quarta-feira, 11 de julho de 2012

Ninguém é burro



TIPO A - Lingüística: A palavra é o fundamental. Quem tem esse tipo de perfil tem talento com as linguagens escrita e falada, seja para compreender ou para se expressar. Próprio de redatores, professores e conferencistas. 


Tipos de inteligência


TIPO B - Lógico-matemática: Talento para o raciocínio, a investigação, caracterizado pela facilidade em lidar com números. Pode ajudar tanto a advogados quanto a contadores. 

TIPO C - Visual-espacial: Coisa de quem sabe lidar com a imagem seja para decodificá-la rapidamente, seja para conseguir visualizá-la mesmo que não esteja impressa. 

TIPO D - Musical: Tem facilidade para identificar sons. Pode ser um talento musical. Ou um engenheiro de som. É como se a pessoa enxergasse através dos sons. 

TIPO E - Corpóreo-cinestésica: O corpo é a ferramenta, o instrumento, ou seja, o contato físico é básico. O que vale para atores, atletas e para mecânicos, que usam a habilidade para fazer consertos. 

TIPO F - Interpessoal: É bom em se relacionar com as pessoas: conhece bem o outro e sabe como tirar de cada um o que precisa. Característica de líderes, gestores, relações públicas. 

TIPO G - Intrapessoal: É o tipo de pessoa que se conhece muito bem (seus limites e possibilidades), tendo capacidade de automotivação. Reservada, ela também é considerada um bom ouvinte (próprio de psicólogos, gurus e filósofos). 

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Quanto de inteligência você acha que tem? Seus estudos estão corretamente direcionados? Pois saiba que não é só o QI que determina as competências na vida acadêmica e profissional. Você pode se surpreender se fizer uma análise mais detalhada da qualidade de sua inteligência. O professor e médico Maurício Peixoto, líder do Grupo de Aprendizagem e Cognição da UFRJ, desenvolveu um teste que ajuda cada um a descobrir habilidades e deficiências mais marcantes. 

A pesquisa divide os perfis das pessoas em sete grupos: os de inteligência lingüística, lógico-matemática, visual-espacial, musical, corpóreo-cinestésica, interpessoal e intrapessoal. Com o resultado, Ninguém é burro. Todos nós temos um pouco de cada inteligência, mas o resultado geralmente aponta para um ou dois tipos mais presentes - afirma o professor, frisando que o teste apenas indica uma tendência. - Só um profissional especializado é capaz de dar o diagnóstico mais correto. 

Pontuação auxilia na busca do cargo ideal

   A partir da pontuação no teste, entretanto, é possível se ter uma noção do tipo de inteligência. Bom para quem está em busca de qualificação, seja no nível de graduação ou pós-graduação, ou de um cargo alinhado com seu perfil.
   - Uma determinada inteligência não define a carreira, mas pode modular a maneira como o profissional a exerce. Não necessariamente um lógico-matemático será engenheiro. E advogados também precisam trabalhar com a lógica na hora de defender seus clientes.
   Da mesma forma, continua Peixoto, um atleta pode não ter a inteligência corpóreo-cinestésica bem acurada e um jornalista pode ser mais visual-espacial do que lingüista:
   - Eles não deixam de ser menos competentes por isso - explica o professor, que faz consultoria personalizada para estudantes e profissionais na Oficina da Mente.
    Para testar esta teoria com pessoas de diferentes setores, o GLOBO ONLINE entrevistou três alunos de pós-graduação das áreas da saúde, de exatas e de humanas: o fisioterapeuta Rodrigo Leite Basto , a física Marcela Campista e a advogada Ariana Alves

   Aprendizagem varia de acordo com cada perfil

   A velha máxima "quantidade não é qualidade" também vale para analisar os testes do Grupo de Aprendizagem e Cognição da UFRJ, que ajuda profissionais e estudantes a descobrirem habilidades e deficiências. Ou seja, alta pontuação em três ou mais tipos de inteligência não faz de ninguém um gênio.
   - Não é tanto o que você tem, mas o que você faz com isso. Quando o aluno sabe como aprender, ele acaba tendo maior facilidade no estudo e passa a gostar mais da atividade. E os resultados em provas são imediatos - esclarece o professor Maurício Peixoto.
Peixoto ressalta que o profissional que quer fazer uma pós-graduação deve verificar se o tipo de prática de ensino do curso escolhido combina com seu tipo de inteligência.
    - Assim como andam, dançam e falam de maneiras diferentes, as pessoas aprendem de formas distintas. Devemos descobrir o que nos traz maior eficácia no aprendizado e explorar esta característica. 
Alguns preferem gráficos, outros precisam debater
   O professor lembra que os cursos à distância, por exemplo, exigem muita autodisciplina. Por isso, são mais indicados para os intrapessoais (geralmente pessoas mais tímidas) e os lingüistas (que têm facilidade na escrita). Já os interpessoais (que trabalham bem em grupo) aprendem melhor em sala de aula, com debates.
   Por precisarem de movimento, os corpóreo-cinestésicos devem evitar aulas longas, que vão da manhã à noite. Peixoto destaca ainda que os lógico-matemáticos se dão melhor com professores que apresentam gráficos e diagramas e que as aulas com demonstrações práticas são ótimas para os visual-espaciais. Para os musicais, a dica é discutir a matéria com colegas.
   Segundo Peixoto, o aluno de pós-graduação tende a ser mais exigente, pois quer aulas que o ajudem a resolver problemas da prática profissional:
   - Nestes casos, para escolher um curso, inicialmente é preciso pensar o que é ou não negociável: se uma pessoa tem a inteligência visual-espacial forte, deve desistir de um curso que não ofereça aulas com audiovisual ou TV?
   Qualquer que seja o perfil da pessoa, lembra o especialista, ela deve investir nos seus potenciais, mas tentar ser alguém mais completo, trabalhando seus pontos fracos:
   - Conheci um engenheiro lógico-matemático com a inteligência musical baixa. Ele era frustrado por não conseguir tocar um instrumento. Sugeri que tentasse a música sintetizada no computador. E deu certo. As pessoas devem aprender com seus ídolos, mas respeitar seu estilo pessoal. Quando você conhece seu tipo de inteligência, gerencia melhor a carreira e tem maior probabilidade de sucesso.

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