“Somos
todos filhos do cosmos, mas transformamo-nos em estranhos através do
nosso conhecimento e da nossa cultura”. -- Edgar Morin
No
século XVIII, Voltaire, disse: “os chineses são iguais a nós, têm
paixões, choram”. Herbert, o pensador alemão, afirmou:” entre uma
cultura e outra não há comunicação, os seres são diferentes”. Afirmações
polémicas?...Os dois tinham razão, mas na realidade essas duas verdades
têm que ser articuladas. Nós temos os elementos genéticos da nossa
diversidade e, é claro, os elementos culturais da nossa diversidade.
Hoje,
perante uma sociedade multicultural, é preciso lembrar que rir, chorar,
sorrir, não são atos aprendidos ao longo da educação, são inatos, mas
modelados de acordo com a educação/cultura…
Falar
de multiculturalidade é falar de diferenças: de língua, de religião, de
costumes, …; é falar de uma cultura que acolhe outras culturas.
PALAVRA-CHAVE: Diferença. E a diferença constitui-se como um desafio.
O
desafio de aceitar e respeitar a diferença. Perceber que não há
culturas melhores que outras, mas que há apenas culturas diferentes.
A
diferença é um valor que nos enriquece. Conhecer outras culturas,
outras formas de estar e de pensar a realidade só nos valoriza e
torna-nos mais capazes para nos aproximarmos e compreendermos o outro.
O
respeito não passa só pela cultura que recebe, pela sociedade que
acolhe. O respeito passa também pela cultura que é recebida, pelo
indivíduo que é acolhido. Também ele tem de respeitar as regras da
cultura, da sociedade que o acolhe.
O respeito é mútuo. Cabe a cada uma das partes não gerar um confronto de culturas, mas fomentar e construir um encontro de culturas e saberes.
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