma manifestação cultural singular de uma região que quer dizer uma pessoa gostosa de se conversar. Mas é um signo simples com significado único de configurar o que nós sentimos e o que temos que expressar, como uma leva infinita do ser em muitas realidades.
Mas o ponto é que temos fatos que são verdadeiros ou falsos conforme sua visão, ou seja, só será para “P”; por exemplo; não-p. Vamos imaginar novamente a moça bonita e dizer “a moça loira é bonita” que de fato é comprovado em si para si, ou seja, esse signo “loira” é irrelevante em si por sua simplicidade que o fato exige; assim, a realidade que esse signo (loira) tem, pode ser único pela minha visão de regra em si mesmo e a singularidade de meu conceito. Como se sabe, os conceitos são baseados de verdadeiros ou falsos, conforme for provado qual a preposição deve ser levada ao que é chamado para tal.
Decorre que essas qualidades adjetivas contidas nesses signos existem somente em nossos próprios conceitos, construídos com a vasta gama de preposições que acontecem em nosso redor e constroem a visão proporcional a aquela base. Quando digo “aquela moça chora”, é a visão que tenho, mas o conjunto de proposições vão me dizer se é por “tristeza” ou por “alegria”. Essa ligação de termos faz com que fazemos ligações conceituais irreversíveis e que nada nos dizem, assim, é irrelevante se a moça esta “alegre” ou “triste”, mas a visão me fala que ela está chorando. O verdadeiro “objeto” da questão é o “chorando”, porque ela “está” de estado de ser, ou seja, o “ser” liga a essência de si mesmo do que “ter” que é um fator de externar algo.
Não podemos afirmar que eu “sou” a caça jeans, porque é algo em si externo, algo que está fora de meu intimo, minha alma. O “ter” algo é sempre uma substancia estranha dentro do nosso ser, pois nosso intimo só pode “ser” e não “ter”. Quando dizemos: “eu te amo”, é uma sentença falsa, porque o “te” se transforma em um signo simples e ao mesmo tempo diz que “tenho amor por você”; “ter” amor é uma coisa externa que não faz o que sinto, o “te” se torna um sentimento em posse e ao mesmo tempo, não diz nada. Tudo se transforma em exigências dentro e às vezes, vícios conceituais, porque poderia muito bem dizer “eu amo você”; pois assim iria dizer que sentia amor por alguém, sentir algo não é o mesmo que ter algo por alguém. Mas existem frases onde o “ter” é necessário como “esse é meu filho”, embora o “meu” seja um signo simples, ele mostra que esse ente tem a condição de ter sido gerado por mim. Isso constrói o paradoxo do “meu”, porque o “filho” é verdadeiro por sair de uma célula minha, mas não pertence ao meu ser que é falso; falso e verdadeiro pertencem ao mesmo tempo e ao mesmo tempo são signos simples, irrelevantes.
Mas quando digo: “minha cadeira” é uma “coisa” externa que me pertence; mas se eu disser: “a cadeira que eu uso” também é algo externo que eu utilizo; tanto “que eu uso” ou “minha” é apenas uma preposição da ligação de designar a “cadeira”. Se dissermos “cadeira” apenas nada contem, porque apenas o nome sem os vários vertentes, vão anular o pensamento sobre a “cadeira” no caso. Para entender o que quero dizer sobre anulação conceitual e a verdade junto com o falso, voltamos ao caso da moça; se eu disser apenas “moça loira” nada estou dizendo, mas se digo: “a moça loira é bonita” estou adjetivando o conceito tanto de aparência (bonita), quanto de qualidade do seu ser ( é ); mesmo que eu mostre a aparência de demonstração (loira), ainda sim, essa demonstração pode não dizer nada, por conter pluralidade.
Outros conceitos já são em si com variações metafísicas e ao mesmo tempo faz se conceito por si mesmo, como se disséssemos “Deus”, pois mesmo que não podemos provar concretamente sua existência já é um substantivo; a conceituação é por si significativa e enraizada como uma força criadora do universo. Os termos onde a filosofia em si pousa, fazem por si mesmos, dois caminhos que ao se cruzarem do falso e do verdadeiro, dois que emitem duas variações opostas. Daí, o significado não importará se a prova é contundente, porque por si mesmo ele já prova isso. O “ser bonita” ou “moça loira”, em si mostra duas relações comuns para a mesma moça, ela pode ser “bonita” como pode ser “loira”.
Hegel em sua Estética, diz que a beleza artística é muito mais bela do que a natural, ou seja, na visão hegeliana; dizemos que “ter” beleza é mais importante do que “ser” belo, porque a arte vem da alma e tudo que vem da alma é muito mais belo, sendo que a natureza é imperfeita e não bela em perfeição. Ora, mas como não é feito da alma se a natureza é a própria alma em si? O “em si” é “ser” em suma natureza, e a estética artificial artística é “ter” em sua suma.
O pensamento opera por intuição ou pelos sentidos (olfato, visão, audição e tato), seja totalmente perceptível para nós. Essa intuição ela é objetiva, porque ela persegue o objeto que essa percepção sugere, ela apenas faz uma idéia, mas não remonta o que seja essa idéia com perfeição; um corpo belo, por exemplo, não fará uma idéia clara de perfeição por ainda se limitar no condicionamento da beleza na questão da “arte” e não natural. O “ser” belo, é a manifestação inata do “em si” na percepção na supra-consciencia, pois tudo que acreditamos em beleza é apenas uma ilusão do subconsciente que puseram em milhões de maneiras. Nossa própria consciência no âmbito de dominar, cria em si mesma a ilusão, levando a criar coisas inexistentes.
Algumas definições são sem prerrogativa ao tempo que essas a iludi conforme o que viveu e o que aprendeu; se aprendemos que todas as maçãs são vermelhas será obvio que para todos nós, todas as maçãs serão vermelhas. Quando falamos em uma determinada categoria de beleza, num modo singular ela vai parecer bela; uma moça pode ser bela para mim, mas para o outrem pode não ser, pois nunca que é no nosso parecer singular, não pode “ter” e sim “ser”. Evocaremos assim sua determinada limitação em algo consigo, e não comum entre vários. Assim sendo, quando Jesus diz que é a o caminho, a verdade e a vida, não colocou que ele tem, mas sim, que ele “é” o caminho, a verdade e a vida. Porque ele sentiu dentro de seu em si, não numa maneira externa, mas uma maneira interna em si mesma. Então ele invoca toda sua percepção convocando e afirmado que ele é o caminho, a verdade e a vida.

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