O distanciamento gradativo do homem em relação ao equilíbrio dinâmico da NATUREZA, fato que vem ocorrendo há séculos em decorrência de ideologias e praticas sociais que subestimam nossa própria criação, hoje em dia encontra-se no seu limite. Uma vez ultrapassado, a conseqüência certa a ser paga é a destruição, podendo ser citados como exemplos, a ignóbil destruição da camada de ozônio essencial para a manutenção da vida e as implacáveis indústrias de alimentos que nutrem a população mundial com alimentos fabricados, ignorando desta forma 2 bilhões de anos de evolução.
O advento do capitalismo, fase mais recente da nossa história, foi um dos pontos cruciais para o surgimento deste movimento. Basta atentarmos com prudência ao contexto das desigualdades sociais, injustiças e pobreza no qual nos encontramos. Não é a toa que o sistema é denominado Babilônia, pois assim como aconteceu na Babilônia no passado, hoje somos escravos de um sistema que privilegia o lucro e o poder em detrimento a ética, moral e cultura de qualquer povo.
Com base nos ensinamentos do antigo povo hebreu, antepassados de nossa civilização atual, os rastas buscam um retorno raízes como forma de libertar da opressão. Para que isso concretize, assumimos uma postura Rastafari, filosofia baseada no principio Único do UNIVERSO o estudo das leis da NATUREZA, ou seja, a verdade sobre as coisas.
A metáfora da babilônia é importante para entender a filosofia rasta. A babilônia é o domínio do mal sobre os homens de boa vontade. Para alguns é o capitalismo. O rasta é o guerreiro anti-babilônia, que abomina os modismos, o falso-moralismo, as convenções impostas pelo sistema. Ele busca a natureza, não come carne vermelha nem ingere bebidas alcoólicas e também não usa as drogas químicas. Hoje o rastafarianismo começa a ser incorporado pelo sistema. Virou moda. Muitos o confundem com mais uma tribo urbana devota da cannabis e curtidora de reggae. É bem mais complexo que isso. O rastaman é o libertário, que reflete seu desprezo às convenções, que nega a autoridade alienante e mostra por suas próprias atitudes e postura o caminho naturalista, igualitário e, essencialmente, humano.
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