quarta-feira, 5 de outubro de 2011

ANTIGRAVIDADE Realidade ou ficção?

 

Se há anos atrás nos perguntassem de que era feito o Universo ,teríamos respondido que era de matéria a que hoje acrescentamos :de energia e matéria negras. Os físicos, à força de cálculos matemáticos, chegaram à seguinte conclusão : a matéria vulgar do universo , aquela de que são feitos os seres vivos , as galáxias ou as estrelas, é apenas 5% do total. O que serão os 95% restantes ? É aqui que as coisas se complicam : 25% serão de uma matéria a que os cosmologistas , à falta de melhor, classificam de matéria negra, matéria nunca observada mas imposta pelas equações matemáticas que explicam os fenómenos gravitacionais à escala das galáxias. Os restantes 70% serão constituídos por energia negra , a energia que explica a aceleração e expansão do Universo. Se este é o modelo aceite pela maioria dos físicos ,outros há a afirmar que o Cosmos é composto , em partes iguais , de matéria e de antimatéria , estando esta última a ser estudada em grandes aceleradores de partículas. Pensam estes físicos que a cada partícula elementar da matéria ( electrão, protão,quark, etc) está associada uma partícula de antimatéria que lhe é semelhante, mas de carga eléctrica oposta.Definiu-se antipartícula como sendo aquela que reagindo com a partícula "espelho", se aniquilaria.Este conceito baseia-se na Física Quântica Relativa que leva a associar a cada partícula uma outra, com a mesma massa e o mesmo spin, mas em que a carga eléctrica , os números bariónico e leptónico , têm igual valor absoluto, mas sinal contrário. É o caso do neutrão e do antineutrão, partículas de carga eléctrica neutra com o mesmo spin , mas que se distinguem por terem os números bariónicos e leptónicos simétricos. (Não vamos aqui entrar em explicações matemáticas e físicas do que são estes números , pois não seriam acessíveis á maioria dos leitores deste blog ) Embora alguns positrões ( partículas espelho dos electrões) tenham sido já observados em laboratório com potentes aceleradores de partículas , eles nunca foram detectados na natureza. Voltemos ao nosso tema : se a gravidade é a força atractiva entre duas massas de matéria , será que existe antigravidade entre duas massas de antimatéria ? Se no tempo de Isac Newton existisse uma macieira (de antimatéria) com maçãs(anti matéria) ele não veria as maçãs a cair para o solo , mas sim a afastarem-se dele por antigravidade.

Mas existe ou não esta força ? Em 1993, Eugene Podkletnov, físico russo a trabalhar na Universidade de Tecnologia da Finlândia , desenvolveu um mecanismo que parecia conseguir anular parcialmente a lei da gravidade de Newton e diminuir o peso dos corpos , mecanismo este que foi analisado exaustivamente pela NASA e pelo instituto MAX PLANCK da Alemanha. O mecanismo consistia num pequeno anel de 20 cms de diâmetro que girava a 3.000 totações por minuto ,a uma temperatura próxima do zero absoluto. Fora construído para testar a capacidade de super condutibilidade do material cerâmico. Podkletnov conta o que acontecera : " Nós estávamos a trabalhar de noite quando fomos visitados por um amigo que usa cachimbo, pelo que a sala rapidamente ficou muito cheia de fumo do tabaco. Reparámos, por acaso, que o fumo parecia ser repelido junto ao nosso equipamento que estava a funcionar , como se encontrasse uma barreira invisível. Estudámos o assunto e verificámos que na zona de ar que correspondia à projecção do nosso equipamento, havia um abaixamento da pressão atmosférica. Experiências posteriores mostraram que objectos , colocados sobre o equipamento, perdiam peso e essa perda era porporcional ao número de equipamentos que se punham a funcionar". Nos nossos dias ,os estudos de Podkletnov a que se juntaram os do italiano Modanese e do norte americano J. Schuwer foram catalogados e reunidos pela Gravity Society, tendo a NASA feito experiências com equipamentos maiores no Centro Espacial Marshall,em Huntsville. O projecto da NASA é o "delta G" e visa construir uma nave espacial cuja aceleração fosse dada pela antigravidade sem que ela interferisse no corpo dos tripulantes. Curioso é que a construtora de aviões Boeing anda interessada em estudar este assunto para reduzir o peso dos aviões e reduzir o consumo dos mesmos.

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