segunda-feira, 2 de julho de 2012

Minha humilhação como faraó perante as entidades xamânicas


by Rudy Rafael
O texto que segue trata de uma experiência diretamente relacionada às outras experiências passadas que tive recentemente e para compreendê-la melhor e mais adequadamente é necessário entender os acontecimentos anteriores que culminaram na presente. A leitura cronológica dos textos logo abaixo disponibilizará os elementos necessários para a compreensão deste relato. Após relutar por considerável tempo resolvi voltar a um ritual xamânico. Mesmo eu não sendo parte disto, o xamanismo foi pra mim uma experiência a mais que tive em meu processo de busca interior. O processo de conhecimento interno vem pela busca, pelo ir atrás e pelas experiências. A iluminação não bate à porta. Seguem os textos de introdução: Eu fui o faraó Tutankhamon, Relato de contato com o arcanjo Auriel, Eu fui o deus Osíris e Minha vida após a morte como o faraó Tutankhamon.
Ao chegar no local onde seria realizado o ritual xamânico, organizado com todos sentados em círculo em volta de uma fogueira ao ar livre em uma noite de lua vistosa, tratei de sentar-me. À medida que se aproximava a hora do início do ritual comecei a perceber a atuação dos espíritos xamânicos pelo lado de fora da roda (conduta típica de mentores espirituais, que ficam em volta guardando o ritual) e de imediato notei que havia alguém espiritual atrás de mim. O ritual xamânico segue um processo de intensidade em marcha que acelera e desacelera, alcançando um ponto culminante de comunhão entre os participantes e a atuação dos xamãs. Até o clímax do ritual eu estava perfeitamente bem, inclusive ao chegar no local comentei com uma amiga que estava comigo que o local trazia muita paz, semelhante ao que as igrejas trazem quando estão vazias, que é o momento mais harmonioso para estar em uma.
Chegando no clímax do ritual comecei a me sentir muito mal, como me senti na outra vez que fui. Não era um simples mal-estar ou uma dor física usual, mas uma dor que vem de dentro, cuja sensação mais próxima possível que posso evocar como analogia é a opressão, como se uma mão estivesse apertando o meu Eu todo; corpo, alma e espírito. Durante todo o ritual, assim como faço sempre em minha vida, procurei estar consciente, aberto às sensações e atento às percepções e nisto, em razão da opressão que sentia, tomei a única conduta que me veio que poderia tirar de mim aquela sensação ruim: deitei-me no chão com a barriga para baixo e imediatamente a minha relação com os espíritos xamãs passou a ser exposta claramente para mim. Eles estavam ali em pé na minha frente e eu deitado na frente deles, com o rosto colado no chão e era exatamente isto que eu precisava fazer.
A experiência toda foi bem objetiva e direta, tudo tinha relação com o Antigo Egito e à minha existência como faraó, principalmente como o faraó Tutankhamon. Eu estava deitado com a testa no chão. Não digo que se trata de uma “maldição” ou uma “praga”, mas estava determinado pelas entidades xamânicas que um dia eu, que como faraó me achava o Deus todo poderoso, que chegou à Terra sem respeitar a autoridade espiritual deles e que tinha ido contra o princípio da igualdade entre todos os seres ao assumir a posição de faraó daquela forma como era ser um faraó, teria que me prostrar diante deles e foi o que eu tive que fazer para me libertar. E fiz. Os espíritos indígenas tinham determinado com sua Vontade que isso aconteceria e a Providência Divina e a minha própria egrégora espiritual, dos que vieram e fundaram o Antigo Egito, permitiram que assim fosse. Isso tinha que acontecer, daquela forma, naquele lugar deles.
Ali me foi passado que a pior humilhação e submissão que existe não é se ajoelhar diante de alguém, mas deitar com o corpo inteiro, de barriga pra baixo e ainda por cima estender as mãos para frente. É uma posição de humilhação que representava muito nos tempos antigos e representa ainda no plano espiritual. Passei o clímax do ritual e um pouco depois disto nesta posição, deitado com a barriga pra baixo, com os espíritos indígenas na minha frente e isto demonstrava o poder deles e que eu tinha que respeitar sua autoridade espiritual na Terra. Em vários momentos eu tentava me levantar, apoiando-me com os cotovelos no chão, mas uma força maior me derrubava. Aquela posição de humilhação, entretanto, me fazia me sentir bem. Toda aquela sensação de opressão, aquela dor que vinha de dentro para fora, deixava de existir enquanto eu estava deitado. A humilhação pra mim foi a libertação da minha postura que tinha como faraó.
A voz dos xamãs era como o som trovões, séria e mostrando muito poder. Uma voz que me expunha, não com condenação ou julgamento, por mais que parecesse, mas uma forma de expor o que estava errado. Não fiquei com raiva ou senti qualquer sentimento negativo e de combate, mas adotei uma postura receptiva e de reconhecimento. Enquanto eu estava ali deitado muitas coisas me vieram sobre o Antigo Egito e minha vida como faraó. Não se trata apenas da vida terrena como Tutankhamon, mas também da minha vida no plano espiritual; tudo aquilo que ajudei a construir, o Antigo Egito, ainda estava muito forte dentro de mim e tudo era motivo de muito orgulho e vaidade. Toda a beleza e grandiosidade do Antigo Egito, da minha posição e do meu Ego ainda me prendiam e isso interferia ainda hoje em minha vida, pois era uma forma de apego que me prendia ao passado e me impedia de viver coisas novas, inclusive com novas pessoas.
Quando dizem que os faraós eram deuses na Terra as pessoas não têm noção do que isso representava e o quanto isso era verdade para todos. Todos recebem tal informação como um conhecimento intelectual e apenas raciocinam como algo equivalendo a respeito ou devoção, mas não sabem o que aquilo representava no plano emocional e mental da humanidade. Aquilo era algo impactante demais e não haveria a possibilidade de alguém imaginar como um faraó poderia se prostrar diante de alguém, ainda mais da forma mais humilhante possível e era exatamente isto que eu precisava fazer. Eu precisava fazer aquilo, me humilhar perante as entidades xamânicas, os espíritos da verdadeira religião de Gaia, antes de poder sair deste planeta e inclusive esta foi uma lição que vim para a Terra aprender, subindo para depois cair, construindo o Antigo Egito para depois me prostrar diante dos xamãs.
Durante a experiência percebi que havia uma mulher participante do grupo que também tinha sido egípcia e eu a reconheci de lá, mas ela havia deixado o Egito que estava dentro de si e abraçado uma nova vida aqui na Terra, como humana, com Gaia; o que eu não tinha feito. Após passar a parte mais intensa do trabalho relacionado à prostração, ainda deitado, os xamãs começaram a me falar sobre isso, o quanto eu deveria deixar o Egito, que isso já passou, para eu abraçar algo novo e amavelmente até me ofereceram o que era deles, o xamanismo, caso eu quisesse. Quando pequeno já me sentia muito apegado ao Antigo Egito e sei que nesta vida vim, também, para me desapegar de muita coisa relacionada a aquilo. Para algumas pessoas isso pode parecer fácil, mas são pessoas que obviamente não têm a mínima idéia do que foi tudo aquilo. Para quem vê de fora sempre é fácil.
Na outra vez que fui ao ritual xamânico, na qual passei muito mal o tempo todo do clímax, eu não me deitei e não reconheci coisa alguma; mas isto era algo que eu precisava fazer. Os espíritos do Antigo Egito que estão comigo, reptilianos, já haviam me passado que eu deveria voltar ao ritual xamânico, mesmo que eu lhes dissesse o quanto aquilo tinha sido ruim para mim. Eles me passaram que isto iria me revelar coisas sobre o Antigo Egito e eu e estavam completamente certos. Eles não querem o meu mal e não iriam me sugerir ir a algum lugar que me fizesse mal, assim como os espíritos xamãs que fazem parte do ritual não estão ali para fazer o mal. A experiência foi muito importante pra mim, me trouxe paz, alívio e um sentimento de “missão cumprida”. Um amigo meu logo após a cerimônia comentou como eu já parecia melhor e realmente estava; até mesmo feliz por ter superado algo.
Nesta vez que fui deixei a postura altiva, pedi permissões, pedi perdão às entidades xamânicas por tudo que fiz e pedi inclusive que me ajudassem com aquilo e me ajudaram. Uma das piores posturas que se pode ter na espiritualidade é ver alguém como inimigo. Tudo é Deus e tudo vem de Deus, inclusive aqueles que nos fazem mal e em momento algum os vi como inimigos, por mais que aquilo estivesse me fazendo muito mal, parti para o outro lado, de tentar desvendar o que estava errado com aquilo, pois todo mal é apenas um desajuste, uma desarmonia. Por mais que fossem espíritos xamânicos ali postos para fazer o bem, percebi o quanto a postura de faraó os indignava, o quanto eles repreendiam a postura arrogante e soberba e no final tudo acabou sendo uma lição pra mim, de algo que eu tinha que mudar e que já estava em mim antes de vir à Terra, esta que por um breve momento nesta experiência eu beijei.
Quando cheguei à Terra com os reptilianos e participei da construção do Antigo Egito não me importei com a autoridade das entidades xamânicas neste planeta. Cheguei sem me importar com o que estivesse na frente, simplesmente dominando tudo aqui e no mundo espiritual, mas mesmo aqueles que fazem as coisas pelo lado do bem também têm seu espaço e exigem respeito por certas coisas. Para as entidades xamânicas o Antigo Egito foi uma afronta. É como um pai de família que cuida do seu lar com todo o Amor que possui e é expropriado de seu cargo por outra pessoa que chega mudando tudo conforme quer e sem amar tanto esta família como ele. Esta parte minha, de chegar sem se importar com o domínio espiritual do local, estava comigo antes de vir à Terra e precisava ser trabalhado e foi através de milênios, desde a glória do Egito até a humilhação e submissão aos xamãs espirituais.
Alguns poderiam achar que os espíritos fundadores do Antigo Egito, os reptilianos, aqueles de quem tanto falam mal, não iriam permitir que algo assim ocorresse, de eu ter que me humilhar para outras entidades espirituais, pois iriam querer agir para defender um potencial orgulho. Poderiam também achar que os reptilianos iriam entrar em embate espiritual contra as entidades xamânicas para demonstrar força e poder, mas nada disto ocorreu. Eles não só permitiram que isto acontecesse comigo como de certas formas me levaram a passar por isso. Eu sabia que algo aconteceria ali, mas eu precisava transcender isso. Eu precisava ir até os índios, no terreno deles e me deitar em frente aos seus pés. Tinha que ser desta forma, aconteceu nesta vida e não me arrependo do que fiz. Vejo que a grandeza maior, que faz um espírito ser verdadeiramente grande, não está em ter alguém se prostrando diante de si, mas em se prostrar. Aho.

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