Desde pequeno me interessei pelo Antigo Egito. Antes mesmo de ser alfabetizado ocupava meu tempo essencialmente assistindo documentários e absorvendo todo tipo de informação sobre aquilo tudo, que me fascinava sem motivo plausível, já que não havia uma conexão cultural objetiva com nada daquele país. Certa vez, quando criança, ao ler uma matéria em uma revista infantil deparei-me com um artigo sobre a descoberta da tumba de um faraó.E ao ler aquele texto me veio um súbito e inexplicável desânimo que veio a adormecer sumariamente todo o meu interesse pelo Antigo Egito. Todo o meu fascínio por aquele povo desapareceu em um piscar de olhos em razão daquela matéria de revista infantil. Ao ler o artigo senti um profundo dissabor e um forte sentimento de indignação e revolta pelo que estava escrito, pois, “não era aquilo”.
Depois deste acontecimento todo o meu interesse pelo Antigo Egito ficou adormecido; vez ou outra era ligeiramente despertado, mas sempre eu tinha o sentimento de que havia algo a mais a saber e que aquilo que me era exposto através dos outros não era a mais pura verdade, o que me desanimava mais ainda. A história entregue pelo sistema educacional oficial e aquilo que é passado pelas escolas iniciáticas que se dizem conhecedoras das tradições do Antigo Egito nunca foram suficientes pra mim; sempre senti que não era aquilo ou que tinha algo além do que diziam. Como meias verdades são piores que mentiras, e perda de tempo, nunca me interessei em perder tempo com o que não fosse a completa verdade. Anos depois, após muita busca e Vontade de encontrar, pude entender o motivo do meu fascínio pelo Antigo Egito e o porque do meu súbito desânimo ao ler aquela matéria na revista infantil. Eu fui o faraó Tutankhamon.
Há algum tempo uma médium canalizadora, até então minha desconhecida, entrou em contato comigo dizendo ter mensagens de determinados espíritos para mim. Receptivamente, comecei a ouvir o que ela dizia. Tais espíritos, em um certo momento, disseram para me preparar porque dentro de uma semana aconteceria algo comigo e que eu não deveria ter dúvidas, pois “estaria fazendo a coisa certa”. Ato contínuo, como faço regularmente, fui à uma sessão de regressão à vidas passadas que faço com um amigo. A sessão aconteceu exatamente no tempo em que aqueles espíritos tinham dito que aconteceria algo comigo. Começando a sessão, às 20:30hs, como sempre fazemos, ficamos cerca de 1h conversando sobre vários temas relacionados à espiritualidade, mas nada com o que viria pela frente. Chegado o horário para início da regressão, 21:30hs, deitei-me e imediatamente, antes de todo o processo iniciar, eles chegaram.
Eu estava deitado no sofá da sala, local onde meu amigo há décadas realiza gratuitamente o trabalho de regressão, e ele sentado em sua cadeira, ao lado, disse: “Os deuses estão aqui”. Antes dele falar isto eu já sabia quem eram e quando ele falou em “deuses” veio a minha confirmação pessoal. Uma presença extremamente forte, poderosa e determinada tomou conta do local. Meu amigo tentou iniciar o processo de regressão, como habitualmente faz através de técnicas de relaxamento, mas não conseguiu. Estes espíritos que estavam no local assumiram o controle da sessão e nada que meu amigo e eu tentássemos guiar em qualquer plano tinha êxito. Aquela sessão era deles. Ao deitar, logo após eles chegarem, não foi preciso qualquer trabalho de regressão. Imediatamente surgiu em minha mente a imagem do rosto de um faraó com um fundo escuro, que ocupava todo o campo de visão mental.
Passei a descrever a imagem que via em minha mente para o meu amigo. Um faraó, com toucado em listras amarelas e azuis alternadas, uma pedra rosada na testa e um leve sorriso. Conforme descrevia a imagem meu amigo confirmava que via exatamente a mesma figura em sua mente; o que lhe causou nítido espanto. Meu amigo começou a tentar fazer a regressão progredir através do seu método particular, mas nada acontecia. A imagem fixou em nossa mente e estes espíritos vieram até mim e começaram a fazer um trabalho em meu corpo por imposição de mãos, vagarosamente, dos pés à cabeça. Eram espíritos egípcios, do Antigo Egito, e mexeram em meu corpo psíquico naquela noite. Enquanto uns impunham as mãos, outros acompanhavam. Eu tanto podia sentir a presença deles como mesmo de olhos fechados, por algum tipo de luz que emanavam, vê-los. Altos, esbeltos, ombros um pouco largos, usavam saias, sem camisa, ombreiras, sandálias e o toucado.
A imagem do faraó era mantida em nossa mente enquanto os egípcios trabalhavam em mim. A presença deles era extremamente forte e poderosa e faziam saber que estavam em um trabalho muito sério. Meu amigo, um homem de quase 50 anos, estava estupefato e apenas observava tudo acontecer, já que nada podia fazer. Durante a experiência, apesar de se tratar de seres tão imponentes, eu sentia um sentimento de muita familiaridade e bem querer deles para comigo. Eu sentia que eles realmente queriam o meu bem, que estavam ali para fazer algo bom comigo e que por isso não havia motivos para eu recear qualquer coisa. Fui deixando tudo acontecer, adotando uma postura receptiva e sem me fechar. Eles foram subindo com as mãos pelo meu corpo, dos pés à cabeça e quando ali chegaram, mesmo de olhos fechados, eu via um deles com as mãos impostas sobre a minha cabeça emanando várias luzes sobre mim.
Logo no começo da experiência, quando apareceu a imagem do faraó, me veio uma expressão em mente e que na hora eu soube imediatamente que era a saudação formal que as pessoas usavam ao se dirigirem ao faraó. Os faraós eram considerados deuses, mas isto não acontecia meramente por uma convenção social de castas. Como os faraós eram deuses, por determinados reais motivos e não mera questão de formalidade decorrente de elitização social como atualmente tentam fazer acreditar, ninguém podia olhá-los diretamente, era proibido. Ninguém precisava ajoelhar-se em frente a um faraó, mas todos precisavam tampar os olhos com uma das mãos e baixar a cabeça colocando o raio de visão para baixo do corpo do faraó, para que assim não pudessem fitá-los diretamente. Esta era a reverência aos faraós em sua época. A mensagem de saudação era exatamente esta: “Sim, meu amo. Sim, meu mestre. O que queres que eu te faça?”.
Naquilo que era para ser uma regressão típica meu amigo e eu fomos apenas espectadores dos trabalhos destes espíritos egípcios que vieram até mim. Durante a experiência poucas imagens apareceram. A imagem principal e constante foi a do rosto do faraó. Pouquíssimas outras imagens, todas relacionadas a este faraó, apareceram e por muito pouco tempo. A imagem que vimos era a máscara mortuária de Tutankhamon, que até então, no momento da experiência, não sabíamos ser deste faraó, mas no dia seguinte, após pesquisa, confirmamos. No que eu vi, como faraó, a serpente que consta na testa da máscara ao invés de ser mero adorno era uma pedra rosada, que é do mesmo mineral e cor das pedras que existiam nas pontas das pirâmides, conforme eu já tinha visto muito tempo atrás. Esta pedra rosada que era usada pelos faraós era um cristal utilizado para entrar em contato com determinadas entidades em outros lugares e da mesma linhagem. Era fardo de responsabilidade para os faraós.
Foi realizado um forte trabalho em meu corpo psíquico e que depois me ajudaria a ter mais lembranças sobre minhas vidas passadas, principalmente no Antigo Egito. Após esta experiência passei por um período de intensas e constantes visões sobre o Antigo Egito, inicialmente focadas em minha vida como Tutankhamon. Bastava fechar os olhos, em qualquer estado, até mesmo imerso na objetividade da rotina diária, que vinham as imagens. Hoje estas imagens continuam aparecendo, mas com menos frequência. Ainda mantenho contato com estes espíritos egípcios, que vieram até mim também com o intuito de me fazer recordar de minhas vidas no Antigo Egito e que tanto me revelam sobre aquela civilização como me ajudam em meu processo de autoconhecimento. Muitas coisas importantes me foram reveladas sobre Tutankhamon, os faraós e os deuses egípcios, muita coisa eu vi e muita coisa me disseram, e o mais grandioso está relacionado à uma vida anterior de Tutankhamon como um deus egípcio.
A matéria que li na revista Nosso Amiguinho quando criança falava sobre a descoberta da tumba de Tutankhamon por Howard Carter e é intitulada “Faraó Tutancâmon”. Segundo os espíritos egípcios, na época que li o artigo o súbito desânimo veio tanto por saber que o que estava escrito na matéria não retratava a verdade, como por um sentimento íntimo de não ter terminado aquilo que havia se proposto a fazer (a vida de Tutankhamon foi tirada quando este tinha cerca de 19 anos). Os faraós de linhagem não eram considerados deuses à toa e os antigos deuses egípcios ainda estão unidos e não esqueceram dos seus; vieram até mim e, com propósito, confirmaram a mim e a outras pessoas, não apenas nesta experiência como em outros momentos, minha vida como Tutankhamon. Quanto à afirmação aqui presente, pode ser comprovada diretamente com os espíritos do Antigo Egito. Quem tiver contato com eles, ou com qualquer outra fonte espiritual apta a responder sobre isso, basta perguntar.
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